Rua Voluntários da Pátria, Santana
Ruas de São Paulo e sua Historia ou Historia do Homenageado.
Conforme consta de plantas e documentos municipais, esta rua era inicialmente conhecida como "Estrada para Bragança", e assim continuou até 1888.
Essa denominação (Voluntários da Pátria) foi proposta para uma rua no Braz, mais não se concretizou (Atas da Câmara de 23/04/1884), quatro anos depois, a 20/03/1888, tentaram mudar o nome de parte da Av. Tiradentes para, Voluntários da Pátria, mas novamente esta indicação não foi concretizada.
Finalmente, no dia 04/09/1888, os vereadores Silveira da Motta, João Augusto Garcia, Domingos Sertório, Francisco Antonio Pereira Borges e João Mendes da Silva fazem a seguinte indicação que é aprovada: "Indicamos que o prolongamento da rua do Commercio da Luz, desde a Ponte Grande até a subida do morro de Sant'Anna seja denominado rua dos Voluntários da Pátria".
No ano seguinte, a 25/06/1889, a nova denominação é confirmada com a aprovação do seguinte parecer: “A Commissão encarregada de dar nomes ás ruas indica que a rua nova da freguezia de Sant'Anna a partir da Ponte Grande até a subida do Morro seja denominada rua dos Voluntarios da Patria".
Posteriormente, pela Lei nº 1.799, de 07.07.1914 a Rua Voluntários da Pátria é prolongada até o Alto do Mandaqui. Em 1916, através do Ato nº 972 de 24 de agosto, reafirma-se a sua oficialização.
A intenção era homenagear o batalhão "Voluntários da Pátria" que prestou relevantes serviços ao Brasil durante a Guerra do Paraguai (1864-1870).
Como o Exército Brasileiro ainda não estava preparado para uma guerra, pois não dispunha de recursos bélicos e não possuía um corpo militar numeroso e instruído.
Por isso, o Imperador Dom Pedro II decidiu convocar os brasileiros (os Voluntários da Pátria) exaltando o sentimento patriótico.
No dia 7 de janeiro de 1865 o Imperador, por meio do Decreto nº 3371, criou batalhões “para o serviço de guerra em circunstâncias extraordinárias com a denominação de Voluntarios da Patria”.
Em princípio, os batalhões forneciam um reforço às tropas brasileiras e o alistamento não era obrigatório porém com o agravamento do conflito, se tornou obrigatório.
Para incentivar o alistamento o próprio D. Pedro II se apresentou como o primeiro voluntário da pátria e marchou para a cidade de Uruguaiana, ocupada pelo exército paraguaio, com isso, o imperador se transformava em um exemplo para as forças militares ali estacionadas e para o resto do país.
Os alistados como Voluntários traziam no braço esquerdo um distintivo dourado, em forma de “V” com a inscrição "Voluntária da Pátria", colocada pela Coroa Imperial.
Os alistados traziam no braço esquerdo um distintivo dourado, em forma de “V” com a inscrição "Voluntária da Pátria", colocada pela Coroa Imperial.
No Largo da Sé nº 02, na cidade de São Paulo foi fundada a "Associação Promotora de Voluntários da Pátria".
Foi esta a Associação quem armou e fardou a Coluna dos Voluntários, que se apresentou no inicio de janeiro de 1865, pronta para o embarque para a Guerra.
Formavam mais de 60 Companhias de Voluntários, com Patriotas de todas as províncias do Brasil somando aproximadamente 40.000 homens.
A guerra envolveu Brasil, Argentina e Uruguai (Tríplice Aliança) contra o governo de Francisco Solano López na República do Paraguai, e terminou em 1870, com a vitória da Tríplice Aliança e com a destruição do Paraguai, que perdeu grande parte de sua população.
Da soma dos homens que participaram da Guerra, 40% morreram, foram feridos ou ficaram inválidos. Dos 51 batalhões de voluntários da pátria que seguiram para a guerra, restaram apenas 14.
fonte: dicionário de ruas PMSP
fotos: gazetazn
1929 |
1938 |
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