segunda-feira, 30 de abril de 2018

Sport Club Internacional

Rua Senador Queirós, nº 5.



Fundado no dia 19 de Agosto de 1899 por um grupo de 25 rapazes, liderados pelo Sr. Antônio Campos, se reuniram para fundar uma nova equipe de futebol, brasileiros, alemães, franceses, italianos, portugueses e ingleses.


 Sr. Hans Nobiling sugeriu que se desse o nome de S.C. Germânia, que não foi aceita pelos demais pois como eram de varias nacionalidades não deveriam homenagear apenas uma, triste por não ter sua proposta aceita o Sr. Hans se retirou do grupo e 18 dias apos funda com outros amigos o Sport Club Germânia, que, a partir de 1942, tornou-se o Esporte Clube Pinheiros sediado no bairro de mesmo nome.


Por consenso dos demais batizaram com o nome de Sport Club Internacional, numa alusão à diversidade que ali estava representada.

Com as cores preta e vermelha foi montada a equipe e seus primeiros treinos ocorreram na Chácara Dulley, que ficava onde hoje é a Avenida Tiradentes.

O Internacional foi uma das equipes que cresceu mais rápido, já que aceitava sócios sem ter restrições, ao contrário dos demais que eram fechados às suas colônias, ou como o Mackenzie, que só aceitava alunos.

Com o crescimento do Club foi alugado um prédio na esquina das ruas José Bonifácio e São Bento, onde em dezembro de  1901 seria fundada a Liga Paulista de Futebol.

Em 1909, o ex-integrante do clube Henrique Poppe Leão, se transfere para a Cidade de Porto Alegre RS e funda o Sport Club Internacional de Porto Alegre em homenagem a o  Sport Club Internacional de São Paulo.

Em 1933, apos ter sido campeão paulista nos anos de 1907 e 1928  enfrentando dificuldades financeiras, se uni ao Antárctica Futebol Clube, dando origem ao Clube Atlético Paulista, que, por sua vez, fundiu-se ao Estudantes em 1937, dando origem ao Estudantes-Paulista, que em 1938 foi  incorporado pelo São Paulo Futebol Clube.


fonte: wikipedia cacellain 
fotos: cacellain 
1900

Campeões em 1928


sábado, 28 de abril de 2018

Esporte Clube Pinheiros

Rua Angelina Maffei Vita, 493   Jardim Europa

Fundado  em 7 de setembro de 1899, com o nome de Sport Club Germânia por Hans Nobiling, os irmãos Wahnschaffe, A. Ravache, O. Behmer, Guilherme Kawall, Jorge Riether, Witte, Ernst Deininger e outros.
Em 19 de agosto de 1899, Hans Nobiling, e grupo de amigos de diversas nacionalidades, resolveram fundar uma equipe de futebol, nascido na Alemanha, desejou que seu time recebesse o nome de Germânia, mas como havia portugueses, espanhóis e italianos, entres outras nacionalidades, como não conseguiram a aprovação dos demais, Hans, e os irmãos Wahnschaffe, afastaram-se da equipe e dezoito dias depois os três mais alguns amigos, fundaram a sua própria equipe o Sport Club Germânia.
No decorrer da Segunda Guerra, quando o governo do Brasil proibiu que equipes existissem com nomes de outros países o Sport Club Germânia tornou-se o Esporte Clube Pinheiros, nome do rio onde, até os anos 1930, os associados faziam competições de remo, nadavam e descansavam.
Ainda com o nome de Sport Club Germânia disputou 26 vezes o Campeonato Paulista de Futebol, sendo campeão em 1906 e 1915, seu principal jogador foi Arthur Friedenreich, o primeiro craque do futebol brasileiro.
Depois do final da Segunda Guerra Mundial optou por se dedicar somente a areá social e esportes amadores, 
principalmente na natação e no judô, onde vem sendo o maior clube brasileiro desde meados de 2000.  

Hoje conta com 35 modalidades esportivas e tem 39 mil sócios, em uma área de 170 mil metros quadrados, sendo 80 mil m² de área verde.
Foi sede da disputa do torneio de tênis nos Jogos Pan-Americanos de 1963, e é atualmente o maior clube poliesportivo da América Latina, além de ser um dos maiores campeões em diversas modalidades esportivas, sendo responsável por 12 medalhas olímpicas brasileiras.
fontes: wikipedia ecp.org.br
fotos: .fotosedm.hpg. ecp.org.br



SC Germânia x SC Internacional (SP) em 1899.  No antigo páteo do Bom Retiro.


segunda-feira, 16 de abril de 2018

Bar Jacob

Rua José Paulino, quase esquina com a Rua Silva Pinto


Jacob Givertz, então com 18 anos, nascido na Polônia, em 1916 tentou emigrar para os Estados Unidos, mas ao chegar não foi aceito pois tinha uma inflamação nos olhos, então seguiu para Buenos Aires, onde trabalhou como garçom e conheceu  Anna Rabinovich, uma jovem de 15 anos,que em 1913 chegara de Odessa, na Ucrânia, e se casaram em 1917, tiveram duas filhas ainda na capital argentina, Rebeca e Olga.

Por volta de 1924, emigraram para o Brasil e se instalaram no Bom Retiro e ali nascia o Bar e Restaurante Jacob, que também funcionava como um empório, vendia vinhos, licores e arenques importados, que vinham em grandes barris, além de pão preto, pepinos em conserva, carnes defumadas, salames, entre outros, e na Páscoa dos Judeus, vendia a matzá (pão ázimo).
 

O local se tornou um ponto de encontro principalmente de imigrantes judeus, que ali procuravam ajuda para localizar parentes e também trabalho em São Paulo, sendo que Jacob e Anna foram fiadores de muitos que acabavam de chegar de varias parte do mundo.

Tiveram mais duas filhas Aida e Carlota que nasceram pelas mãos de Olinda, parteira conhecida na época no Bom Retiro.

Faziam também a divulgação do Teatro Iídiche, e vendia ingressos, terminadas as sessões de teatro iídiche, atores como Gutovitch e empresários como Lubeltchic iam lá tomar seu chá.

Jacob era conhecido por sua solidariedade e não negava ajuda a quem pedisse, se questionado por ajudar desconhecidos respondia:

“Se alguém pede ajuda, não se pode negar; fiz a minha parte, a deles ficam em suas consciências.”

O locutor muito conhecido na época na apresentação do programa Hora Israelita, Salomão Esper dizia: Smaltz hering, quer comprar? Vai lá no Bar Jacob.”

A filha mais nova, ainda bebê, ficava dentro de uma caixa de maçãs que a mãe forrava, e as outras três filhas, já desde pequenas, ajudavam os pais, atrás do balcão.


No endereço hoje funciona uma loja de roupas de proprietário coreano, um grande balcão de madeira revestido com mármore dividia espaço com poucas mesas onde clientes se revezavam para alimentar o corpo com as especialidades iídiches e o espírito das tradições que remontavam às  suas origens. 

Era no Bar Jacob que muitos imigrantes judeus recém-chegados ao Brasil recebiam as cartas dos parentes que haviam deixado para trás.

Fontes: morasha. .ahjb.org
Fotos: morasha .ahjb.org 
Fany Rabinovitch (avó), Jacob Givertz, Rebeca, Olga e Aida - Jardim da Luz - 1924 (Acervo AHJB) foto retirada do site Morashá.

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quinta-feira, 5 de abril de 2018

Solar dos Andradas

Rua Alfredo Pujol, Santana.



“Neste antigo Solar dos Andradas, José Bonifácio redigiu em 1821, a mensagem do “Fico”, de importância decisiva para Independência do Brasil. Em 6 de Abril de 1938, centenário do falecimento do Patriarca, a Prefeitura de S. Paulo, pelo seu Departamento de Cultura, rememorando o feito, entrega este bronze à guarda do Exército Nacional.
(Placa ofertada ao Exército Brasileiro pela Prefeitura de São Paulo em 1938, afixada no Corpo da Guarda do CPOR/SP)
Na colina de Santana os jesuítas instalaram a sede da fazenda, para servir de convento, era uma construção do tipo Solar, e tinha anexo uma capela dedicada a Sant'Ana.
A primeira referencia que se tem dessa construção data de 1734, mas com a expulsão dos jesuítas seus bens foram transferidos para a Coroa em 1761, e não se tem informações de seu uso ate 1820, quando era ocupada pelos conselheiros, José Bonifácio de Andrada e Silva e seu irmão Martim Francisco.
As atitudes das cortes desencadeiam os acontecimentos pró-independência, e como resultado da ação, o Clube da Resistência, organizado no Rio de Janeiro, envia emissários a São Paulo e Minas Gerais, o portador da missiva a São Paulo era Pedro Dias Paes Leme, que aqui chegou na noite de 23 de dezembro, dirigindo-se imediatamente para Santana cumprindo a missão que lhe fora confiada.
José Bonifácio na época vice presidente da Província de São Paulo e seu irmão Martim Francisco secretario e Pedro Dias Paes Leme, na madrugada do dia 23 de dezembro de 1821, redigem um, documento conciso e sintético, porém cheio de energia política e habilidade diplomática, exigindo a permanência de D. Pedro no Brasil, no dia seguinte colhem varias assinaturas, e encaminham o documento ao Rio de Janeiro.
A Representação dos paulistas foi fator preponderante para a decisão de D. Pedro, efetivada em 9 de janeiro de 1822, conhecida a partir de então como o Dia do Fico.
Em 1850, Seminário dos Educandos de Santana, uma escola pública foi instalada no Solar ali ficando ate 1875, quando o governo do Estado aproveitou o prédio para ali instalar o hospital de variolosos. com a mudança do hospital em 1892, o "Tramway da Cantareira ali instalou suas oficinas ali ficando somente ate 1894.
Em 1894, foi transformado em quartel das tropas federais de São Paulo sendo sua 1ª unidade o 3º Regimento de Artilharia de Campanha, e a seguir todas as forças do Exército estacionadas em São Paulo.
Foi demolido em 1915 e reconstruído em 1917 reinaugurado em 15 de novembro, com a instalação da 1ª Companhia do 43º Batalhão de Caçadores, depois foram construídos dois pavilhões laterais que abrigaram as 2ª e 3ª Companhias.
Foram construídas as garagens em 1941 e em 1946 demoliu-se um pavilhão para a instalação da Companhia de Metralhadoras, atual Companhia de Comando e Serviços do CPOR/SP
Fonte: cporsp.eb
Fotos: cporsp.eb googlemaps.

O Solar


Fazenda Santana

Inauguração do CPOR/SP em Santana (1948)

Foto antiga da fachada do CPOR/SP
Atual.

terça-feira, 3 de abril de 2018

Fazenda Biacica

Estrada da Biacica, 756 – Itaim Paulista – Distrito Jardim Helena

 

Construída no final do seculo XVII, a porta principal tem aproximadamente três metros é possível ver a data de 1682 gravada no arco superior.
Um belo conjunto de palmeiras imperiais, jerivás, e outras belas árvores ornamentais centenárias adornam o caminho até a frente da casa.
Exuberante alpendre frontal protege as paredes de taipa e magníficos azulejos portugueses  representam em belos painéis, desenho de dois momentos da historia do Brasil, a direita de quem olha a casa de frente a chegada dos Portugueses em São Paulo em 1532, e a esquerda índios sendo catequizados pelos jesuítas em 1554. 
O casarão da fazenda foi construído com base na arquitetura portuguesá que segundo registros históricos, pertenceu à Domingos de Góes, um explorador, teria recebido da coroa portuguesa,em 1611 esse lote de terra as margens do riacho Imbiacica (dai o nome da fazenda), atualmente conhecido como córrego do Lajeado.
Mas já em 1621 documentos atestam a posse definitiva do terreno aos padres da Ordem de Nossa Senhora do Carmo.
A capela da casa foi erguida em 1682, quando Dom José de Barros Alarcão, bispo de São Paulo, nomeou o padre Pedro Godoy como o primeiro vigário do local, de acordo com informações históricas da região.
Uma capela de taipa com invocação de Nossa Senhora de Biacica foi construída no mesmo ano de 1682.
Existem registros de que que a fazenda pertenceu a Família  
Fontoura, que fez modificações no ano de 1952 quando teriam colocados os dois painéis citados acima e . ganhou novos cômodos ao redor e uma varanda na frente.
escritor Mário de Andrade em 1937, a visitou como técnico do IPHAN (Patrimônio Histórico) e sugeriu seu tombamento que só foi efetivado em 1994.
Essas  informações são do Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE), que e o responsável por essa área, e também tem projeto para que o  local seja transformado em breve, segundo o DAEE, em Núcleo de Lazer, Cultura e Esporte do Jardim Itaim Biacica.
O maior parque linear do mundo
Uma vez concluído fara parte, do Parque Várzeas do Tietê que será o maior parque linear do mundo, com 107 quilômetros quadrados de área, de acordo com o DAEE. 
O projeto prevê a construção de 33 centros de lazer, esportes, cultura, recreação e educação ambiental, que beneficiarão diretamente mais 3 milhões de moradores da zona leste da capital e dos municípios de Guarulhos, Itaquaquecetuba, Poá, Suzano, Mogi das Cruzes, Biritiba Mirim e Salesópolis.
Fontes: prefeitura.sp saopaulosao 3.bp.blogspot .sampainesgotavel
Fotos: 
 DAEE itaimpaulista acervoitaimecuruca saopaulosao

Detalhe de azulejo decorado de uma das casas da fazenda.


Área da fazenda.

Antiga piscina abandonada.