sexta-feira, 1 de outubro de 2021

Praça da Bandeira

Ruas de São Paulo e sua Historia ou Historia do Homenageado.


Em séculos passados, era um descampado onde convergiam três cursos d'água: os ribeirões Saracura, do Bexiga e Anhangabaú (o principal), que continuavam com o nome de "Anhangabaú". Atualmente, todos eles encontram-se canalizados.

O espaço era frequentado por tropeiros que ali vendiam seus produtos, inicialmente conhecido como o "Largo do Bexiga", uma referência à "Chácara do Bexiga" que ficava nas proximidades, esse nome foi expandido para toda região: o "Bairro do Bexiga", oficialmente bairro da "Bela Vista".

O vereador Malaquias Rogério de Salles, no dia 28 de novembro de 1865, propôs a alteração do nome do  Largo do Bexiga para "Largo do Riachuelo", em homenagem à Batalha do Riachuelo, travada no Rio Paraná no dia 11/06/1865, durante a Guerra do Paraguai.

Na época, se encontravam no Largo as Ruas do Bexiga (atual Santo Antônio) e Santo Amaro, as Ladeiras de São Francisco (atual Rua de São Francisco), do Ouvidor (atual Rua José Bonifácio), de Santo Antônio (atual Dr. Falcão), a Rua Formosa e as Ladeiras da Memória e do Piques (atual Quirino de Andrade). 

Era um dos pontos mais movimentados da cidade, ali se praticava o comércio de tecidos, calçados, couro, madeiras e produtos agrícolas que chegavam por intermédio de tropeiros vindos de Santo Amaro e Pinheiros.

Ate o final do século XIX, esse labirinto de ruas e vielas era habitado principalmente por imigrantes italianos.

No início do século XX, essa região foi atingida pela reurbanização iniciada, com a canalização do Ribeirão Anhangabaú. 

Na primeira administração do Prefeito Prestes Maia (1938-1945), toda a área foi arrasada, modificada e urbanizada para a abertura da Av. 9 de Julho, e também o espaço da Praça foi reformulado e o nome, Largo do Riachuelo, foi mantido.

No início dos anos 40, ali foi realizado um grande Congresso Eucarístico que reuniu milhares de pessoas, quando houve um movimento para dar à praça a denominação de "Congresso Eucarístico". o jornalista Zaluar, em sua coluna "Memória" publicada no Diário Popular (19/11/78), que acompanhou o desenrolar das discussões, o Prefeito Prestes Maia não teria aprovado esta sugestão. 

Para amenizar as discussões o prefeito sugeriu a denominação de "Praça da Bandeira", aproveitando que o dia 19 de novembro se aproximava e que, no seu entender, não teria oposição da Igreja. 

A versão oficial porém, é que esta denominação foi sugerida no dia 08/04/1949 pelo vereador Décio Grisi, através do Projeto de Lei nº 74, aprovado no dia 27/03/1950, dando origem à Lei 3.865 de 05/04/1950.

Até a década de 1960, foi um espaço público com jardim, hoje, toda a área é cortada por avenidas, viadutos e passarelas.

A praça serve como confluência entre as avenidas 23 de Maio e 9 de Julho, vindas da zona sul e cujo fluxo segue para a zona norte da cidade por meio do túnel sob o Vale do Anhangabaú.

Instalado em 1970, O mastro da Bandeira, é um dos símbolos do Centro e foi recuperado e inaugurado em 9 de fevereiro de 2008.

A praça possui um terminal de ônibus da SPTrans que ocupa a maior parte de sua área, final do corredor de ônibus Santo Amaro-Nove de Julho-Centro.

Um acontecimento  muito triste e marcante ocorrido na Praça da Bandeira foi o incêndio no Edifício Joelma, em 1 de fevereiro de 1974, o prédio ficou interditado para obras por quatro anos, em outubro de 1978, foi reaberto e renomeado Edifício Praça da Bandeira.

Na praça esteve instalado por 15 anos, desde 1952 até ser demolido definitivamente em 1967, o Teatro de Alumínio, a sede da Companhia de Nicette Bruno.(resumo da historia do teatro em:


Fontes: https://dicionarioderuas wikipedia
Fotos: F J Jarabeck 
Pinterest 
Foursquare wikipedia 

Final dos anos 1940





1945



1948







2009




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