quarta-feira, 21 de julho de 2021

 

Ruas de São Paulo e sua Historia ou Historia do Homenageado.


Quando os  empresário Joaquim Eugênio de Lima, José Borges de Figueiredo e João Augusto Garcia, com traçado do engenheiro Bartolomeu Banchia abriram a Avenida Paulista,  entre 1890 e 1891, abriram também, as ruas paralelas e transversais, entre elas a Rua Peixoto Gomide, que já constava do mapa da cidade em 1897.

O Ato 699, de 7 de julho de 1914 trata do seu prolongamento alcançando o loteamento Jardim América, pelo Ato 972, de 24 de agosto de 1916 o nome da via ficou reconhecido como oficial por constar na Planta da Cidade produzida nesta época pela Divisão Cadastral da "Directoria de Obras e Viação" da Prefeitura.

Francisco de Assis "Peixoto Gomide" Júnior nasceu em São Paulo no dia a 24 de março de 1849, filho de Francisco de Assis Peixoto Gomide e de Clara Bueno Peixoto. o pai foi deputado provincial e depois geral por São Paulo no período do Império.

Em 1873 formou-se bacharel em direito pela Faculdade de Direito de São Paulo(atual São Francisco), ainda estudante se filiou ao Partido Conservador, e logo depois de formado foi nomeado promotor público da comarca de Amparo. 

Ainda em Amparo, fundou em 1880 junto com Bernardino de Campos o jornal republicano “A Época”, que defendia os ideais republicanos.

Deixando a promotoria foi eleito vereador ainda em Amparo, retornando a São Paulo dedicou-se à advocacia e ao jornalismo, e a partir de 1888 escreveu no Diário Popular com os pseudônimos de Framide e Bruno.

Foi nomeado primeiro suplente da 1ª delegacia de polícia da capital paulista, e em 18 de agosto de 1890, foi nomeado por Prudente de Morais inspetor do Tesouro do Estado. 

Com eleição de Américo Brasiliense no governo de São Paulo em 1891, deixou o cargo dois dias depois. 

Em 8 de janeiro de 1892, nomeado presidente do conselho fiscal da Caixa Econômica Federal em São Paulo, exercendo esse cargo até falecer, e graças a seus esforços e prestígio a Caixa Econômica pôde possuir uma sede à altura na capital paulista. 

A 22 de março de 1893 foi eleito para o Senado paulista na vaga de Jorge Tibiriçá Piratininga, no mesmo ano, quando as tropas dos revolucionários federalistas do Rio Grande do Sul invadiram o Paraná, ameaçando o estado de São Paulo, tornou-se ardente colaborador do presidente Bernardino de Campos (1892- 1896), na defesa do princípio da autoridade e da autonomia do estado, em 17 de julho de 1894, foi escolhido vice-presidente do Senado paulista.

Vice Presidente do Estado na gestão de Manuel Ferraz de Campos Sales, e por 4 vezes assumiu a Presidência do estado, a primeira como Presidente do Senado Estadual, e as demais como vice presidente, foi vice presidente também do próximo Presidente, Fernando Prestes de Albuquerque.

Na filantropia destacou-se, no apoio financeiro às casas de caridade do estado, principalmente as Santas Casas de Misericórdia da capital, Santos e Campinas. 

Na educação, apoiou a instrução primária para as camadas populares e regulamentou por um novo decreto a Escola Politécnica, montando os gabinetes e laboratórios necessários, o ginásio estadual de Campinas foi inaugurado em sua gestão; todos os ginásios do estado tiveram novos regulamentos; a Escola Normal e as escolas modelo, preliminar e complementar anexas funcionaram regularmente, bem como a Escola Complementar de Piracicaba, a Escola Modelo de Itapetininga e a Prudente de Morais da capital.

Na saúde preoculp0u-se em combater as doenças epidêmicas e promoveu campanhas contra a varíola e a febre amarela, e dobrou a capacidade do hospital dos alienados e iniciou a construção da Colônia Agrícola de Alienados do Juqueri, e realizou grandes obras para aumentar o abastecimento de água e desenvolver a rede de esgotos, com a finalidade de combater e extinguir a febre amarela.

Atuou também no desenvolvimento do transporte especialmente o ferroviário, que na época, São Paulo contava com 3.105 quilômetros; em um único ano foram construídos 533 km, e foi firmado contrato para mais 1.799 km.

Supreendentemente na tarde do dia 20 de janeiro de 1906, quando se encontrava em sua residência, sem razão aparente, matou com um tiro na testa a filha Sofia e em seguida suicidou-se com um tiro na cabeça.

Posteriormente supõe-se o motivo da tragédia: sua filha estava de casamento marcado com o promotor, escritor e poeta Manuel Batista Cepelos, e este seria filho de Peixoto Gomide com uma escrava. 

Ele era casado com Ambrosina Pinto Nunes Gomide, com quem teve quatro filhos.

fonte: dicionarioderuas.
fotos: sãopauloantiga wikipedia googlemaps
















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