sexta-feira, 10 de dezembro de 2021

 Tomie Ohtake

Tomie Nakakubo,  essa paulistana por adoção, nasceu em Kyoto, no Japão, dia 21 de novembro de 1913, onde fez seus estudos, naturalizou-se brasileira em 1968.

Em 1936 chegou ao Brasil para visitar um de seus cinco irmãos. Impedida de voltar, devido ao início da Guerra do Pacífico, acabou ficando no país. 

Casou-se,  com Ushio Ohtake, engenheiro agrônomo, criou seus dois filhos, Ruy e Ricardo e residia no bairro da, Mooca na capital paulista, com quase 40 anos começou a pintar incentivada pelo artista japonês Keiya, ou Keisuke  Sugano. 




Em 1053  integrou o Grupo Seibi, e passou um certo tempo produzindo obras no contexto da arte figurativa, mas a artista definiu-se pelo abstracionismo, a partir dos anos 1970, passou a trabalhar com serigrafia e litogravura  e gravura em metal.
Premiada na maioria dos salões nacionais e regionais, que participou nos anos anos 50 e 60, recebeu o Prêmio Panorama da Pintura Brasileira do Museu de Arte Moderna de São Paulo.




Participou de 20 Bienais Internacionais:  Bienal de Veneza, Tóquio, Havana, Cuenca, entre outras além das 6 vezes que participou da Bienal de São Paulo uma das quais recebeu o Prêmio Itamaraty.

Participou ainda de mais de 120 exposições individuais, em São Paulo e outras vinte capitais brasileiras, e Nova York, Washington DC, Miami, Tóquio, Roma, Milão, e outras, e ainda quase quatro centenas de coletivas, entre Brasil e exterior, tendo recebido 28 prêmios.  

A obra de Tomie na pintura, gravura e na escultura, marcante sua produção as mais de 30 obras públicas na paisagem em cidades brasileiras como: 
São Paulo (Av. 23 de Maio, 1988.
Anhangabaú, 1984.

Cidade Universitária, 1994, 1997 e 1999; 


Auditório Ibirapuera, 2004; 
Auditório do Memorial da América Latina, 1988; 

Av Paulista. 2015



Teatro Pedro II em Ribeirão Preto, 1996;

Santos 
inaugurada em 2008 pelo Príncipe Naruhito do Japão



 Monumento ao Trabalhador, Santo André.
 

E ouras em, Belo Horizonte, Curitiba, Brasília, Araxá e Ipatinga.

Infelizmente faleceu no dia 12 de fevereiro de 2015, aos 101 anos e meio, no Hospital Sírio-Libanês, em decorrência de choque séptico causado por uma broncopneumonia

Pela sua carreira consagrada, Tomie Ohtake é considerada a “dama das artes plásticas brasileira”.




Fontes: institutotomieohtake wikipedia xpecialdesign.
Fotos: educação Uol 
nelsonkon 
casaclaudia. 
tripadvisor 
Jornal Mundo Lusíada wikipedia

quarta-feira, 8 de dezembro de 2021

Avenida Paulista

Ruas de São Paulo e sua Historia ou Historia do Homenageado.



Inaugurada em: 08 de dezembro de 1891.
Começa na Praça Oswaldo Cruz, e termina na Rua Minas Gerais, atravessa os Bairros da Bela Vista, Vila Mariana e Consolação,  no limite entre as zonas Centro-Sul, Central e Oeste.

Considerada um dos principais centros financeiros da cidade, e também um dos seus pontos turísticos mais característicos cultural e de entretenimento.

O alto do espigão, foi, desde os tempos coloniais, conhecido como "Morro do Caaguassú" (mata fechada, grande ou virgem, em Tupi), o primeiro proprietário daquela área foi Fernão Dias Paes Leme (tio-avô de Fernão Dias, o "caçador de esmeraldas"), que recebeu por sesmaria um vasto território que estendia-se desde a Vila Mariana até Pinheiros.
  
Conhecido como "Sítio do Capão", este passado a Maria Leme, filha de Fernão Dias seguiram-se vários proprietários e em 15/09/1864 a área foi adquirida pelo Major Benedito Antônio da Silva (11º proprietário) que, em seguida vendeu o sítio a Mariano Antônio Vieira aos 05/04/1880. 

Em 14/03/1878: o  vereador João Ribeiro de Lima, sugeriu a abertura de uma rua no local "sendo de suma necessidade e utilidade pública a abertura de um caminho que partindo do alto do Caguassú (estrada de Santo Amaro - atual Av. Brig. Luís Antônio) e passando pelo lugar denominado Mandiocal, e por uma parte de terra do Major Benedito Antônio da Silva vá sair no caminho dos Pinheiros..." (atual Rua da Consolação),
mais sua sugestão não foi aceita.

 Em 1880, o novo proprietário, Mariano Antônio Vieira, resolveu por conta própria abrir uma larga "picada" na frondosa mata que teria de largura cerca de 50 metros, a "Estrada" ou "Rua da Real Grandeza", primeira denominação da Av. Paulista. Mariano Antônio Vieira , português de nascimento, foi ainda o responsável pela abertura do Bairro Bela Cintra e, também, das ruas Augusta e Frei Caneca, dentre várias...

José Coelho Pamplona, o Visconde de Porto Martim, meio irmão de Manoel Paim Pamplona e José Paim Pamplona, respectivamente cunhado e sogro de Mariano Antônio Vieira, adquire parte da área, do "Sítio do Capão" por volta de 1890.

Afonso Augusto Roberto Milliet e os empresários José Borges de Figueiredo, Joaquim Eugênio de Lima e João Augusto Garcia, adquirem outras glebas, e aproveitando a já aberta "Rua da Real Grandeza" e com algumas alterações, inauguraram no dia 08/12/1891 a Av. Paulista. 

Localizada a 847 metros do nível do mar, com 30 metros de largura e 2.800 de extensão, sugeriu-se naquela época que ela tivesse o nome de "Av. Joaquim Eugênio de Lima", mais ele não aceitou a homenagem, dizendo que Avenida Paulista homenagearia todos os Paulistas.

Este logradouro e um dos orgulhos da cidade, palacetes foram construídos, em 1900, já ostentava 50.

Foi asfaltada em 1908, sendo a primeira na cidade, teve seus passeios alargados e recebeu arborização de ipês, e estimulou o desenvolvimento de varias outras ruas paralelas e perpendiculares, dando origem a os bairros: Jardim Paulista, Jardim América e Jardim Europa (os "Jardins"). 

A partir da década de 1950, os suntuosos palacetes começaram a dar lugar aos altos edifícios, e nas décadas de 1960 e 1970, grandes empresas e instituições bancárias "trocam" o centro da cidade pela Av. Paulista. 

Entre finais dos anos 60 e início da década de 1970, o seu leito foi alargado para os atuais 48 metros, numa ampla reforma que lhe deu, o seu aspecto atual, no início da década de 1990, o ramal "Paulista" do Metrô foi inaugurado.

Nomes anteriores: Rua da Real Grandeza e Avenida Carlos de Campos.

Oficializada pelo, Ato nº 972, de 24 de agosto de 1916 com o nome de  Avenida Paulista.

Lei nº 3.042 de 20 de maio de 1927, altera para  Avenida Carlos de Campos.
Ato nº 11 de 13 de novembro de 1930 , Avenida Carlos de Campos volta a denominar-se Avenida Paulista.
Decreto n° 15.635 de 17 de janeiro de 1979 - Confirma a denominação Avenida Paulista
Lei nº 11.006, de 20 de junho de 1991 (Projeto de Lei nº 210/90,  Oficializa a Avenida Paulista como imagem da Cidade de São Paulo.

Fonte: dicionarioderuas wikipedia 
Fotos: José Rosael/Hélio Nobre/Museu Paulista da USP Jornal Shopping Pátio Paulista, Guilherme Gaensly  -Wilfredor  Marcelo Camargo/ABr 
arqfuturo 
baressp



No dia de sua inauguração.

1900


1902

1928


Ciclovia


Escultura de Tomie Otake.

Um dia de domingo.



sexta-feira, 26 de novembro de 2021

Rua Varnhagen

Ruas de São Paulo e sua Historia ou Historia do Homenageado.


Poucos conhecem mais a maioria dos paulistanos e daqueles que veem a São Paulo para compras na região da 25 de março, passaram por ela ao ao menos em sua esquina com a Ladeira Porto Geral

Pequena e única travessa da Ladeira Porto Geral, com lojas de fantasias, bijuterias e vestuário.


Francisco Adolfo de Varnhagen, o Visconde de Porto Seguro, nascido em São João de Ipanema, SP, a 17 de fevereiro de 1816, filho de Frederico Luiz Guilherme de Varnhagen e de Maria Flávia de Sá Magalhães. 

Militar, diplomata e historiador brasileiro, formado pelo Real Colégio da Luz em Lisboa, em 1832 e ingressou na Academia de Marinha, que frequentou de 1832 a 1833. 

Foi escolhido para a Academia Brasileira de Letras pelo fundador Oliveira Lima e e o Patrono da Cadeira nº 38.

Foi tenente de artilharia do exército português aperfeiçoou-se em assuntos de natureza militar e de engenharia. 

Publicou em 1838 um ensaio intitulado Notícia do Brasil, e colaborou com  O Panorama, dirigido pelo grande historiador português Alexandre Herculano. 

Divulgou, fruto das primeiras notáveis pesquisas sobre a época do descobrimento do Brasil, o Diário de Navegação de Pero Lopes de Sousa

Já licenciado do exército português tornou-se sócio correspondente do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (18 de julho de 1840).

Adido à legação do Brasil em Lisboa, em 1841, foi incumbido de pesquisar documentos sobre a História e a Legislação referentes ao nosso país.

Ainda em 1841 integrou o Imperial Corpo de Engenheiros do exército brasileiro, do qual se desligou três anos depois.

De volta à carreira de diplomata e, em 1854, editou a História Geral do Brasil, mais não assumiu a autoria, assinando apenas “por um sócio do Instituto Histórico do Brasil, natural de Sorocaba”.

Participou de missões diplomáticas em vários países da América do Sul e, em 1868, em Viena, e em 1872 representa o Brasil no Congresso Estatístico de São Petersburgo.

É agraciado pelo governo imperial com os títulos de Barão e Visconde de Porto Seguro em1874, e  percorre em 1877 o interior das províncias de São Paulo, Goiás e Bahia.

O descobrimento do BrasilO Caramuru perante a históriaTratado descritivo do Brasil em 1587História completa das lutas holandesas no BrasilÉpicos brasileirosFlorilégio da poesia brasileiraAmador Bueno, drama histórico, CancioneiroLiteratura dos livros de cavalaria, são algumas de suas obras.

Dele escreveu Oliveira Lima: “Francisco Adolfo de Varnhagen foi por certo o mais notório e o mais merecedor dos estudiosos do passado brasileiro; foi um ardente investigador, um infatigável ressuscitador de crônicas esquecidas nas bibliotecas e de documentos enterrados nos arquivos, um valioso corretor de falsidades e ilustrado conhecedor de fatos. O traço dominante da individualidade de Varnhagen é a paixão da investigação histórica à qual subordinou todas as suas manifestações de escritor. Varnhagen foi considerado o maior historiador brasileiro e um dos mais notáveis pesquisadores de que se deve orgulhar a América. Faleceu em Viena, Áustria, a 26 de junho de 1878.

Nome anterior: Travessa Porto Geral oficializada pelo ATO nº: 305 de 04/02/1932

Fontes: a já citada e dicionário de ruas.
Fotos. 
cursosapientia 
noticias.uol 
saopaulosecreto






 

Rua Direita, Sé

Ruas de São Paulo e sua Historia ou Historia do Homenageado.



Esta entre os mais antigos logradouros da cidade de São Paulo, aberta ainda no século XVI com o intuito de fazer a ligação do centro da cidade com a antiga estrada que levava à aldeia indígena de Pinheiros.

Sem nenhum planejamento, iniciava próximo ao Pátio do Colégio, berço de São Paulo, ao lado da Igreja da Misericórdia, e após, passava pela  Igreja de Santo Antônio, seguindo  para o Vale do Anhangabaú, dali passava pela atual  Praça da Bandeira e largo da Memória ligando-se a Ladeira do Piques: hoje rua Quirino de Andrade, e então o caminho de Pinheiros, atual Rua da Consolação (antiga Estrada de Sorocaba), e entrava-se no sertão.

Em 1638 já havia referências de sua existência na malha urbana, ela era conhecida como "Rua que vai para Santo Antônio", numa  alusão à Igreja de Santo Antônio, localizada hoje na Praça do Patriarca, mais tarde, ela passou a ser conhecida como Rua Direita da Misericórdia para Santo Antônio, numa referência à Igreja da Misericórdia (hoje demolida) que localizava-se no Largo da Misericórdia. 

Era citada algumas vezes como Direita de Santo Antônio, a origem do nome " Direita", estava sempre ligado à uma Igreja, seja a da Misericórdia, seja a de Santo Antônio, nesse caso, temos 
uma referência da tradição portuguesa de denominar as ruas principais de cada cidade como iniciando-se à Direita da porta principal de cada templo.

Em 1828, a rua ganhou iluminação pública com lampiões funcionando à azeite ou óleo de peixe, e a partir de 1870, passa a ter iluminação pública a gás, bondes tracionados por burros, água encanada e calçamento com paralelepípedos, e iluminação elétrica a partir de 1890.

Juntamente com as Ruas São Bento e XV de Novembro, forma o “Triângulo” paulistano, representando o centro, intelectual e elegante e comercial da cidade de São Paulo dos finais do século XIX e início do século XX.

Em 11/12/1891, vereadores aprovaram uma indicação substituindo o nome da "Rua Direita" para "Rua D. Pedro de Alcântara", mas, na sessão do dia 18/12/1891, esta decisão foi anulada.
Através da Resolução nº 82 de 12/03/1897, a Câmara Municipal novamente substituiu o nome da "Rua Direita" para "Rua Marechal Floriano Peixoto", porém, no dia 28/08/1899 (Lei nº 416), a denominação "Direita" foi restaurada.

Moradores ilustres, o Barão de Iguape (Antônio da Silva Prado), o primeiro a receber o titulo de prefeito de São Paulo, e filho de D. Veridiana Valéria da Silva Prado, o Barão do Tietê (José Manoel da Silva) deputado geral e presidente interino da Província de São Paulo três vezes, e ainda o senador Nicolau de Campos Vergueiro, integrou a Regência Trina provisória após a abdicação de D. Pedro I.

Nela foi construído o  Edifício Guinle, considerado o 1º arranha-céu de São Paulo, com 7 andares, sendo o precursor da verticalização na cidade, construído entre os anos de 1913 a 1916, de autoria do arquiteto Hipólito Pujol Junior, sua construção apenas aprovada após laudo oficial, pois o prefeito Barão de Duprat duvidava que um edifício de tal porte tivesse estabilidade, só liberado após aval do  engenheiro Antônio Francisco de Paula Souza, o diretor da Escola Politécnica.

A partir de 1950, torna-se uma rua destinada ao uso estrito de pedestre, nome oficializado pelo ATO nº 972, de 24/08/1916.
Legislação anterior: Lei nº 416, de 28 de agosto de 1899 e Resolução nº 82 de 12/03/1897.

Fonte: dicionarioderuas. wikipedia 
Fotos.  Guilherme Gaensly .
pinterest 
saopauloesuasruas

1900






1916










1920










quarta-feira, 17 de novembro de 2021

 

Avenida Vinte e Três de Maio

Ruas de São Paulo e sua Historia ou Historia do Homenageado.



Entre a Praça das Bandeiras e até a Rua do Paraíso, era um fundo de vale que dividia os bairros da Liberdade e da Bela Vista. Conhecido como "Vale do Itororó".

No final do século XIX, corria a céu aberto o Ribeirão do Anhangabaú, com a abertura de diversas ruas nesta região a partir de 1900, surgiu a "Rua Itororó", entre as atuais Ruas Condessa de São Joaquim e Pedroso, "Itororó", era uma referência ao córrego de mesmo nome que desaguava no Anhangabaú.

Através da Lei nº 3.209 de 31 de Julho de 1928, o então prefeito J. Pires do Rio aprovava um novo projeto para a então "Av. Itororó" desde a Rua João Julião e até a Rua Paraíso. 

Começava assim a futura Av. 23 de Maio, mais a construção demoraria ainda vários anos, somente em 1969 ela seria entregue ao tráfego, entre os anos de 1930 e 1940, a via passou a ser conhecida como "Av. Anhangabaú", entendia-se que era um prolongamento do "Parque do Anhangabaú". 

Em 1954, mais exatamente na sessão da Câmara Municipal do dia 05/05/1954, através do Projeto de Lei nº 170/54 foi proposto o nome de 23 de Maio, proposta essa assinado pelas Comissões de Justiça, de Educação e de Finanças e Orçamento, o que representava a maioria dos vereadores. 

"A grande data de 23 de maio de 1932, que marcou a reconquista da autonomia paulista em face da ditadura, ainda não tem na cidade a justa comemoração nas placas de uma rua, avenida ou praça. (...) A Avenida 23 de Maio ficará muito bem ao lado de sua irmã gêmea, a Avenida 9 de Julho, formando com um vértice na Praça das Bandeiras, um V que alto falará à alma paulista, simbolizando a vitória de São Paulo." Discutido novamente na sessão do dia 10/05/1954, o projeto transformou-se na Lei nº 4.473 de 22 de maio de 1954. 

 Cinco viadutos estavam concluídos: Dona Paulina, Brigadeiro Luís Antônio, Jaceguai, Condessa de São Joaquim e Pedroso, faltava o Viaduto da Rua João Julião, perto do hospital da Beneficência Portuguesa. 

A preocupação dos engenheiros foi fazer com que a 23 de Maio fosse uma avenida expressa, evitando os cruzamentos de nível. Mesmo incompleta, a população já podia contar com a avenida, construída para ligar o centro à zona sul, desafogando o trânsito da Av. 9 de Julho.

"A data de "23 de maio", nome desta avenida, relembra um dos mais importantes episódios ocorridos durante a "Revolução Constitucionalista de 1932". Na verdade, os acontecimentos daquele dia podem ser considerados como que um estopim da revolta armada que viria em seguida, opondo as forcas paulistas contra o governo federal que, naquela época, era chefiado por Getúlio Vargas. Já no dia anterior, 22 de maio, os ânimos estavam acirrados e passeatas de estudantes e do povo percorriam a cidade. No dia 23 outra manifestação tomou corpo e se dirigiu para a esquina da Rua Barão de Itapetininga com a Praça da República, onde se localizava a sede do PPP (Partido Popular Paulista) que apoiava Getúlio Vargas. Na sede do PPP estavam oito pessoas armadas e já preparadas para resistir a uma possível invasão. Os manifestantes foram recebidos a tiros e a massa popular se dispersou pelas diversas esquinas. Nesse primeiro momento morreram duas pessoas: Euclides Miragaia, estudante de Direito, e Antônio de Camargo Andrade, ficando feridas inúmeras outras. O povo se dividiu entre as esquinas da Rua D. José de Barros e Praça da República. Quem entrasse na Barão de Itapetininga recebia bala. Um bonde que para esta rua se dirigia foi tomado por alguns manifestantes. Tão logo apontou na esquina sofreu uma rajada de metralhadora que matou o estudante Mário
Martins de Almeida. Depois de quatro horas de troca de tiros de parte a parte, chegou um destacamento da Força Pública que isolou o prédio e forçou a rendição dos oitos atiradores do PPP. Também ferido nesse conflito, o jovem Drausio Marcondes de Souza (então com 14 anos de idade) morreu cinco dias depois, aos 28/05/1932. Dos nomes desses jovens surgiu a sigla MMDC (Martins, Miragaia, Drausio e Camargo) que se tornou o símbolo da Revolução de 1932. Esta, por sua vez, teve início no dia 9 de julho do mesmo ano. Um outro ferido nos conflitos de 23 de maio, Orlando de Oliveira Alvarenga, veio a falecer no dia 12/08/1932, quase três meses depois. Por isso, não houve tempo para incluir o seu nome na sigla".
(https://dicionarioderuas.prefeitura.sp.gov.br)


Logradouro oficializado através do ATO nº 947, de 08 de novembro de 1935.
Lei nº 4.473, de 22 de maio de 1954, trata da extensão do referido logradouro.

Nomes anteriores: Rua Itororó, Rua Comandante Saturnino, Avenida Itororó e Avenida Anhangabaú 

Fontes: dicionarioderuas Jornal da Tarde, "Cruzes Paulistas" Estadão
Fotos: pintirest 
educacao.uol.
rnews google


1914

1967

1968

1978


Monumento aos 80 Anos da Imigração Japonesa Tomie Otake



Monumento aos 80 Anos da Imigração Japonesa Tomie Otake





quarta-feira, 10 de novembro de 2021

 

Rua da Glória, Liberdade

Ruas de São Paulo e sua Historia ou Historia do Homenageado.



Rua da Glória foi, no princípio, o antigo Caminho do Mar que ligava São Paulo a Santos, por isso, ela  era conhecida como Estrada de Santos.

Uma das mais antigas e importantes vias de São Paulo, no dia 14 de Novembro de 1851, o vereador Cândido Ribeiro dos Santos apresentou um requerimento que foi aprovado, para rua que a conhecida como "Caminho de Santos" fosse alterado para Rua da Glória".

No século XVIII, existia nos arredores, a "Chácara de N. S. da Glória". que em 1741  era propriedade do Capitão Manuel Pinto Guedes, depois transferida para o Capitão-mor Manoel de Oliveira Cardoso a comprou. 

Anos depois a mesma chácara passou para Bispo D. Mateus de Abreu Pereira e depois passou para o patrimônio nacional. 

Em 1825, o governo provincial instalou no local o "Seminário da Glória", para abrigar meninas órfãs, após a transferência do Seminário para outro local, o prédio ficou em ruínas. 

Após ser reformado anos depois, o edifício abrigou a Casa da Pólvora e serviu como quartel para tropas militares. 

Em 1877, a chácara foi transformada em núcleo colonial, o que deu origem ao bairro da Glória.

Essa rua foi conhecida também por "Rua do Cemitério" uma vez que por ela se chegava ao antigo Cemitério dos Aflitos (que pode ser localizado atualmente no entorno do "Beco dos Aflitos").

E "Rua da Santa Casa", porque ali se localizava esse hospital ate 1884 quando foi transferido para a rua Dr. Cesário Mota Junior, 112 – Vila Buarque. o edifício da Sta Casa, foi demolido em 1888.

Fontes: wikipedia  santacasasp.org
Fotos: 
pinterest institutobixiga

1860 Militão Augusto de Azevedo




1910




1914



Sem data;

sábado, 16 de outubro de 2021

 

Avenida Professor Luiz Ignacio Anhaia Mello, Vila Prudente

Ruas de São Paulo e sua Historia ou Historia do Homenageado.


Começa na Avenida do Estado e termina na Rua Milton da Cruz, segue sobre o Córrego da Mooca, seus nomes foram  Av. Córrego da Mooca, Rua Sto. Emidio, Rua Correa Barros, Rua Araraquara, Rua Santana do Acarau, Av. Diretriz-Um, Rua Nupeba, Av. Sem Denominação, não necessariamente nessa ordem.

A avenida é atendida pela Linha 2 - Verde, por meio da Estação Vila Prudente, e pela Linha 15 - Prata, contando com seis estações: Estação Vila Prudente, Estação Oratório, Estação São Lucas, Estação Camilo Haddad, Estação Vila Tolstói e Estação Vila União. Ambas as linhas são operadas pelo Metrô de São Paulo. Além disso, a avenida também é atendida pelo VLP  Expresso Tiradentes, corredor de ônibus expresso operado pela SPTrans.

Luiz Ignácio Romeiro de Anhaia Mello nasceu na cidade de São Paulo no dia 23/08/1891, seu pai Luiz de Anhaia Mello,( homenageado na Rua Anhaia no Bom Retiro) foi o fundador da Escola Politécnica. 

Sua esposa Melania Novaes de Anhaia Mello e mãe de seus seis filhos,  José, Antonio, Maria da Conceição e Ana Virgínia, não consegui o nome dos outros dois, que residiram em uma das casas que projetou, na Alameda Ministro Rocha Azevedo, que não sobreviveu até os dias de hoje.

Em 1913 ou 1916 data incerta, aos 21 anos de idade, formou-se engenheiro arquiteto pela Escola Politécnica, após formado trabalhou como Administrador, nas empresas de Ramos de Azevedo, grande amigo de seu pai, tendo também trabalhado como arquiteto, projetando na época a Igreja São Luís do Gonzaga, na Avenida Paulista, e a Igreja Divino Espírito Santo, na Rua Frei Caneca. 

Em 1926 tornou-se catedrático da Escola Politécnica, chegando a ser seu diretor em 1930, em 1931, durante a interventoria de João Alberto, ocupou o cargo de Prefeito do município de São Paulo, época em que enfrentou forte oposição principalmente dos seus alunos por representar em São Paulo Getúlio Vargas inimigo dos paulistas.

Em 1941 foi nomeado diretor da  Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da USP, em 1948 fundou a Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU-USP) sendo o seu primeiro diretor. em 1959, voltou a dirigir a FAU, aposentando-se em 1961.

Em 1950, ocupou o cargo de vice-reitor da USP. Dirigiu também o Centro de Estudos e Pesquisas Urbanísticas e foi presidente da Comissão de Construção da Cidade Universitária de São Paulo em 1948. Foi, ainda, Vereador em São Paulo, Secretário da Viação e Obras Públicas do Estado, fundador e presidente da Sociedade Amigos da Cidade, presidente do Instituto de Engenharia e vice-presidente da União Internacional de Arquitetos.

Apesar de grandes amigos Anhaia Mello e Prestes Maia sempre se colocaram em campos opostos, nas questões de urbanismo.

Obras em que participou como arquiteto ou como construtor além das já citadas: Catedral da Se, e Cidade Universitária.

“O Problema Social dos Serviços de Utilidade Pública” e “O Recreio Ativo e Organização nas Cidades Modernas”, são as suas duas importantes obras escritas, em 1961 recebeu o título de Doutor Honoris Causa pela USP e de Professor Emérito da Escola Politécnica, faleceu na cidade de São Paulo aos 16 de janeiro de 1974, aos 82 anos.

Uma curiosidade: Mesmo antes de envelhecer, o urbanista era chamado por seus colegas de “o velho Anhaia”.

Um dia após sua morte, virou nome de avenida, por ato do prefeito Miguel Colasuonno. 
No link https://www.saopaulo.sp.leg.br/apartes/o-professor-apaixonado/ se encontra um belo artigo sobre o arquiteto e urbanista.

Fontes: dicionarioderuas saopaulo.sp.leg. wikipedia
Fotos: 
DocPlayer 
Foursquare 
Mobilidade Sampa 
Folha - UOL
 
Tribuna da Grande SP

1975


Data indefinida


1986