sábado, 16 de outubro de 2021

 

Avenida Professor Luiz Ignacio Anhaia Mello, Vila Prudente

Ruas de São Paulo e sua Historia ou Historia do Homenageado.


Começa na Avenida do Estado e termina na Rua Milton da Cruz, segue sobre o Córrego da Mooca, seus nomes foram  Av. Córrego da Mooca, Rua Sto. Emidio, Rua Correa Barros, Rua Araraquara, Rua Santana do Acarau, Av. Diretriz-Um, Rua Nupeba, Av. Sem Denominação, não necessariamente nessa ordem.

A avenida é atendida pela Linha 2 - Verde, por meio da Estação Vila Prudente, e pela Linha 15 - Prata, contando com seis estações: Estação Vila Prudente, Estação Oratório, Estação São Lucas, Estação Camilo Haddad, Estação Vila Tolstói e Estação Vila União. Ambas as linhas são operadas pelo Metrô de São Paulo. Além disso, a avenida também é atendida pelo VLP  Expresso Tiradentes, corredor de ônibus expresso operado pela SPTrans.

Luiz Ignácio Romeiro de Anhaia Mello nasceu na cidade de São Paulo no dia 23/08/1891, seu pai Luiz de Anhaia Mello,( homenageado na Rua Anhaia no Bom Retiro) foi o fundador da Escola Politécnica. 

Sua esposa Melania Novaes de Anhaia Mello e mãe de seus seis filhos,  José, Antonio, Maria da Conceição e Ana Virgínia, não consegui o nome dos outros dois, que residiram em uma das casas que projetou, na Alameda Ministro Rocha Azevedo, que não sobreviveu até os dias de hoje.

Em 1913 ou 1916 data incerta, aos 21 anos de idade, formou-se engenheiro arquiteto pela Escola Politécnica, após formado trabalhou como Administrador, nas empresas de Ramos de Azevedo, grande amigo de seu pai, tendo também trabalhado como arquiteto, projetando na época a Igreja São Luís do Gonzaga, na Avenida Paulista, e a Igreja Divino Espírito Santo, na Rua Frei Caneca. 

Em 1926 tornou-se catedrático da Escola Politécnica, chegando a ser seu diretor em 1930, em 1931, durante a interventoria de João Alberto, ocupou o cargo de Prefeito do município de São Paulo, época em que enfrentou forte oposição principalmente dos seus alunos por representar em São Paulo Getúlio Vargas inimigo dos paulistas.

Em 1941 foi nomeado diretor da  Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da USP, em 1948 fundou a Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU-USP) sendo o seu primeiro diretor. em 1959, voltou a dirigir a FAU, aposentando-se em 1961.

Em 1950, ocupou o cargo de vice-reitor da USP. Dirigiu também o Centro de Estudos e Pesquisas Urbanísticas e foi presidente da Comissão de Construção da Cidade Universitária de São Paulo em 1948. Foi, ainda, Vereador em São Paulo, Secretário da Viação e Obras Públicas do Estado, fundador e presidente da Sociedade Amigos da Cidade, presidente do Instituto de Engenharia e vice-presidente da União Internacional de Arquitetos.

Apesar de grandes amigos Anhaia Mello e Prestes Maia sempre se colocaram em campos opostos, nas questões de urbanismo.

Obras em que participou como arquiteto ou como construtor além das já citadas: Catedral da Se, e Cidade Universitária.

“O Problema Social dos Serviços de Utilidade Pública” e “O Recreio Ativo e Organização nas Cidades Modernas”, são as suas duas importantes obras escritas, em 1961 recebeu o título de Doutor Honoris Causa pela USP e de Professor Emérito da Escola Politécnica, faleceu na cidade de São Paulo aos 16 de janeiro de 1974, aos 82 anos.

Uma curiosidade: Mesmo antes de envelhecer, o urbanista era chamado por seus colegas de “o velho Anhaia”.

Um dia após sua morte, virou nome de avenida, por ato do prefeito Miguel Colasuonno. 
No link https://www.saopaulo.sp.leg.br/apartes/o-professor-apaixonado/ se encontra um belo artigo sobre o arquiteto e urbanista.

Fontes: dicionarioderuas saopaulo.sp.leg. wikipedia
Fotos: 
DocPlayer 
Foursquare 
Mobilidade Sampa 
Folha - UOL
 
Tribuna da Grande SP

1975


Data indefinida


1986








segunda-feira, 11 de outubro de 2021

RUA BOA VISTA

Ruas de São Paulo e sua Historia ou Historia do Homenageado.


Imagina a cena, você andando no alto de uma bela colina, com uma visão deslumbrante onde se avista um belo vale com um rio serpenteando no meio dele, formando uma várzea verde, por esse rio chegam mercadorias e mantimentos vindos de lugares longínquos e outros de bem pertinho.

Essa era o que vislumbrava quem trafegava pela Rua Boa Vista, no inicio do século 18, uma das mais importantes do centro da Cidade de São Paulo.

Por esse motivo o próprio povo deu a ela essa denominação, talvez a única rua do centro que permanece ate hoje com o nome dado pelos habitantes comuns da cidade uma vez que desde 1711 primórdios do século 18 ela era conhecida com este nome. 

Dela, os frequentadores, podiam observar sua bela paisagem: a Várzea do Carmo, hoje Parque. D. Pedro II, os bairros do Brás e Pari, bem como um horizonte que chegava às encostas da Serra da Cantareira, uma "boa vista" das atuais zonas Norte e Leste da cidade. 

No inicio do século XVII, o tráfego pela “Boa Vista”: foi fechado a pedido dos padres beneditinos, e a Câmara fechou a “estrada para o Guaré” hoje região da Luz, no começo da atual Rua Florêncio de Abreu, sob a alegação que estrada tomava parte do quintal do mosteiro, sendo reaberta somente, em 1782.

Nesse período a Rua Boa Vista que era o melhor caminho para se ir da “cidade” para a Luz, deixou de ser usada, ficando então relegada ao quase abandono.

As poucas casas que ali existentes eram casebres, só moravam pobres e escravos forros, na década de 1740, por causa de uma epidemia de varíola, ela foi interditada, por ter ali muitos focos da doença, caudados pela pouca higiene  dos moradores.

 a partir de 1890, foi deixando de ser uma “rua de subúrbio”, para se tornar uma rua importante para o  comércio e o setor financeiro da cidade.

Hoje, já não se pode observar nada dessa "boa vista" devido ao grande número de edifícios, sobrando muito pouco para ser visto de cima do viaduto Boa Vista, que a liga ao Pátio do Colégio e marca seu inicio.

Nome oficializado pelo Ato 972, de 24 de agosto de 1916, outras legislações: Lei nº 3.757, de 20 de maio de 1949.
uma das poucas ruas de São Paulo que não consta um nome anterior.

Fonte: dicionarioderuas saopauloesuasruas
Fotos: 
pinterest 
Brazil Photo Press 
saopauloesuasruas


Rua 15 de Novembro, esquina com rua Boa Vista – 1905 – Nessa época, a Boa Vista, tinha seu início na rua 15, quadra que a partir do final dos anos 20, passou a ser a rua 3 de Dezembro.




Teatro Santana – 1910 – Estava situado bem no atual cruzamento da 3 de Dezembro com a Boa Vista.


1916








1932







1951







quinta-feira, 7 de outubro de 2021

 

Ruas de São Paulo e sua Historia ou Historia do Homenageado.


Começa na Rua da Consolação e termina na Avenida Nações Unidas, aberta em 1916, e seu traçado remonta a trecho do antigo Caminho do Peabiru, nomes anteriores: Rua Dona Antônia Eugenia, Rua Itapirissu, Rua Boaventura Rosa.

Faz a ligação da Avenida Paulista com a Marginal Pinheiros, um dos principais eixos rodoviários e de transporte público da cidade.

A avenida (originalmente chamada rua Doutor Rebouças) foi nomeada em homenagem ao abolicionista e engenheiro baiano André Rebouças, nascido negro e de família livre, e seu irmão, o também engenheiro Antônio Pereira Rebouças Filho.

 Cruza com a Linha 4-Amarela do Metrô de São Paulo, e nela se situa a Estação Oscar Freire, no cruzamento com a Rua Oscar Freire.

Oficializada pelo Atos nº: 972 de 24/08/1916,  Ato 821 de 13/03/1935, Ato 1.248 de 15/04/1937 e pelo 
Decreto-Lei 160 de 09/07/1942 e Lei nº 3.886, de 04 de maio de 1950.
O Processo nº Nº 78606/41 é o que trata da oficialização do nome.

Antônio Pereira Rebouças Filho nascido na cidade baiana de Cachoeira em 13 de junho de 1839,filho de Antônio Pereira Rebouças (1798-1880) e de Carolina Pinto Rebouças. 

Em 1842, a família Rebouças muda-se para o Rio de Janeiro e em 1854 Antônio e seu irmão André  ingressam no curso de engenharia da Escola Militar, concluindo em 1858. 

O pai autodidata obtém o direito de advogar, e e escolhido para representar a Bahia na Câmara dos Deputados em varias legislaturas, e também conselheiro de Dom Pedro II; a mãe, Carolina Pinto Rebouças, era filha do comerciante André Pinto da Silveira.

Os Rebouças concluem o curso de engenharia e são promovidos a primeiro-tenente e recebem a "Carta de Engenheiro Militar", premiados com uma bolsa de estudos, os dois irmãos embarcam para a Europa em 1861.

Em 1863 retornam ao Brasil, onde Antônio e nomeado para inspecionar as obras das fortificações de Santos, Paranaguá e Santa Catarina.

Antônio foi também o responsável pela construção da Estrada de Ferro de Campinas a Limeira e Rio Claro, da ponte de ferro sobre o rio Piracicaba (a primeira em concreto armado do país) e da Estrada de Ferro Antonina - Curitiba, no Paraná, concluída em 1873.

Juntos novamente os  Rebouças foram os responsáveis pela criação da Estrada de Ferro Paranaguá-Curitiba, as soluções encontradas para transpor os obstáculos da Serra do Mar foram consideradas um feito para a época e a malha ferroviária é reconhecida hoje como a maior obra da engenharia férrea nacional.

Em 1871, Antônio Rebouças funda a Companhia Florestal Paranaense, localizada próxima ao traçado da então futura ferrovia Curitiba-Paranaguá e considerada a primeira grande empresa madeireira do Paraná. Faleceu na cidade de São Paulo prematuramente em 24 de maio de 1874, com apenas 35 anos de idade, vítima de febre tifoide.


Fontes: dicionarioderuas. wikipedia.
Fotos: Sérgio Valle Duarte Alexandre Giesbrecht  
exame 
pinterest 
folha.uol

1935


1936

1939








sexta-feira, 1 de outubro de 2021

Praça da Bandeira

Ruas de São Paulo e sua Historia ou Historia do Homenageado.


Em séculos passados, era um descampado onde convergiam três cursos d'água: os ribeirões Saracura, do Bexiga e Anhangabaú (o principal), que continuavam com o nome de "Anhangabaú". Atualmente, todos eles encontram-se canalizados.

O espaço era frequentado por tropeiros que ali vendiam seus produtos, inicialmente conhecido como o "Largo do Bexiga", uma referência à "Chácara do Bexiga" que ficava nas proximidades, esse nome foi expandido para toda região: o "Bairro do Bexiga", oficialmente bairro da "Bela Vista".

O vereador Malaquias Rogério de Salles, no dia 28 de novembro de 1865, propôs a alteração do nome do  Largo do Bexiga para "Largo do Riachuelo", em homenagem à Batalha do Riachuelo, travada no Rio Paraná no dia 11/06/1865, durante a Guerra do Paraguai.

Na época, se encontravam no Largo as Ruas do Bexiga (atual Santo Antônio) e Santo Amaro, as Ladeiras de São Francisco (atual Rua de São Francisco), do Ouvidor (atual Rua José Bonifácio), de Santo Antônio (atual Dr. Falcão), a Rua Formosa e as Ladeiras da Memória e do Piques (atual Quirino de Andrade). 

Era um dos pontos mais movimentados da cidade, ali se praticava o comércio de tecidos, calçados, couro, madeiras e produtos agrícolas que chegavam por intermédio de tropeiros vindos de Santo Amaro e Pinheiros.

Ate o final do século XIX, esse labirinto de ruas e vielas era habitado principalmente por imigrantes italianos.

No início do século XX, essa região foi atingida pela reurbanização iniciada, com a canalização do Ribeirão Anhangabaú. 

Na primeira administração do Prefeito Prestes Maia (1938-1945), toda a área foi arrasada, modificada e urbanizada para a abertura da Av. 9 de Julho, e também o espaço da Praça foi reformulado e o nome, Largo do Riachuelo, foi mantido.

No início dos anos 40, ali foi realizado um grande Congresso Eucarístico que reuniu milhares de pessoas, quando houve um movimento para dar à praça a denominação de "Congresso Eucarístico". o jornalista Zaluar, em sua coluna "Memória" publicada no Diário Popular (19/11/78), que acompanhou o desenrolar das discussões, o Prefeito Prestes Maia não teria aprovado esta sugestão. 

Para amenizar as discussões o prefeito sugeriu a denominação de "Praça da Bandeira", aproveitando que o dia 19 de novembro se aproximava e que, no seu entender, não teria oposição da Igreja. 

A versão oficial porém, é que esta denominação foi sugerida no dia 08/04/1949 pelo vereador Décio Grisi, através do Projeto de Lei nº 74, aprovado no dia 27/03/1950, dando origem à Lei 3.865 de 05/04/1950.

Até a década de 1960, foi um espaço público com jardim, hoje, toda a área é cortada por avenidas, viadutos e passarelas.

A praça serve como confluência entre as avenidas 23 de Maio e 9 de Julho, vindas da zona sul e cujo fluxo segue para a zona norte da cidade por meio do túnel sob o Vale do Anhangabaú.

Instalado em 1970, O mastro da Bandeira, é um dos símbolos do Centro e foi recuperado e inaugurado em 9 de fevereiro de 2008.

A praça possui um terminal de ônibus da SPTrans que ocupa a maior parte de sua área, final do corredor de ônibus Santo Amaro-Nove de Julho-Centro.

Um acontecimento  muito triste e marcante ocorrido na Praça da Bandeira foi o incêndio no Edifício Joelma, em 1 de fevereiro de 1974, o prédio ficou interditado para obras por quatro anos, em outubro de 1978, foi reaberto e renomeado Edifício Praça da Bandeira.

Na praça esteve instalado por 15 anos, desde 1952 até ser demolido definitivamente em 1967, o Teatro de Alumínio, a sede da Companhia de Nicette Bruno.(resumo da historia do teatro em:


Fontes: https://dicionarioderuas wikipedia
Fotos: F J Jarabeck 
Pinterest 
Foursquare wikipedia 

Final dos anos 1940





1945



1948







2009