segunda-feira, 25 de junho de 2018

NEVE NA MANHÃ DE SÃO PAULO


O vídeo e uma promoção do livro NEVE NA MANHÃ DE SÃO PAULO, de José Roberto Walker.
Mas o fato e verdadeiro no dia 25 de junho de 1918 a exatos cem anos nevava na cidade de São Paulo e em vários locais do Estado de São Paulo.




quarta-feira, 13 de junho de 2018

Viaduto do Chá



primeiro viaduto a ser construído na cidade de São Paulo, idealizado em 1877 por Jules Martins, pintor, professor, arquiteto, litógrafo e empresário francês, que produziu o primeiro Mapa da Província de São Paulo que apresenta projeto para a construção de um viaduto sobre o Vale do Anhangabaú.
Em 1880, dedicando-se cada vez mais a trabalhos urbanísticos e arquitetônicos, ganha a concessão para construção do viaduto, o que gera uma série de discussões nos jornais locais, mais não consegue construí-lo com recursos próprios, passando a execução à outra empresa.
O projeto original em estrutura metálica, tem o intuito de facilitar a travessia, à época difícil, do Vale do Anhangabaú, antes da construção do viaduto para se locomover da atual Rua Líbero Badaró para a região onde hoje se encontra o Teatro Municipal: era preciso descer a encosta, atravessar a Ponte do Lorena sobre o Anhangabaú e subir a Ladeira do Paredão, atual Rua Xavier de Toledo. 
Os trabalhos começaram apenas em 1888, mas foram interrompidos um mês depois, pela resistência do Barão de Tatuí que teria sua casa desapropriada e alguns moradores que o apoiavam. 
A Companhia Paulista de Chá ficou com os direitos do projeto, quando foi retomado em 1889, porém enfrentou problemas financeiros e quase foi à falência, tendo o município transferido a responsabilidade da concepção para a Companhia de Ferro Carril de São Paulo.
A armação metálica que compõe o viaduto foi encomendado à empresa alemã Harkort, de Duisburgo, e chegou ao Brasil em maio de 1890, que foi concluído dois anos depois, tendo sua inauguração em 6 de novembro de 1892.
Com 240 metros de comprimento sendo que a estrutura metálica tinha 180 metros e os demais 60 de aterro da Rua Barão de Itapetininga, e largura de 14 metros com assoalhos de madeira divididos em vão central e 5 passarelas laterais.
A altura mais alta era de 34 metros e iluminado por 26 lampadas a gaz, 
com obras de arte em suas quatro extremidades e balaustrada de bronze, com o logotipo da Companhia de Ferro.
Existia um portão no local para controlar a passagem e restringir seu uso no período da noite, e onde era cobrado o pedágio sessenta réis ou três vinténs para a utilização da passagem.
Em 1938, a construção de metal alemão com assoalho de madeira apresentou seria falhas devido a grande peso que suportava, e no mesmo ano se inicia a construção do Novo Viaduto do Chá, construído  em concreto armado e com o dobro de largura. 
Tem esse nome porque havia nas proximidades uma extensa plantação de chá da Índia.

Fontes: wikipedia saopaulo.sp.gov/conhecasp
Fotos: richardjakubaszko. Pinterest Dornicke 





sábado, 9 de junho de 2018

EDIFÍCIO PACAEMBU

Av. General Olimpio da Silveira, 386 - Santa Cecília


João Artacho Jurado, não imaginava ter uma de suas obras de arte, desfigurada por essa obra que só trouxe transtorno e dessabor para os moradores do adorável Bairro de Santa Cecilia.
Localizado na Av. General Olímpio da Silveira, continuação da Av. São João próximo a Rua Margarida e da Av. Pacaembu, e isso o deixa de cara para o Minhocão que o desfigura e desvaloriza e com isso perdeu sua identidade, a tal ponto de não ser possivel fotografa-lo por inteiro sem que na foto apareça essa obra horrorosa. 
Ele não tem as mesmas características dos seus outros prédios mais famosos, mas isso não diminui sua importância na arquitetura da cidade.
O site https://quandoacidade.wordpress.com tem uma postagem sobre esse edifício com o sugestivo título de "Antes do desastre",
Minha esperança e que com a desativação do Minhocão este edifício possa ser revitalizado.
fontes: 
refugiosurbanos quandoacidade
fotos: quandoacidade Flickriver refugiosurbanos Acervo Estadão
Anos 1950





sexta-feira, 8 de junho de 2018

Morro dos Ingleses


Compreende a área entre a Avenida Brigadeiro Luís Antônio, a Rua dos Ingleses, a Rua Almirante Marques de Leão, a Alameda Campinas e a Avenida Paulista

Limita-se com os bairros: Jardim PaulistaBixiga e Bela Vista no Distrito da Bela Vista 
Em 1901 em uma área desabitada do alto do Bixiga, imigrantes ingleses e escoceses transferiram para ali o São Paulo Country Club.

Local aprazível, próximo à Avenida Paulista, em cuja via começavam a proliferar os casarões dos barões do café, este campo de golfe passou a ser conhecido e visitado por numerosas famílias. Como se situava na parte mais elevada, o local ficou conhecido como "Morro dos Ingleses", cuja denominação permanece até hoje.(https://www.spgc.com.br)

O clube em 1915, e transferido para Santo Amaro, onde permanece até os dias de hoje.
E um morro que abriga em seu topo um pequeno bairro classe alta, cercado de bairros classe media, classificado pelo CRECI como "Zona de Valor A", tal como: MorumbiJardim América e Moema.

Uma característica do bairro e unir edifícios modernos com antigos casarões e sobrados históricos em ruas sinuosas com aclives e declives acentuados.

Conta com diversos hotéis, teatros, restaurantes e edifícios de alto-padrão comerciais e residenciais, além da TV Gazeta e da Faculdade de Comunicação Social Cásper Líbero localizados na Avenida Paulista.

fonte: wikipedia
fotos: Marilane Borges  spgc.com quandoacidade.
Data provável 1903,

Publicada em 1901 na “The Illustrated Sporting and Dramatic News”, uma revista que circulou em Londres entre 1874 e 1970.  https://quandoacidade.wordpress.com/

1930




domingo, 3 de junho de 2018

Um dia triste.




O dia mais triste do início da carreira do jornalista Aureliano Biancarelli foi uma sexta-feira, dia 1º de fevereiro de 1974. “Lembro que, apesar do estarmos no verão, a manhã estava encoberta, meio chuvosa, cinzenta e triste. E ficaria muito mais triste nas horas que se seguiriam”, começa a contar.
“Me recordo que estava saindo do banho, depois do café da manhã, quando o barulho das sirenes me chamou a atenção. Eu morava com colegas no sétimo andar de um prédio da Rua Dona Antônia de Queiroz, bem perto da Consolação. Sirene ali era um ruído cotidiano, mas naquele dia o barulho era tanto que alguma coisa muito grave deveria estar acontecendo.”
Já passava das 9 hs, e a Consolação começava a parar, tomada por carros da polícia, bombeiros e ambulâncias. Ele desceu a rua a pé, seguindo os helicópteros. Pelo caminho, as pessoas falavam de um grande incêndio no Joelma, um edifício até então desconhecido.
Conseguiu se aproximar descendo a escadaria que liga a Avenida Xavier de Toledo ao Vale do Anhangabaú, onde hoje fica a entrada do metrô. Passou pelos cordões de policiais, que impediam a aproximação das pessoas, até ter a primeira visão do prédio: “Mesmo ainda da escadaria, foi aterradora. O fogo já consumia a maior parte dos 25 andares, e dezenas de pessoas se amontoavam no telhado. Foi então que vi a primeira pessoa se jogar, cena que se repetiria seguidamente, a cada vez que o vento deslocava as grandes labaredas de um lado para o outro do prédio”, afirma.
A contagem feita dias depois vaticinou: dos 188 mortos, 18 tinham se jogado do edifício.
“Eu tinha acompanhado o incêndio do Andraus, dois anos antes. As pessoas correram para o teto, que permitia o pouso de helicóptero, e foram salvas. Dessa vez, as pessoas se lembraram daquelas notícias, mas lá em cima encontraram uma armadilha. O telhado era de madeira e as telhas de amianto. Para respirar, retiravam as telhas e ficavam sobre o madeiramento, arrancando as roupas e cobrindo os rostos para evitar a fumaça.”
E continua: “Em torno do prédio que queimava, milhares de pessoas se apertavam na passarela da Praça das Bandeiras e no Viaduto do Chá, chorando e esticando faixas, pedindo calma. Por volta do meio-dia, subi no teto de um prédio onde havia uma dessas lunetas usadas por turistas para observar a cidade. Foi a cena mais chocante: as pessoas estavam ali, ao alcance da minha mão, se contorcendo, se abraçando, morrendo, algumas já caídas, sem roupa. Um helicóptero tentava se aproximar, mas eram tantas as mãos tentando agarrá-lo que ele era obrigado a se afastar. Apenas jogava toalhas molhadas”.
Biancarelli conta que depois um sargento conseguiu se jogar de uma altura de quatro metros, de um helicóptero sobre o telhado, quebrando as telhas de amianto e o tornozelo. Augusto Carlos Cassaniga era o nome desse sargento, que fixou uma corda no telhado e lançou-a até o prédio vizinho, por onde atravessaria o capitão Hélio Caldas, que já tinha sido herói no Andraus.
“O capitão Caldas contou 64 corpos no telhado. Foi a último a sair. Ele diz que, ao tirar o uniforme em casa, encontrou vários bilhetes enfiados em seus bolsos. Eram rabiscos de pessoas se despedindo das famílias. Ele disse que não teve coragem de ler o que estava escrito.”
 “Foi certamente a edição mais sofrida e conturbada que já vivi. Eu tinha 23 anos na época e estava havia um ano na redação de ‘Veja’. Como era sexta-feira, tínhamos que fechar a edição naquela mesma noite. As mesas da redação foram cobertas por centenas de fotos. Mino Carta comandava o trabalho. A cada retranca que íamos escrever, faltavam detalhes. Os repórteres estavam esgotados. A edição foi fechada ao longo do sábado, e o número exato de mortos só foi definido na semana seguinte”, completa.
Foi um dia triste. Muito triste. Foi uma tragédia. Que poderia ter sido evitada. (15/06/2002)

Fonte: bardobulga.blogspot.
Fotos: pilotopolicial. Wikipédia