sexta-feira, 30 de julho de 2021


Ruas de São Paulo e sua Historia ou Historia do Homenageado.


A rua Conselheiro Crispiniano aberta no Morro do Chá, propriedade do Barão de Itapetininga. 
No dia 21 de Abril de 1863, a Câmara Municipal autorizou a desapropriação de área para uma passagem  entre o Paissandu e a rua da Palha, atual Sete de Abril. 
Ate 1873, esta rua ainda não tinha sido aberta e o Ten. Cel. Fernando Braga, determinou a Câmara que a direção da rua deveria seguir pelo lugar já demarcado, ao lado da Chácara do senador Queiroz. 
Em 1904, os proprietários de terrenos nesta rua receberam favores fiscais da prefeitura para edificações, visando a integração de espaços vizinhos com o Teatro Municipal.
Nome oficializado pelo ATO nº 972, de 24/08/1916, embora a rua já fosse conhecida por essa denominação, desde a morte do Conselheiro.

João Crispiniano Soares, nasceu em 24 de julho de 1809 na freguesia de Conceição de "Guarulhos", vizinha a São Paulo. 
Filho de pais pobres, ainda novo consegue emprego na Tesouraria da Fazenda, embora em cargo subalterno.
Consegue apesar de grandes dificuldades matricular-se na Faculdade de Direito, logo nos primeiros anos torna-se um dos mais distintos alunos, recebe no seu 3º ano um prêmio de mérito literário. 
Bacharelou-se em 1834 e, em 1835, conquista o título de doutor.
Em1836 e nomeado professor da mesma Faculdade, onde lecionou Prática logo após foi escolhido para dirigir a cadeira de Direito Romano, onde se destacou por seu grande conhecimento da cultura jurídica. Fora da Academia, também exerceu brilhantemente vários cargos: Inspetor da Tesouraria, delegado de Polícia e juiz municipal suplente. 
Em 1854 presidiu a Província de Mato Grosso, em 1863 a de Minas Gerais, em 1864 a do Rio de Janeiro, e a de São Paulo, de 7 de novembro de 1864 a 18 de julho de 1865. 
Foi ainda, vereador, deputado e presidente da Câmara Municipal de São Paulo nos anos de 1838 a 1847 e deputado da Assembleia Geral por Mato Grosso em 1848. 
Na presidência da Província de São Paulo, prestou relevantes serviços e organizou o 7º batalhão de "Voluntários paulistas", Batalhão que primeiro marchou para as campanhas do Paraguai. 
Aposentou-se no cargo de professor da Faculdade em 1873 . 
Faleceu em São Paulo em 15 de agosto de 1876.

fonte: dicionarioderuas
fotos: 
Mapio 
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Lembranças de São Paulo 
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Palacete Jose Paulino, depois Comando Militar do Sudeste, localizava-se ao lado do Cine Marrocos. 



1916





Esquina com São João

1950



Cine Marrocos

Mappin esquina Conselheiro com Pça. Ramos e Barão de Itapetininga

Cine Marrocos

Esquina com São João








 

segunda-feira, 26 de julho de 2021

 

PRAÇA CLÓVIS BEVILAQUA

Ruas de São Paulo e sua Historia ou Historia do Homenageado.



Localizada entre as Ruas Anita Garibaldi, Irmã Simpliciana e Praça da Sé no Centro Histórico de São Paulo.
Um dos mais tradicionais logradores  paulistano é onde estão localizadas várias edificações importantes da cidade, com a construção do Metro sua área se confunde com a Praça da Se.

Clóvis Bevilaqua, nasceu em Viçosa, Ceará, dia 4 de outubro de 1859, iniciou seus estudos em sua cidade, depois formou-se, Bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais pela Faculdade de Direito de Recife. 
Foi Promotor Público em Alcântara no Maranhão, Lente de Filosofia na Faculdade de Recife e de livre docente na mesma escola. 
Organizou o projeto do Código Civil, foi o representante do Brasil no Tribunal de Haia, Consultor Jurídico do Ministério das Relações Exteriores. 
Membro do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro de Letras, autor de varias obras entre elas: Filosofia Positiva no Brasil, Estudos de Direito e Economia Política, Legislação Comparada, Direito das Obrigações, Direito da Família, Direito Internacional Privado e Direito Público Internacional. 
Foi membro de diversas Associações Científicas Estrangeiras, como; Academia de Jurisprudência de Bogotá; do Instituto de Coimbra; da American Academy of Political And Social Ciences, de Filadelfia; da Associação de Direito comparado, de Berlim. 
Faleceu no Rio de Janeiro em 26 de julho de 1944.

A praça recebeu seu nome pelo Decreto-lei nº 387, de 07 de janeiro de 1947.
Regulamentado pela Lei 4.174, de 05 de janeiro de 1952.

fonte: dicionarioderuas
fotos: 
Classical Buses 
historiadesaopaulo 
 
pinterest 
vovoneuza 
historiadesaopaulo.






1957
1942
1943

1971


1957

Dr. Clóvis Bevilaqua

Vista aérea da Pça Clovis e Pça da Se. entre 1971 e 75






sexta-feira, 23 de julho de 2021

 

Avenida Celso Garcia, Mooca

Ruas de São Paulo e sua Historia ou Historia do Homenageado.


Antiga Avenida da Intendência (Atas da Câmara de 28/10/1891). Com o falecimento do dr. Afonso Celso Garcia da Luz no dia 30/05/1908, sugeriram que se mudasse o nome da avenida  para homenageá-lo. 
O dr. Celso Garcia nasceu em Batatais a 08/10/1869, filho de Evaristo José Garcia e de d. Mariana Garcia da Luz. 
Iniciou seus estudos em Batatais, aos 15 anos de idade, mudou-se para São Paulo estudou dois anos no Seminário Episcopal, em 1890 matriculou-se na Faculdade de Direito. 
Ainda estudante envolveu-se em grandes causas e se tornou escritor brilhante, fundou diversos jornais, Resistência, o Rebate e a Folha Acadêmica. 
Foi colaborador ainda no jornal Gazeta do Povo, ao lado de Julio Ribeiro, publicou diversos textos contra a monarquia. Em janeiro de 1895 recebe o titulo de bacharel e muda para Santa Rita do Passa Quatro, se distingue como  criminalista. 
Casa-se com d. Maria Chaves Garcia, tiveram dois filhos: Evaristo e Elisa. 
De volta a São Paulo, entra para a redação da Nação, com Felix Bocaiuva, juntos mudaram o jornal para uma edição moderna e vigorosa. 
Depois, trabalhou no jornal o Tempo, órgão da dissidência republicana, ainda como jornalista, trabalhou na Platéia, no Comércio de São Paulo e colaborou no jornal O Estado de São Paulo. Durante esse período, destacou-se como defensor das classes populares, quando se envolve na política,  elegeu-se vereador em 1904, mas a comissão verificadora dos votos não sanciona o seu nome, recorre aos tribunais para garantir sua posse, que só ocorre  em 1905. E foi nesse posto que o trabalho de Celso Garcia ganhou vulto na cidade de São Paulo ao apresentar projetos de grande repercussão como o das casas operárias.
Como membro da Comissão de Higiene, denuncia as precárias condições de vida dos operários, e também e dele a ação  no sentido de obrigar a Light, concessionária do transporte, a ofertar  passagens mais baratas para operários, obrigando a respeitar uma cláusula no contrato,  tratou também da redução da tarifa para estudantes (Atas da Câmara 20/07/1907 e 01/02/1908).
Comissão de Higiene, através da qual denunciava as precárias condições de vida dos operários. Teve também atuação determinante no sentido de obrigar a Light, concessionária do transporte, em oferecer passagens mais baratas para operários, lembrando de uma cláusula no contrato daquela companhia que assim determinava, assim como tratou da redução da tarifa para estudantes (Atas da Câmara 20/07/1907 e 01/02/1908).
Em seu mandato (1905 a 1908) fazia visitas aos bairros mais distantes como Lapa, Santana e Braz, cobrando os melhoramentos para a população e denunciava que partes da cidade recebiam melhor atendimento por parte da prefeitura, sendo que os bairros operários, eram esquecidas.
Foi presidente honorário e sócio benemérito de cerca de 20 associações de classes operárias onde gozava de inteira confiança. 
Faleceu dia 30 de maio de 1908, em São João da Boa Vista vítima de pneumonia. Transladado para São Paulo, foi sepultado no cemitério da Consolação.
Avenida Celso Garcia, nome oficializado pela Lei nº 1.086, de 15 de julho de 1908, nessa mesma avenida há um busto de Celso Garcia, feito em bronze e granito, localizado exatamente na Praça Major Guilherme Rudge, em frente ao Hospital Leonor Mendes de Barros, no Brás.

fontes: O Comercio de São Paulo e O Estado de São Paulo dicionarioderuas. wikipwdia
fotos: 
Pinterest 
Eng.Vagner Landi 
Via Trolebus 
Folhapress wikipedia 
Mapio.net















quarta-feira, 21 de julho de 2021

 

Ruas de São Paulo e sua Historia ou Historia do Homenageado.


Quando os  empresário Joaquim Eugênio de Lima, José Borges de Figueiredo e João Augusto Garcia, com traçado do engenheiro Bartolomeu Banchia abriram a Avenida Paulista,  entre 1890 e 1891, abriram também, as ruas paralelas e transversais, entre elas a Rua Peixoto Gomide, que já constava do mapa da cidade em 1897.

O Ato 699, de 7 de julho de 1914 trata do seu prolongamento alcançando o loteamento Jardim América, pelo Ato 972, de 24 de agosto de 1916 o nome da via ficou reconhecido como oficial por constar na Planta da Cidade produzida nesta época pela Divisão Cadastral da "Directoria de Obras e Viação" da Prefeitura.

Francisco de Assis "Peixoto Gomide" Júnior nasceu em São Paulo no dia a 24 de março de 1849, filho de Francisco de Assis Peixoto Gomide e de Clara Bueno Peixoto. o pai foi deputado provincial e depois geral por São Paulo no período do Império.

Em 1873 formou-se bacharel em direito pela Faculdade de Direito de São Paulo(atual São Francisco), ainda estudante se filiou ao Partido Conservador, e logo depois de formado foi nomeado promotor público da comarca de Amparo. 

Ainda em Amparo, fundou em 1880 junto com Bernardino de Campos o jornal republicano “A Época”, que defendia os ideais republicanos.

Deixando a promotoria foi eleito vereador ainda em Amparo, retornando a São Paulo dedicou-se à advocacia e ao jornalismo, e a partir de 1888 escreveu no Diário Popular com os pseudônimos de Framide e Bruno.

Foi nomeado primeiro suplente da 1ª delegacia de polícia da capital paulista, e em 18 de agosto de 1890, foi nomeado por Prudente de Morais inspetor do Tesouro do Estado. 

Com eleição de Américo Brasiliense no governo de São Paulo em 1891, deixou o cargo dois dias depois. 

Em 8 de janeiro de 1892, nomeado presidente do conselho fiscal da Caixa Econômica Federal em São Paulo, exercendo esse cargo até falecer, e graças a seus esforços e prestígio a Caixa Econômica pôde possuir uma sede à altura na capital paulista. 

A 22 de março de 1893 foi eleito para o Senado paulista na vaga de Jorge Tibiriçá Piratininga, no mesmo ano, quando as tropas dos revolucionários federalistas do Rio Grande do Sul invadiram o Paraná, ameaçando o estado de São Paulo, tornou-se ardente colaborador do presidente Bernardino de Campos (1892- 1896), na defesa do princípio da autoridade e da autonomia do estado, em 17 de julho de 1894, foi escolhido vice-presidente do Senado paulista.

Vice Presidente do Estado na gestão de Manuel Ferraz de Campos Sales, e por 4 vezes assumiu a Presidência do estado, a primeira como Presidente do Senado Estadual, e as demais como vice presidente, foi vice presidente também do próximo Presidente, Fernando Prestes de Albuquerque.

Na filantropia destacou-se, no apoio financeiro às casas de caridade do estado, principalmente as Santas Casas de Misericórdia da capital, Santos e Campinas. 

Na educação, apoiou a instrução primária para as camadas populares e regulamentou por um novo decreto a Escola Politécnica, montando os gabinetes e laboratórios necessários, o ginásio estadual de Campinas foi inaugurado em sua gestão; todos os ginásios do estado tiveram novos regulamentos; a Escola Normal e as escolas modelo, preliminar e complementar anexas funcionaram regularmente, bem como a Escola Complementar de Piracicaba, a Escola Modelo de Itapetininga e a Prudente de Morais da capital.

Na saúde preoculp0u-se em combater as doenças epidêmicas e promoveu campanhas contra a varíola e a febre amarela, e dobrou a capacidade do hospital dos alienados e iniciou a construção da Colônia Agrícola de Alienados do Juqueri, e realizou grandes obras para aumentar o abastecimento de água e desenvolver a rede de esgotos, com a finalidade de combater e extinguir a febre amarela.

Atuou também no desenvolvimento do transporte especialmente o ferroviário, que na época, São Paulo contava com 3.105 quilômetros; em um único ano foram construídos 533 km, e foi firmado contrato para mais 1.799 km.

Supreendentemente na tarde do dia 20 de janeiro de 1906, quando se encontrava em sua residência, sem razão aparente, matou com um tiro na testa a filha Sofia e em seguida suicidou-se com um tiro na cabeça.

Posteriormente supõe-se o motivo da tragédia: sua filha estava de casamento marcado com o promotor, escritor e poeta Manuel Batista Cepelos, e este seria filho de Peixoto Gomide com uma escrava. 

Ele era casado com Ambrosina Pinto Nunes Gomide, com quem teve quatro filhos.

fonte: dicionarioderuas.
fotos: sãopauloantiga wikipedia googlemaps
















segunda-feira, 19 de julho de 2021

 

Rua Voluntários da Pátria, Santana

Ruas de São Paulo e sua Historia ou Historia do Homenageado.


Conforme consta de plantas e documentos municipais, esta rua era inicialmente conhecida como "Estrada para Bragança", e assim continuou até 1888.
Essa denominação (Voluntários da Pátria) foi proposta para uma rua no Braz, mais não se concretizou (Atas da Câmara de 23/04/1884), quatro anos depois, a 20/03/1888, tentaram mudar o nome de parte da  Av. Tiradentes para, Voluntários da Pátria, mas novamente esta indicação não foi concretizada. 
Finalmente, no dia 04/09/1888, os vereadores Silveira da Motta, João Augusto Garcia, Domingos Sertório, Francisco Antonio Pereira Borges e João Mendes da Silva fazem a seguinte indicação que é aprovada: "Indicamos que o prolongamento da rua do Commercio da Luz, desde a Ponte Grande até a subida do morro de Sant'Anna seja denominado rua dos Voluntários da Pátria". 
No ano seguinte, a 25/06/1889, a nova denominação é confirmada com a aprovação do seguinte parecer: “A Commissão encarregada de dar nomes ás ruas indica que a rua nova da freguezia de Sant'Anna a partir da Ponte Grande até a subida do Morro seja denominada rua dos Voluntarios da Patria". 
Posteriormente, pela Lei nº 1.799, de 07.07.1914 a Rua Voluntários da Pátria é prolongada até o Alto do Mandaqui. Em 1916, através do Ato nº 972 de 24 de agosto, reafirma-se a sua oficialização.
A intenção era homenagear o batalhão "Voluntários da Pátria" que prestou relevantes serviços ao Brasil durante a Guerra do Paraguai (1864-1870).
Como o Exército Brasileiro ainda não estava preparado para uma guerra, pois não dispunha de recursos bélicos e não possuía um corpo militar numeroso e instruído. 
Por isso, o Imperador Dom Pedro II decidiu convocar os brasileiros (os Voluntários da Pátria) exaltando o sentimento patriótico. 
No dia 7 de janeiro de 1865 o Imperador, por meio do Decreto nº 3371, criou batalhões “para o serviço de guerra em circunstâncias extraordinárias com a denominação de Voluntarios da Patria”.
Em princípio, os batalhões forneciam um reforço às tropas brasileiras e o alistamento não era obrigatório porém com o agravamento do conflito, se tornou obrigatório. 
Para incentivar o alistamento o próprio D. Pedro II se apresentou como o primeiro voluntário da  pátria e marchou para a cidade de Uruguaiana, ocupada pelo exército paraguaio, com isso, o imperador se transformava em  um exemplo  para as forças militares ali estacionadas e para o resto do país. 
Os alistados como Voluntários traziam no braço esquerdo um distintivo dourado, em forma de “V” com a inscrição "Voluntária da Pátria", colocada pela Coroa Imperial.
Os alistados traziam no braço esquerdo um distintivo dourado, em forma de “V” com a inscrição "Voluntária da Pátria", colocada pela Coroa Imperial.
No Largo da Sé nº 02, na cidade de São Paulo foi fundada a "Associação Promotora de Voluntários da Pátria". 
Foi esta a Associação quem armou e fardou a Coluna dos Voluntários, que se apresentou no inicio de janeiro de 1865, pronta para o embarque para a Guerra. 
Formavam mais de 60 Companhias de Voluntários, com Patriotas de todas as províncias do Brasil somando aproximadamente 40.000 homens. 
A guerra envolveu Brasil, Argentina e Uruguai (Tríplice Aliança) contra o governo de Francisco Solano López na República do Paraguai, e terminou em 1870, com a vitória da Tríplice Aliança e com a destruição do Paraguai, que perdeu grande parte de sua população. 
Da soma dos homens que participaram da Guerra, 40% morreram, foram feridos ou ficaram inválidos. Dos 51 batalhões de voluntários da pátria que seguiram para a guerra, restaram apenas 14.
fonte: dicionário de ruas PMSP
fotos: 
.pinterest 
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1929





1938

Atual



 A estação de Santana foi inaugurada por volta de 1895, nos primórdios da Cantareira.

A estação foi demolida depois de sua desativação em 1964. A estação ficava na Rua Alfredo Pujol entre a Rua Voluntários da Pátria e a Av. Cruzeiro do Sul, exatamente dentro da curva, do lado direito no sentido Cantareira, não muito distante de onde mais tarde foi construída a estação Santana do metrô.



 Nesta rua ficava a estação de Santana: o espaço que esta e os trilhos ocupavam deram origem, depois da demolição do pátio e prédio, a esta rua, com um nome que nada tem a ver com a rua (rua do Racionalismo Cristão) e continuação da rua Alfredo Pujol. O cruzamento é com a rua Voluntários da Pátria (Foto Ralph M. Giesbrecht em agosto de 2016).



sexta-feira, 16 de julho de 2021

 

Avenida Sapopemba, Água Rasa 

Ruas de São Paulo e sua Historia ou Historia do Homenageado.


Conhecida como "Estrada de Sapopemba" e foi aberta por volta de 1880 para fazer a ligação entre os diversos sítios, chácaras e fazendas da região, a urbanização de São Paulo não ia além da Vila Gomes Cardim, a Vila Regente Feijó , onde tem início a Av. Sapopemba, ainda não existia. 

Sapopemba significa "raiz angulosa, com protuberâncias".

No século XIX, existiam diversas estradas "rurais" que faziam a ligação do núcleo urbano de São Paulo com diversas localidades. Assim era a "Estrada de Sorocaba" (hoje R. da Consolação e a sua derivação para Pinheiros) e a "Estrada de Jundiaí" (hoje um trecho da Avenida São João, General Olímpio da Silveira e a sua continuação pela Água Branca). Todas essas antigas estradas (hoje Avenidas) sofreram alterações em seus traçados e, principalmente, em suas denominações, daí a importância da Av. Sapopemba para a cidade de São Paulo. 

Com apenas algumas retificações, permanece com seu traçado original e, mais importante, conserva a sua  denominação, SAPOPEMBA.

No século XIX, a Estrada de Sapopemba era uma estrada de terra batida utilizada por tropeiros e pequenos sitiantes que por ela faziam chegar seus produtos até a cidade.

No final do século XIX e inicio do XX, o rápido crescimento e  a urbanização pelo qual passou a cidade naquele período, surgiram diversos loteamentos entre a Moóca e o Tatuapé, a Vila Formosa e a Vila Prudente, mais todos respeitando a tradição da "Estrada hoje Avenida, conservaram o seu traçado.

Entre os anos 1910 e 1930 surge uma gleba que ficou conhecida como Fazenda Sapopemba que deu origem ao atual Bairro de Sapopemba.

Ate 1940 conservava a denominação de Estrada do Sapopemba o que desagradava aos moradores que fizeram um movimento para a troca de estrada para avenida, o então vereador Jânio da Silva Quadros apresentou um projeto para a alteração que não foi aprovado pela Câmara.

Novo projeto e apresentado em 1952 pelo vereador Farabulini Jr., e aprovado no dia 19 de maio de 1954, e  no dia 3 de junho de 1954, o já Prefeito Jânio Quadros sanciona a Lei 4.484 que alterava o nome de "estrada" para "Avenida Sapopemba".



Estrada do Sapopemba já em Ribeirão Pires.



terça-feira, 13 de julho de 2021

 

"Largo do Arouche, Consolação"

Ruas de São Paulo e sua Historia ou Historia do Homenageado.


Tenente General José Arouche de Toledo Rendon, paulistano formado em Direito pela Universidade de Coimbra, foi comandante militar das Vilas do norte de São Paulo entre 1813 e 1820, participou das lutas pela Independência, Deputado Constituinte, e Primeiro Diretor da Faculdade de Direito de São Paulo.
Introdutor da cultura de Chá em São Paulo, transformou suas terras que hoje correspondem a área hoje conhecida como Vila Buarque, em uma imensa plantação de Chá com mais de 54 mil pês.
Por volta de 1810, implantou uma praça para exercício que ocupava uma área que englobava os atuais Largo do Arouche e a praça da Republica, o seu centro havia uma pequena lagoa que foi aterrado no final do século XIX, e no mesmo ano abriu as primeiras ruas que ligavam a suas terras atual Av. São João.
A praça ficou conhecida como Praça da Legião depois Tanque do Arouche".
Em 1865 o vereador Malaquias Rogério de Salles Guerra, ao realizar uma revisão dos nomes das ruas de São Paulo, alterou aquela denominação para "Campo do Arouche".
No final do século XIX, após calçamento e urbanização passou a ser conhecido como "Largo do Arouche".
Em 1910 (Lei 1.312 de 26/04) parte do largo, entre as ruas do Arouche e Sebastião Pereira passou a chamar-se "Praça Alexandre Herculano". Em 1913, através da Lei 1741 de 18/09, revogou-se a Lei 1.312 e todo o espaço voltou a ter a denominação de "Largo do Arouche".



sexta-feira, 9 de julho de 2021

 

Casa Allemã


Loja de departamentos de São Paulo, fundada em 1883 na rua 25 de Março que depois foi aberta em outras localidades, que funcionou do final do século XIX até meados do século XX.

Sempre lembrada como uma loja dedicada à elite paulistana, a Casa Allemã começou na rua 25 de Março, vendendo linho alemão, rendas e outros produtos que comprava para revender, em 1883 transferiu-se para a Rua General Carneiro (antiga Rua Municipal) e alterou o nome para Casa Alemã.

Fundada pelo imigrante alemão Daniel Heydenreich, com a ajuda de seus irmãos que estavam na Alemanha (Adolf, Hermann e Traugott), importava mercadorias a loja. 

Em 1883, Adolf veio para o Brasil e logo em 1890, seu irmão Hermann também. A empresa tornou-se "D.& A. Heydenreich". 

Em 1890 muda para a Rua direita e em 1895 seria ampliada, ocupando mais dois andares para depósito e atendimentos a clientes.

Em 1895 com a chegada de seu irmão Traugott, a empresa passa a ser "Irmãos Heydenreich" e em 1896 passa a ocupar o prédio inteiro, ganhando duas vitrines na parte central. 
Em 1904 mudaria novamente, permanecendo na mesma rua Direita, porém em um edifício melhor, equipado até com elevador, e com frente também para a Rua da Quitanda.

Organizada em departamentos, vendendo uma variedade de produtos: armarinhos, perfumaria, bordados, artigos para cavalheiros, cortinas e tapetes, a partir de 1920 cria o departamento de roupas para esportes, e para "banhos de mar" e artigos para patinação.

Havia uma distinção entre o masculino e feminino,  masculino visando à intelectualidade e praticidade, e para as mulheres, que representavam a maior parte da clientela, eram relacionadas à perfeição, delicadeza e intuição cujo consumo era estimulado pela urbanização e busca pelo luxo europeu e bem-estar.

Foram abertas filiais em:  Campinas (1887), Santos (1890), Ribeirão Preto (1910) e Jaú (1912), a filial de Santos localizava-se à rua 15 de Novembro, esquina com a Frei Gaspar, e oferecia serviços de tapeçaria.

Com a crise econômica mundial ocasionada pela quebra da Bolsa de Nova Iorque em 1929, e a Revolução de 1930, depois a Revolução Constitucionalista de 1932, a elite paulista perdeu muito seu poder aquisitivo a loja foi forçada a se popularizar.

Com a Segunda Guerra Mundial são obrigado a mudar de nome para não demostrar ligação com a Alemanha nazista, passado a se chamar  Galeria Paulista de Modas.

Em 1059 depois de enfrentar grandes dificuldades encerra suas atividades. 

Em 1929 a família Heydenreich havia cria a Fundação Heydenreich, em reconhecimento ao seu sucesso nos negócios no Brasil, preocupada com a difícil situação de outros imigrantes alemães e para não desamparar viúvas de ex-funcionários da Casa Alemã, a família doou parte de seus bens para empreendimentos de utilidade pública e a atividades filantrópicas.

Mesmo com o enceramento das atividades da loja a Fundação continua com suas atividades ate os dias de hoje.

fontes: wikipedia vejasp http://www.fbh.org.br
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