sábado, 29 de julho de 2017

Tremembé

Em tupi (Tirime'mbé "Tere-membé") significa alagadiço.

Nasceu do desmembramento da fazenda da família Vicente de Azevedo em chácaras e glebas médias, no final do século 19, tudo indica que a sede da fazenda ficava na esquina da Avenida Nova Cantareira com a rua Maria Amália Lopes Azevedo, por isso o nome Fazendinha para a região. 

Na década de 1910 os filhos de Pedro Vicente de Azevedo e Maria Amália Lopes de Azevedo criaram a Cia Villa Albertina de Terrenos, dando início ao loteamento em moldes urbanos.

O bairro do Tremembé, surgiu em 1890, e seu aniversário é comemorado em seu dia oficial, 10 de novembro (Lei municipal 11.544).

Devido a seu relevo e vegetação ao pé da serra da Cantareira, que lembra paisagens europeias, foi muito procurado por portugueses, italianos, alemães e eslavos no começo do século XX. 

Até recentemente tinha uma expressiva população de alemães, o restaurante Recreio Holandês, da família teuto-holandesa Van Enck, funcionou por 50 anos na Fazendinha, e era uma referência da Zona Norte em toda a cidade.

Até os anos 1950, o principal acesso ao bairro se dava através da linha de trem, o Tramway da Cantareira, surgida em 1894 para auxiliar na construção dos reservatórios de água da cidade. a estação Tremembé era a penúltima, antes da estação Cantareira. 

A operação da linha de trem foi encerrada em 1964.

Por muito tempo, o bairro permaneceu relativamente isolado, devido ao relevo, e também porque a região norte da cidade foi a última a se desenvolver.

É a região urbana com maior densidade de área verde na cidade. junta-se à vegetação das ruas e terrenos as extensas matas do Horto Florestal e de parte do Parque Estadual da Cantareira, outra parte do parque pertence ao distrito vizinho Mandaqui.

E uma região pouco verticalizada, com muitos condomínios horizontais, e é om 4º em tamanho entre todos os distritos da capital, em áreas mais distantes, loteamentos clandestinos colocam em risco as áreas de mananciais junto à serra, devido ao desmatamento e à urbanização sem planejamento.

Abriga o Instituto Florestal, onde está o Horto Florestal, criado no final do século XIX por Albert Löfgren e um dos núcleos do Parque da Cantareira, reserva de Mata Atlântica que pertence à Reserva da Biosfera do Cinturão Verde de São Paulo.

Abriga também a mais tradicional escola da região, EE Arnaldo Barreto, criada no ano de 1922 e funcionando até os dias atuais.

fonte: wikipedia
fotos: Humberto do Lago Muller 123i - Uol  tremembcantareira. otachodapepa

A Fazendinha centro do Tremembé.



Fazenda Santa Gertrudes.

Bairro de Vila Albertina, no Tremembé. Vista aérea da antiga pedreira.

Jova Rural um dos loteamentos sem planejamento.



Jabaquara

O nome Jabaquara vem do tupi guarani YAB-A-QUAR-A, que significa rocha ou buraco, ou rota de fuga, ou ainda toca da fuga através da junção dos termos îababa (fuga) e kûara (toca), uma alusão a antigos quilombos que provavelmente existiram na região.

O Jabaquara tem histórias que resgatam seu nome desde o início do século XX, quando ficava em uma região pertencente ao então município independente de Santo Amaro. 

Era uma mata deserta, uma sesmaria que pertencia a Companhia de Jesus administrada pelo Padre Anchieta e servia de abrigo para escravos fugidos.

No início do século XVII, a região era passagem de viajantes que se dirigiam de Santo Amaro e à Borda do Campo. 

A partir dessa época, a região começou a ser procurada por fazendeiros e sitiantes que passaram a abrir estabelecimentos agrícolas comerciais, mas somente, no final do século XIXcomeçou a se popularizar quando a prefeitura decidiu instalar o parque do Jabaquara, utilizado para passeios e piqueniques.

sítio da Ressaca foi construído no século XVIII e tombado no ano de 1972, hoje abriga o Acervo da Memória e do Viver Afro-Brasileiro, que reúne objetos referentes à presença dos negros em São Paulo.

Entre os anos de 1886 e 1913, circularam, pela região, os trens a vapor de uma pequena ferrovia que ligava a Vila Mariana a Santo Amaro e cujos trilhos foram implantados sobre uma via do antigo caminho do Carro (ligação entre São Paulo e Santo Amaro).

O primeiro loteamento do Jabaquara aconteceu na vila Santa Catarina entre 1920 e 1921. 
Até o final da década de 1920, boa parte da região era escassamente povoada, com chácaras esparsas em meio a extensas superfícies não ocupadas, com grandes características rurais.

Com a abertura da avenida Washington Luiz em 1920 ligando a mais desenvolvida vila Mariana aos loteamentos suburbanos às margens das represas trouxe desenvolvimento e a urbanização, aumentada  principalmente, como a inauguração do aeroporto de Congonhas em 1936.

A construção da paróquia de São Judas Tadeu em 1940, também ajudou na valorização e crescimento da região e incentivou a abertura de loteamentos (Jardim Aeroporto, Vila Mascote, Vila Parque Jabaquara, Vila Guarani).

No final da década de 1940,  uma grande mudança  se deu na região, apos a criação da Companhia Metropolitana de Transportes Coletivos, a CMTC.  A empresa inaugura sua mas a antiga garagem, na Avenida Engenheiro George Corbisier, o predio ainda existe.
Até os anos 50, uma das principais atividades econômicas do local consistia no cultivo de flores selvagens, e a abaparia capensis (tulipa-do-inverno) se mostrava a principal fonte de renda dos habitantes naquela época.
Em 1968, começaram as obras do metrô e em 2 de Maio de 1977, foi inaugurado o Terminal Rodoviário Intermunicipal Jabaquara, que, por sua localização ao sul da cidade, possui muitas linhas com destino ao litoral sul paulista, ambas as obras ajudaram no desenvolvimento populacional da região, que hoje conta com mais de 200 000 residentes. o distrito conta com mais duas estações,  "Conceição" e "São Judas".
parte comercial também foi desenvolvida e conta com dois polos comerciais importantes: 

Centro Empresarial do Aço e a sede do Banco Itaú.

Com predominância das classes média e média alta, há uma grande presença de favelas em seu território, a maioria localizadas na região sul do distrito fazendo divisa com o distrito de Cidade Ademar e o município de Diadema.

fonte: wikipedia História do Jabaquara
fotos: RaphaelIgor estagiotrainee blogdapaisagem centraldafonoaudiologia diariodotransporte. googlemaps


A casa-sede do Sítio da Ressaca em 1938. (Coleção MCSP/DPH/SMC/PMSP, B.J. Duarte)


Avenida Jabaquara 712 esquina com rua Guaraú, atual Estação do Metrô Praça da Árvore 1949;



Sede de chácara na Vila Campestre. Fotos: Acervo Jornal São Paulo Zona Sul
Auto Viação Jabaquara,(Atual Viação Cometa) em São Paulo/SP de 1936.


Vila G uarani


Complexo empresarial do Banco Itaú


Igrejas de São Judas em dia de festa.


terça-feira, 25 de julho de 2017

Santana

Zona Norte da cidade.


A data de sua fundação e inserta mas se convencionou comemorar seu aniversario como sendo, 26 de julho de 1782 (235 anos), sua denominação e uma referencia à mais famosa propriedade da região: a Fazenda de Sant'Ana, expropriada pelo governo português dos jesuítas, através do Marquês de Pombal, no século XVIII, de grande produção agrícola que abastecia o centro com suas provisões, até os fins do século XIX manteve como característica o fornecimento de frutas e verduras para a cidade.
Por sua posição geográfica próxima a Serra da Cantareira, era um local de lazer e passeio, onde os  paulistanos podiam descansar em contato com a natureza.
Permaneceu até o início do século XX, isolada do restante da capital devido a barreiras naturais como o Rio Tietê e a Serra da Cantareira
No ano de 1893 A Companhia Cantareira e Esgotos para captar água na Serra da Cantareira, promove a criação de um meio de transporte para locomoção de trabalhadores e materiais de construção, então junto com o Governo do Estado resolveu construir a pequena linha férrea provisória do Tramway Cantareira,
A partir dai Santana se desenvolveu rapidamente juntamente ao processo de industrialização e à riqueza gerada através do ciclo do café em todo o estado.
Nos anos da década de 1940 o distrito ganha nova ligação com o centro da cidade, com a construção da Ponte das Bandeiras, que substituiu a antiga Ponte Grande, considerada pelo prefeito Prestes Maia como a portão de entrada da cidade.
Clube de Regatas Tietê e o Clube Esperia, este último fundado em 1899 e ainda existente, os esportes aquáticos como regatas de remo e natação eram regularmente praticados no rio Tietê, antes deste ter o trecho que cruza a capital completamente poluído nas décadas seguintes.
Em  31 de março de 1965, após 72 anos de uso, o Tramway foi desativado, e parte de seu percurso usado para implantação do Metro.
A região passou por um processo de desenvolvimento e avanços em sua infraestrutura, que a transformou em um dos principais polos comerciais da cidade.
O distrito de Santana é formado por 19 bairros.
Foi ali que começou a nascer o Império do Brasil, mas precisamente na Rua Alfredo Pujol, pois foi ali que a família dos Andradas se estabeleceu e o lugar onde José Bonifácio de Andrada e Silva redigiu o manifesto paulista que ajudou na declaração do Dia do Fico.
Fonte wikipwdia
fotos: Guilherme Gaensly  Pedu0303 Peter Louiz Samuel Kassápian Prefeitura de São Paulo Tibério Construtora
Praça Campo de Bagatelle


1938 - Rua Voluntários da Pátria
Caixa d'água do Alto de Santana

 Alto de Santana

Foto tirada do edifício Altino Arantes.

Adicionar legenda

sábado, 22 de julho de 2017

 Edifício Conde de Prates

Rua Líbero Badaró, 293

Projetado pelo arquiteto Giancarlo Palanti e suas obras foram executadas pela Construtora Alfredo Mathias Ltda e concluídas no ano de 1955.
E um arranha-céu localizado entre o Vale do Anhangabaú, a Rua Líbero Badaró e o Viaduto do Chá, possui 112 metros de altura, 33 andares.
Construído onde antes era um dos Palacetes Prates e foi sede de um dos mais elegantes e famosos clubes da cidade, o Automóvel Club de São Paulo
Em 1921 o Palacete Prates recepcionou e hospedou o então presidente do Brasil, Epitácio Pessoa.
fonte: wikipedia
fotos: Coleção Folha São Paulo Antiga SP In Foco :: Bella Paulicéia




Rua Líbero Badaró

Do Largo de São Francisco ao Largo São Bento

Em homenagem a Giovanni Battista Libero Badarò, jornalista, político e médico italiano radicado no Brasil, assassinado na rua, onde residia, por motivos políticos. 
Nela se encontram os históricos Edifício Sampaio Moreira o primeiro "Arranha Céu" de São Paulo construído em 1924 e o Edifício Conde de Prates, com 112 metros de altura, 33 andares e  construído em 1955, que faz frente para a Prefeitura de São Paulo, tendo sua entrada principal na Rua Líbero Badaró, além de outra pelo Vale do Anhangabaú.
Antiga Rua Nova de São José, teve moradores ilustres, Amador Rodrigues de Lacerda Jordão, barão de São João do Rio Claro (1857), Joaquim José dos Santos Silva, barão de Itapetininga(1873) e Francisco Xavier Paes de Barros, barão de Tatuí (1887) e Giovanni Battista Libero Badarò.
Em 1923 a Casa Godinho empório tradicionalíssimo da Cidade de São Paulo, inaugurada em 1888 se muda da praça da Sé para o nº 340 onde permanece funcionando ate os dias de hoje.
Em seu nº 67, no 3º andar, o escritor Oswald de Andrade montou uma “garçonière”, uma espécie de clube de intelectuais frequentado, entre outros, por Mário de Andrade, Guilherme de Almeida, Ribeiro Couto e Di Cavalcanti.
Abrigou também o Othon Palace Hotel, um símbolo da hotelaria de luxo da capital de São Paulo, fundado em 1954 e funcionou ate meados da década de 1970, estava em processo de desapropriação quando foi invadido pelo mstu.
Faz esquina com a Rua José Bonifácio, com a Praça do Patriarca, com a Rua Dr. Falcão Filho, com o Viaduto do Chá, com a Rua Dr. Miguel Couto e a Avenida São João.
fonte: wikipedia
fotos: Dornicke Pinterest História Mund peregrinomutante LAAMARALL
 Por trás destes palacetes está a Rua Líbero Badaró.

1935 - Vista aérea da Rua Líbero Badaró


1920 (foto colorizada por Reinaldo Elias



Rua São Bento

Começa no Largo São Francisco e termina na Rua Boa Vista, já no Largo de São Bento.


Já foi conhecida como, "Rua de Martim Afonso Tibiriçá" em homenagem ao Cacique Tibiriçá batizado Martim Afonso quando de sua conversão, e "Rua de São Bento", depois São Bento em referencia ao Mosteiro de São Bento erguido no Largo formado em seu final.
A Casa de São Bento, uma entidade religiosa que acabava de ser fundada na Vila de São Paulo, em 15 de abril de 1600 requereu aos oficiais da câmara, a "concessão de um pedaço de chão", onde pudesse construir um mosteiro para acomodar os frades da Ordem, a  Edilidade atendeu ao pedido de Frei Mateus da Ascensão, o primeiro pior da Ordem Beneditina, e cedeu a gleba ao final da Rua Martim Afonso, onde já existia uma capelinha, tudo ali era barro e lama, descambando aquele fim de rua num barranco que se despenhava no Vale do Anhangabaú, e com isso a rua tornou se conhecida como o caminho que levava a São Bento que acabou sendo oficializado como Rua de São Bento e depois São Bento.
Forma com as ruas Direita e 15 de Novembro, o célebre "Triângulo Paulistano", centro da vida comercial, intelectual e elegante da São Paulo do finais do século XIX e início do século XX, forma também um triangulo com as Igreja N.S. do Carmo, São Francisco e São Bento.
Importantes estabelecimentos que fizeram parte da historia da cidade estiveram instalados nela como: Leiteria Campo Belo, Casa Fortes, Casa Fretin (esquina com Rua da Quitanda), Casa Genin, Botica Ao Veado d'Ouro, Joalheria Adamo, Casa Paiva, Electrolandia, Casas Pernambucanas, Au Bon Marché, A Triumphal, Casa Sotero, Lapidação de Diamantes Antuérpia, Loja do Japão, Loja da China, Cine São Bento, Grande Hotel, na esquina do Beco da Lapa (atual Rua Miguel Couto).
Pontos históricos e turísticos da cidade de São Paulo também fizeram parte da São Bento, como é o caso do Edifício Martinelli, cuja portaria principal é acessada pela rua.
fonte: wikipedia
fotos: Luiz coelho Thomaz Farkas Instituto Moreira Salles garoahistorica
cruzamento com a Rua da Quitanda, em 1929. Cartão postal colorizado
1862

1911



Festejo pelo fim da Segunda Guerra Mundial 


Lado de fora da estação do Metrô Sâo Bento.


quinta-feira, 20 de julho de 2017

Cerqueira César 

O bairro surgiu com o nome de Villa América em 1890, do loteamento de propriedades rurais, como: a chácara Água Branca, chácara dos Pinheiros e sítio Rio Verde, todas pertencentes ao Dr. José Oswald Andrade, pai do escritor paulista Oswald de Andrade,uma extensa gleba de terra de Horácio Belfort Sabino, casado com América Milliet - filha de Afonso Augusto Milliet - razão do nome do bairro vizinho ser Jardim América.
Horácio Belfort construiu, em 1902, sua residência, onde encontra-se, Conjunto Nacionalprojetada pelo arquiteto Victor Dubugras, seu neto Horácio Sabino Coimbra era casado com Maria Yolanda Cerqueira Cesar, filha de  Dr. José Alves de Cerqueira César.
Com a  inauguração do Parque Trianon e da Avenida Paulista, teve seu crescimento acelerado assim como Pinheiros e Consolação, bairros vizinhos, tornou-se um tradicional bairro da classe média alta paulistana. 
Em 1938 tornou-se subdistrito da capital. Seu nome é uma homenagem ao ex-vice-presidente  e presidente interino do Estado de São Paulo Dr. José Alves de Cerqueira César.
A partir da década de 1950 a região onde se encontra adquire características comerciais, tornando-se o principal centro financeiro da cidade, esse desenvolvimento levou à verticalização do bairro com a perda de suas características essenciais. 
Prova dessa mudança foi a construção do Conjunto Nacional e do Museu de Arte de São Paulo, símbolos da nova economia, e com o passar dos anos antigas residências tornavam-se pequenos prédios de escritórios e comércio.
Na reforma de distritos ocorrida em 1991 o bairro ficou fragmentado entre os distritos de ConsolaçãoBela Vista e Jardim Paulista, porém, seu cartório de registro civil,  continua em operação com os limites da divisão anterior.
Atualmente é um dos bairros mais dinâmicos e valorizados da cidade, situado numa região nobre apresenta uma vida noturna agitada, teatros, cinemas e grande oferta de comércio e serviços, reúne diversos flats e hotéis de luxo.
Em seus limites se encontra os principais consulados de países amigos. 
fonte: wikipedia
fotos: Dornicke Peter Louiz O Melhor do Bairro
Fotografia panorâmica do bairro a partir do Museu de Arte de São Paulo.
Vista do bairro em 1936, ao fundo, os futuros bairros de Perdizes e Pacaembu.