sexta-feira, 10 de dezembro de 2021

 Tomie Ohtake

Tomie Nakakubo,  essa paulistana por adoção, nasceu em Kyoto, no Japão, dia 21 de novembro de 1913, onde fez seus estudos, naturalizou-se brasileira em 1968.

Em 1936 chegou ao Brasil para visitar um de seus cinco irmãos. Impedida de voltar, devido ao início da Guerra do Pacífico, acabou ficando no país. 

Casou-se,  com Ushio Ohtake, engenheiro agrônomo, criou seus dois filhos, Ruy e Ricardo e residia no bairro da, Mooca na capital paulista, com quase 40 anos começou a pintar incentivada pelo artista japonês Keiya, ou Keisuke  Sugano. 




Em 1053  integrou o Grupo Seibi, e passou um certo tempo produzindo obras no contexto da arte figurativa, mas a artista definiu-se pelo abstracionismo, a partir dos anos 1970, passou a trabalhar com serigrafia e litogravura  e gravura em metal.
Premiada na maioria dos salões nacionais e regionais, que participou nos anos anos 50 e 60, recebeu o Prêmio Panorama da Pintura Brasileira do Museu de Arte Moderna de São Paulo.




Participou de 20 Bienais Internacionais:  Bienal de Veneza, Tóquio, Havana, Cuenca, entre outras além das 6 vezes que participou da Bienal de São Paulo uma das quais recebeu o Prêmio Itamaraty.

Participou ainda de mais de 120 exposições individuais, em São Paulo e outras vinte capitais brasileiras, e Nova York, Washington DC, Miami, Tóquio, Roma, Milão, e outras, e ainda quase quatro centenas de coletivas, entre Brasil e exterior, tendo recebido 28 prêmios.  

A obra de Tomie na pintura, gravura e na escultura, marcante sua produção as mais de 30 obras públicas na paisagem em cidades brasileiras como: 
São Paulo (Av. 23 de Maio, 1988.
Anhangabaú, 1984.

Cidade Universitária, 1994, 1997 e 1999; 


Auditório Ibirapuera, 2004; 
Auditório do Memorial da América Latina, 1988; 

Av Paulista. 2015



Teatro Pedro II em Ribeirão Preto, 1996;

Santos 
inaugurada em 2008 pelo Príncipe Naruhito do Japão



 Monumento ao Trabalhador, Santo André.
 

E ouras em, Belo Horizonte, Curitiba, Brasília, Araxá e Ipatinga.

Infelizmente faleceu no dia 12 de fevereiro de 2015, aos 101 anos e meio, no Hospital Sírio-Libanês, em decorrência de choque séptico causado por uma broncopneumonia

Pela sua carreira consagrada, Tomie Ohtake é considerada a “dama das artes plásticas brasileira”.




Fontes: institutotomieohtake wikipedia xpecialdesign.
Fotos: educação Uol 
nelsonkon 
casaclaudia. 
tripadvisor 
Jornal Mundo Lusíada wikipedia

quarta-feira, 8 de dezembro de 2021

Avenida Paulista

Ruas de São Paulo e sua Historia ou Historia do Homenageado.



Inaugurada em: 08 de dezembro de 1891.
Começa na Praça Oswaldo Cruz, e termina na Rua Minas Gerais, atravessa os Bairros da Bela Vista, Vila Mariana e Consolação,  no limite entre as zonas Centro-Sul, Central e Oeste.

Considerada um dos principais centros financeiros da cidade, e também um dos seus pontos turísticos mais característicos cultural e de entretenimento.

O alto do espigão, foi, desde os tempos coloniais, conhecido como "Morro do Caaguassú" (mata fechada, grande ou virgem, em Tupi), o primeiro proprietário daquela área foi Fernão Dias Paes Leme (tio-avô de Fernão Dias, o "caçador de esmeraldas"), que recebeu por sesmaria um vasto território que estendia-se desde a Vila Mariana até Pinheiros.
  
Conhecido como "Sítio do Capão", este passado a Maria Leme, filha de Fernão Dias seguiram-se vários proprietários e em 15/09/1864 a área foi adquirida pelo Major Benedito Antônio da Silva (11º proprietário) que, em seguida vendeu o sítio a Mariano Antônio Vieira aos 05/04/1880. 

Em 14/03/1878: o  vereador João Ribeiro de Lima, sugeriu a abertura de uma rua no local "sendo de suma necessidade e utilidade pública a abertura de um caminho que partindo do alto do Caguassú (estrada de Santo Amaro - atual Av. Brig. Luís Antônio) e passando pelo lugar denominado Mandiocal, e por uma parte de terra do Major Benedito Antônio da Silva vá sair no caminho dos Pinheiros..." (atual Rua da Consolação),
mais sua sugestão não foi aceita.

 Em 1880, o novo proprietário, Mariano Antônio Vieira, resolveu por conta própria abrir uma larga "picada" na frondosa mata que teria de largura cerca de 50 metros, a "Estrada" ou "Rua da Real Grandeza", primeira denominação da Av. Paulista. Mariano Antônio Vieira , português de nascimento, foi ainda o responsável pela abertura do Bairro Bela Cintra e, também, das ruas Augusta e Frei Caneca, dentre várias...

José Coelho Pamplona, o Visconde de Porto Martim, meio irmão de Manoel Paim Pamplona e José Paim Pamplona, respectivamente cunhado e sogro de Mariano Antônio Vieira, adquire parte da área, do "Sítio do Capão" por volta de 1890.

Afonso Augusto Roberto Milliet e os empresários José Borges de Figueiredo, Joaquim Eugênio de Lima e João Augusto Garcia, adquirem outras glebas, e aproveitando a já aberta "Rua da Real Grandeza" e com algumas alterações, inauguraram no dia 08/12/1891 a Av. Paulista. 

Localizada a 847 metros do nível do mar, com 30 metros de largura e 2.800 de extensão, sugeriu-se naquela época que ela tivesse o nome de "Av. Joaquim Eugênio de Lima", mais ele não aceitou a homenagem, dizendo que Avenida Paulista homenagearia todos os Paulistas.

Este logradouro e um dos orgulhos da cidade, palacetes foram construídos, em 1900, já ostentava 50.

Foi asfaltada em 1908, sendo a primeira na cidade, teve seus passeios alargados e recebeu arborização de ipês, e estimulou o desenvolvimento de varias outras ruas paralelas e perpendiculares, dando origem a os bairros: Jardim Paulista, Jardim América e Jardim Europa (os "Jardins"). 

A partir da década de 1950, os suntuosos palacetes começaram a dar lugar aos altos edifícios, e nas décadas de 1960 e 1970, grandes empresas e instituições bancárias "trocam" o centro da cidade pela Av. Paulista. 

Entre finais dos anos 60 e início da década de 1970, o seu leito foi alargado para os atuais 48 metros, numa ampla reforma que lhe deu, o seu aspecto atual, no início da década de 1990, o ramal "Paulista" do Metrô foi inaugurado.

Nomes anteriores: Rua da Real Grandeza e Avenida Carlos de Campos.

Oficializada pelo, Ato nº 972, de 24 de agosto de 1916 com o nome de  Avenida Paulista.

Lei nº 3.042 de 20 de maio de 1927, altera para  Avenida Carlos de Campos.
Ato nº 11 de 13 de novembro de 1930 , Avenida Carlos de Campos volta a denominar-se Avenida Paulista.
Decreto n° 15.635 de 17 de janeiro de 1979 - Confirma a denominação Avenida Paulista
Lei nº 11.006, de 20 de junho de 1991 (Projeto de Lei nº 210/90,  Oficializa a Avenida Paulista como imagem da Cidade de São Paulo.

Fonte: dicionarioderuas wikipedia 
Fotos: José Rosael/Hélio Nobre/Museu Paulista da USP Jornal Shopping Pátio Paulista, Guilherme Gaensly  -Wilfredor  Marcelo Camargo/ABr 
arqfuturo 
baressp



No dia de sua inauguração.

1900


1902

1928


Ciclovia


Escultura de Tomie Otake.

Um dia de domingo.