terça-feira, 11 de janeiro de 2022

 Avenida Indianópolis

Moema

Aberta entre 1913 e 1915 pela Cia. Territorial Paulista e tornada público através de doação à Municipalidade conforme escritura lavrada no dia 03 de Abril de 1933 nas notas do 11º Tabelião desta Capital.

Em homenagem à filha do diretor da Cia. Territorial Paulista, Eng. Fernando Arens Júnior, foi batizada "Av. Araci";

Como ele gostava muito de  nomes indígenas e de aves que, acabou sugerindo vários nomes para logradouros daquela região.

O Engenheiro Fernando Arens Júnior, um dos fundadores das cidades de Artur Nogueira no interior do estado e Mangangá no litoral. em 1.915. vendeu suas terras em Mongaguá (litoral sul de São Paulo), obtidas de índios da região, e comprou terrenos onde hoje está os bairros de Indianópolis e Moema,  e em reconhecimento, colocou nomes de diferentes povos em metade das ruas.

Na outra parte, optou por pássaros, por causa da mata atlântica, foi essa a área que se verticalizou primeiro, com a inauguração do Shopping Ibirapuera, na avenida homônima, em 1.976.


No dia 18 de Agosto de 1933, através do Ato nº 505, ela foi denominada como "Av. Indianópolis".

Como o Eng. Fernando Arens Júnior, estudou nos E.U.A e quiseram homenagear a cidade de Indianápolis, capital do Estado de Indiana.

Mais nos Atos oficiais, por um descuido de um servidor, o nome foi grafado como Indianópolis, e não Indianápolis como seria o correto, e assim permaneceu.

Começa na Avenida Ibirapuera, e termina na Avenida Jabaquara. Fica entre as Ruas Pedro de Toledo e Avenida Açoce.

Fontes: dicionarioderuas.prefeitura.sp nogueirense wikipedia.
Fotos: saopauloantiga  blogdogiesbrecht.spbairsro

1930




1959




DFVasconcelos

DFVasconcelos











sábado, 8 de janeiro de 2022

 

As casas suspensas da Rua Genebra


A Rua Genebra, na pontinha do Bixiga, não leva esse nome em homenagem à segunda cidade mais populosa da Suíça. Seu nome é, na verdade, uma homenagem a Dona Genebra de Barros Leite (1783—1836), esposa do Brigadeiro Luís Antônio de Souza. A honraria foi planejada pela nora de Dona Genebra, Dona Francisca de Paula Souza e Melo, a Baronesa de Limeira. Seu marido, Vicente de Souza Queirós, o Barão de Limeira, era um dos três filhos do Brigadeiro, e o único que não foi homenageado com nome de rua naquele bairro: suas irmãs, Maria Paula e Francisca Miquelina, também são homenageadas em ruas que fazem esquina com a Rua Genebra.

A esquina das ruas Genebra e Maria Paula nem sempre foi como é hoje. Até 1954, era como se existissem duas “Ruas Genebra”: uma entre as ruas Aguiar de Barros e a Maria Paula (a parte “de cima”) e outra entre as ruas Maria Paula e Santo Amaro (a parte “de baixo”). A parte de cima terminava na altura da Maria Paula, mas num íngreme barranco de alguns metros de altura. Por causa disso, a parte de baixo era um local mais movimentado e procurado para estabelecimentos comerciais, também pela proximidade ao eterno “futuro Paço Municipal”. O local era chamado de “ponto de grande futuro” em diversos anúncios de imóveis em 1949.

O desnível entre os dois pedaços da rua começou a chamar a atenção especialmente no fim dos anos 1940, com a urbanização da Rua Maria Paula (que chegou a ser chamada de Avenida Maria Paula ou Avenida de Irradiação nessa época). É possível que a construção do Condomínio Planalto, em 1953, ocupando o terreno no lado ímpar da Rua Maria Paula entre as ruas Genebra e Santo Amaro, tenha sido também um fator para destacar a situação.

“Outra via que se encontra em condições ainda piores é a Rua Genebra. Essa artéria de feição pouco elegante apresenta dois níveis. A parte de baixo está em ordem. Entrementes, a de cima é aberta com perigoso barranco e escorregadia escadinha, constituindo sério perigo aos transeuntes. Poderia a Prefeitura mandar construir escada segura na Rua Genebra.” Folha da Manhã, 23 de abril de 1948, página 2

A Prefeitura acabaria optando por outra solução: escavar a Rua Genebra, transformando-a numa descida. A terraplanagem não foi simples e levou vários meses para ser concluída, conforme relatava a Folha da Manhã em 14 de fevereiro de 1954, “devido ao lençol de água superficial ali existente e aos encanamentos de serviços públicos, tais como água, esgotos, luz e telefone, que precisaram ser alterados em seus percursos. A obra resolveu o problema, fazendo com que o ponto de encontro das duas ruas ficasse na mesma altura.

Entretanto, isso teve um preço para alguns dos moradores. As casas da foto que abre este artigo ficam a poucos metros da esquina com a Maria Paula, então passaram a ficar acima do novo nível da rua. Sendo elas provavelmente as únicas nesse trecho que são remanescentes da época da terraplanagem, são também as únicas que precisam de escadas para que suas portas sejam alcançadas.


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