domingo, 25 de março de 2018

25 de março de 1865 
 A Rua 25 de Março é Inaugurada.



A 25 de Março que hoje você vê abarrotada de pessoas andando de um lado para o outro cheio de sacolas, está muito longe de se parecer com essa foto aí ao lado, não é ? No meio daquela muvuca toda havia um rio chamado Tamanduateí, totalmente navegável, que recebia as águas do rio Anhangabaú. Isso gente lá na época de 1850 quando ali era um porto que servia de escoadouro para as mercadorias importadas, elas chegavam de navio em Santos, daí subiam a serra de carroça, depois passavam pela estrada de ferro Santos-Jundiaí e alcançavam o Rio Ipiranga. Diz a história que a primeira loja criada em 1887 foi de um libanês que somente agora nos anos 80 os libaneses tiveram a companhia de portugueses e, principalmente, coreanos e chineses.
foto: google.


quarta-feira, 21 de março de 2018

Francisco Prestes Maia





Francisco Prestes Maia (Amparo, 19 de março de 1896 — São Paulo, 26 de abril de 1965) foi um engenheiro civil, arquiteto e político brasileiro. 
Responsável pela construção do Estádio Municipal da Prefeitura, projetou e abriu as avenidas Duque de Caxias, Nove de Julho, Ipiranga, Conceição, Vieira de Carvalho, São Luís,  e Tiradentes Anhangabaú, as praças Roosevelt e Clóvis Beviláqua. 
E iniciou a Av. Itororó (23 de Maio)
Construiu a ponte das Bandeiras, do Piqueri e Cruzeiro do Sul, sobre o Tietê, o viaduto Pacheco Chaves, Vila Matilde, Azevedo, Pirituba, Vergueiro, Paraíso, São Joaquim, o viaduto Aeroporto e o viaduto sobre a avenida República do Líbano.a Biblioteca Municipal, a Galeria Prestes Maia.
Foi professor da Escola Politécnica durante dez anos, tendo elaborado planos de urbanização para Recife e para as cidades paulistas de Campos do Jordão, Santos e Campinas.
Premiado em primeiro lugar no 17º Congresso Pan-Americano de Arquitetura e Urbanismo, quando ainda era Secretario do Prefeito Pires do Rio.





















VIVEIRO MANEQUINHO LOPES

Av. Quarto Centenário, 1288 - Ibirapuera,



Existiam dois viveiros para produção de mudas: um pequeno, no Jardim Público (Luz) e um viveiro maior, na região da Água Branca. 
Em 1916, durante o governo de Washington Luis, a prefeitura comprou um grande terreno, situado na Vila Clementino, local onde seria futuramente implantado o Parque Ibirapuera. 
Em 1927 o prefeito Pires do Rio apontou a necessidade de incrementar o número de áreas verdes na cidade, “úteis à higiene da população urbana”,assim, o viveiro da Água Branca foi transferido para o terreno da Vila Clementino, em 1928. 
A implantação do viveiro no Ibirapuera proporcionou a formação de muitas árvores para embelezar a cidade, além de arbustos, azaleias, vasos de flores para canteiros e estufa (a antiga estufa quente do viveiro do Jardim Público da Luz foi transferida para o novo viveiro).
Nessa hora em que o terreno estava sendo invadindo e a prefeitura correndo o risco de perde-lo que o senhor Manoel Lopes de Oliveira Filho, apelidado Manequinho Lopes, teve a ideia de plantar eucaliptos australianos para eliminar a umidade excessiva do local, e também iniciou o plantio de outras especies, com ideia de transferi-las para outros parques e jardins da cidade como pau-ferro, ipê, pau-brasil, pau-jacaré, tipuana, flamboyant, sibipiruna.
Mas os responsáveis pelo projeto do Parque não queriam a permanência do viveiro no local, mas o Prefeito Fábio Prado não acatou a vontade deles, e Manequinho pode seguir com suas atividades em uma área de 48.000m², equipado com 10 estufas (casas de vegetação), 97 estufins (canteiros suspensos), 3 telados (estruturas cobertas com tela de sombreamento) e 39 quadras entre quadras de matrizes e de estoque de mudas envasadas, prontas para o fornecimento aos órgãos públicos municipais.
Em reportagem do jornal O Estado de São Paulo, de 1936, o Viveiro Manequinho Lopes era considerado o maior e mais variado da América do Sule e a dedicação do Manequinho era tanta que distribuía gratuitamente mudas para particulares como ainda ajuda na execução de jardins particulares em prédios e residencias, alem de trabalhar também aos domingos.
Em 1938, Manequinho adoece e vem a falecer e pelo ato nº. 1372, de 14 de março de 1938, a prefeitura deu o nome de Viveiro Manequinho Lopes para o viveiro municipal.  
Arthur Etzel, filho de Antonio Etzel (administrador do Jardim Público-Luz), foi nomeado novo chefe do Viveiro e trabalhou no Ibirapuera em diferentes funções por mais de 50 anos.
O Viveiro foi restaurado em 1993 e Burle Marx fez um novo projeto para o viveiro valorizando o verde, inclusive as belas árvores, o viveiro, revitalizado, foi entregue à população no dia 24 de março de 1994.
Em 2017 e aprovada nova revitalização para os viveiros Manequinho Lopes, no Parque Ibirapuera, Zona Sul, e Arthur Etzel, no Parque do Carmo, na Zona Leste, em parceria com a marca de sabonetes Francis. A empresa também cuidará da manutenção do viveiro Manequinho Lopes por três anos, sem custos para o município.
Tombado com todo o Parque Ibirapuera conforme RES. SC 01/92, de 18/12/92 do Condephaat
Fontes: parqueibirapuera.org cidadedesaopaulo capital.sp.gov
Fotos: Moema l'architettura









Cinematográfica Maristela

Onde hoje está a Rua Francisco Rodrigues esquina com a Avenida Mendes da Rocha
Jaçanã.

Companhia Cinematográfica Maristela, nasceu em 1949, do sonho de Mário Audrá Junior, o Marinho, herdeiro de uma milionária família paulistana, ligados a indústria têxtil, em se tornar um produtor de cinema, mas somente no ano seguinte começariam as primeiras filmagens.
Audrá teve com companheiros no empreendimento, seus amigos  Ruggero JacobiCarlos Alberto Porto e Mario Civelli.
Em seus estúdios localizados no bairro de Jaçanã, em uma área de 18 mil metros quadrados, atuaram centenas de atores e técnicos, nomes como Alberto Cavalcanti rodando o seu primeiro filme no Brasil; Procópio FerreiraAna EsmeraldaHenriette Morineau, os fotógrafos, os diretores Ruggero Jacobi (sócio da empresa), Jayme CostaNydia Licia e outros sitados abaixo.
Maristela realizou ainda filmes de talentos como Nelson Pereira dos SantosLuiz Sérgio Person e Roberto Santos, durou apenas oito anos, mas deixou um grande legado. 
Considerada a prima pobre da Companhia Vera Cruz por trabalhar com orçamento menor, a Maristela recebeu nomes de peso como Procópio Ferreira, Tonia Carrero, Odete Lara e até Adoniran Barbosa.
Muitos moradores do bairro atuaram como figurantes, e era comum a realização de filas na portaria, na esperança de serem chamados para atuarem.
A Maristela tinha alojamentos e quando iam fazer gravações à noite, as pessoas dormiam lá, meu pai foi conversar com o governador Adhemar de Barros e pediu para prolongar o horário do funcionamento do trem até as 23h. daí surgiu a música Trem das Onze de Adoniran Barbosa, apesar do trem funcionar até mais tarde ninguém ia embora, ficavam ali na boemia”. (Palavras de Marco Audrá, filho de Mário Audrá Junior, criador da companhia em entrevista ao g1 em janeiro de 2016).
O Centro Cultural do Banco do Brasil organizou em 2011 uma Retrospectiva Maristela que ficou em cartaz no Rio de Janeiro (2 à 14 de agosto), São Paulo (3 à 14 de agosto) e Distrito Federal (16 à 28 de agosto.)
Apresentou, pela primeira vez, a visão completa de todas as produções da extinta Companhia.
Entre os filmes produzidos pela Companhia, estão Presença de Anita (em 1950, baseado no livro de Mário Donato, que também deu origem à série homônima da Rede Globo), Meu Destino é Pecar (em 1951, primeira adaptação de Nelson Rodrigues para o cinema), e a chanchada paulista Pensão de Dona Stela, onde Adoniran Barbosa está presente com suas composições e também como ator.
Recentemente seus filmes foram restaurados e em cópias novas. 
Fonte: G1 jornalspnorte .historiadocinemabrasileiro
Fotos: (Foto: Reprodução Maristela Filmes) G1 Gazeta da Zona norte  O Cruzeiro








segunda-feira, 19 de março de 2018

Teatro Brasileiro de Comédia (TBC)

Rua Major Diogo, 311 e 315 – Bela Vista

Reformado e inaugurado em 1948, por iniciativa do industrial italiano Franco Zampari, engenheiro das Industrias Matarazzo, e também dramaturgo, com o apoio financeiro de parte da elite paulistana.
A ideia inicial e que seria uma sala para 
 grupos amadores como, por exemplo, o Grupo de Teatro Experimental e o Grupo Universitário de Teatro. 
Zampari e amigos alugam um velho casarão, na rua Major Diogo, e o reformam, para abrigar uma infraestrutura de carpintaria e iluminação, inaugurado após quatro meses, em 11 de outubro de 1948, o TBC detinha uma estrutura "de luxo" para a época, com "duas salas de ensaio, uma sala de leitura, oficina de carpintaria e marcenaria, almoxarifados para cenografia e figurinos, além de modernos equipamentos de luz e som".
A apresentação de abertura teve duas encenações, La Voix Humaine, de Jean Cocteau, monólogo declamado em francês pela atriz Henriette Morineau, e A Mulher do Próximo, de Abílio Pereira de Almeida, e teve a participação daquela que seria talvez o maior nome do teatro brasileiro Cacilda Becker.
Ate 1964 foi sede de uma companha que tinha o mesmo nome do teatro, sendo seu auge a década de 1950, quando peças de renomados autores internacionais dirigidas por renomados diretores como Ziembinski e Adolfo Celi, justamente isso foi a causa de sua decadência, pois foi duramente criticado por não dar espaço a autores nacionais, e acabou provocando o surgimento de uma oposição teatral que resultou, nos anos 60, na formação do grupo que inaugurou o Teatro de Arena.
Apos a apresentação de “Vereda da Salvação”, de Jorge de Andrade, em 1964, o teatro foi ocupado sucessivamente por diversas companhias. 
Nomes famosos surgiram no TBC como é o caso de Cacilda Becker, Fernanda Montenegro, Cleyde Yáconis, Nathalia Timberg, Paulo Autran, Sergio Cardoso,,Tonia Carreiro, Walmor ChagasNydia Licia, e Fernando Torres (ator), entre outros.
Tombado pelo  Condephaat em  21/10/1982 e pelo Conpresp em 1991,  reforçada em 2002, quando a rua Major Diogo, foi incluída no processo que reconheceu como patrimônio histórico e cultural todo o bairro da Bela Vista.
No livro do Tombo do Condephaat esta registrado:
"Este pequeno prédio era originalmente um edifício comercial ocupado, segundo dizem, por laboratório. Apesar de ser uma típica construção da Bela Vista, da década de 20 ou 30, não apresenta, isoladamente, interesse arquitetônico que justifique seu tombamento. Porém, foi inscrito no Livro do Tombo do Estado, por ter abrigado desde 1948 - no espaço ocupado por uma antiga garagem - o Teatro Brasileiro de Comédia. Este sim, um importante marco na história da arte dramática no nosso país".No final de 2008, pouco tempo depois do fechamento do TBC ao público, a Fundação Nacional de Artes tomou a decisão de desapropriar o imóvel, com fins de reformá-lo e reabri-lo ao público.
A Funarte enfrentou 
um processo judicial movido pela empresária Magnólia do Lago, proprietária do imóvel entre 1982 e 2008, que alegava ter direitos sobre as marcas "Teatro Brasileiro de Comédia" e "TBC", cobrando quase R$ 7 milhões de indenização do órgão, que alegava possuir tais direitos.
fontes: condephaat.sp wikipedia
fotos: Guilherme Afarelli Venaglia condephaat TVCultura Cristiano Goldschmidt Acervo O GLOBO





Paulo Autran e Tonia Carreiro


sábado, 3 de março de 2018

E.E. DOM PEDRO II

Rua Marta, 33  Barra Funda


O projeto de Ramos de Azevedo do século XIX para Campinas, foi usado também para essa escola em Perdizes, um edifício de dois pavimentos construído em 1919 com  planta simétrica básica e fachadas diferenciadas.
Faz parte de um conjunto de 126 escolas públicas construídas pelo Governo do Estado de São Paulo entre 1890 e 1930 que compartilham significados cultural, histórico e arquitetônico que expressam o caráter inovador e modelar das políticas públicas educacionais, e reconhecem o papel do Estado na promoção do ensino básico, (dito primário), e a formação de professores bem preparados para tal função. 
Conjunto arquitetônico  de técnica construtiva simples, consolidando o uso de alvenaria de tijolos e a linguagem estilística que simplificou os atributos da tradição clássica acadêmica. 
O programa pedagógico distribuía essencialmente salas de aulas ao longo de eixos de circulação em plantas simétricas, que aos poucos se firmaram em projetos arquitetônicos padronizados que se repetiam com pouca ou nenhuma variação em mais de um município.
No site do Condephaat essa escola consta como localizada no Bairro de Perdizes.
Tombado pelo Condephaat em  21/07/2010
fonte: condephaat.sp
fotos:Wikimedia Commons googlemaps



quinta-feira, 1 de março de 2018

Instituto Adolfo Lutz

Avenida Dr. Arnaldo, 355


Serviço Sanitário do Estado foi criado em 1891, em 1893 instalado o Instituto Bacteriológico.
Em 1937, foi aprovado a planta para a construção do edifício sede do Instituto Bacteriológico, projetado pelo Escritório Ramos de Azevedo, com quatro pavimentos e porão, finamente decorado com com mármore italiano e trabalhos em madeira produzidos pelo Liceu de Artes e Ofícios.
Em 1940 e refundado  com a  junção do Instituto Bacteriológico com o Laboratório de Análises Químicas e Bromaotológicas, Serviço Geral de Desinfecções e o Hospital de Isolamento, com o nome de Instituto Adolfo Lutz, uma homenagem póstuma ao Dr. Adolfo Lutz, primeiro Diretor do Instituto Bacteriológico.
O edifício foi tombado pelo Condepht em 18/10/1990
O Instituto e credenciado pelo Ministério da Saúde, juntamente com seus doze Laboratórios Regionais, sediados em municípios estratégicos do Estado,e executa ações de vigilância sanitária, epidemiológica e ambiental.
Atua ainda na área do conhecimento, desenvolvendo projetos científicos multidisciplinares, com colaboração internacional, nas áreas de Ciências Biomédicas, Bromatológicas e Químicas.
Sua competência é reconhecida  internacionalmente.
Sedes em: Taubaté, Sorocaba, São José do Rio Preto, Santos, Santo André, Rio Claro, Ribeirão Preto, Presidente Prudente, Marília, Campinas, Bauru, Araçatuba, 
fontes: .ial.sp.gov wikipedia condephaat.sp
fotos: IAL - Instituto Adolfo Lutz: condephaat. googlemaps.