Rua Direita, Sé
Ruas de São Paulo e sua Historia ou Historia do Homenageado.
Esta entre os mais antigos logradouros da cidade de São Paulo, aberta ainda no século XVI com o intuito de fazer a ligação do centro da cidade com a antiga estrada que levava à aldeia indígena de Pinheiros.
Sem nenhum planejamento, iniciava próximo ao Pátio do Colégio, berço de São Paulo, ao lado da Igreja da Misericórdia, e após, passava pela Igreja de Santo Antônio, seguindo para o Vale do Anhangabaú, dali passava pela atual Praça da Bandeira e largo da Memória ligando-se a Ladeira do Piques: hoje rua Quirino de Andrade, e então o caminho de Pinheiros, atual Rua da Consolação (antiga Estrada de Sorocaba), e entrava-se no sertão.
Em 1638 já havia referências de sua existência na malha urbana, ela era conhecida como "Rua que vai para Santo Antônio", numa alusão à Igreja de Santo Antônio, localizada hoje na Praça do Patriarca, mais tarde, ela passou a ser conhecida como Rua Direita da Misericórdia para Santo Antônio, numa referência à Igreja da Misericórdia (hoje demolida) que localizava-se no Largo da Misericórdia.
Era citada algumas vezes como Direita de Santo Antônio, a origem do nome " Direita", estava sempre ligado à uma Igreja, seja a da Misericórdia, seja a de Santo Antônio, nesse caso, temos
uma referência da tradição portuguesa de denominar as ruas principais de cada cidade como iniciando-se à Direita da porta principal de cada templo.
Em 1828, a rua ganhou iluminação pública com lampiões funcionando à azeite ou óleo de peixe, e a partir de 1870, passa a ter iluminação pública a gás, bondes tracionados por burros, água encanada e calçamento com paralelepípedos, e iluminação elétrica a partir de 1890.
Juntamente com as Ruas São Bento e XV de Novembro, forma o “Triângulo” paulistano, representando o centro, intelectual e elegante e comercial da cidade de São Paulo dos finais do século XIX e início do século XX.
Em 11/12/1891, vereadores aprovaram uma indicação substituindo o nome da "Rua Direita" para "Rua D. Pedro de Alcântara", mas, na sessão do dia 18/12/1891, esta decisão foi anulada.
Através da Resolução nº 82 de 12/03/1897, a Câmara Municipal novamente substituiu o nome da "Rua Direita" para "Rua Marechal Floriano Peixoto", porém, no dia 28/08/1899 (Lei nº 416), a denominação "Direita" foi restaurada.
Através da Resolução nº 82 de 12/03/1897, a Câmara Municipal novamente substituiu o nome da "Rua Direita" para "Rua Marechal Floriano Peixoto", porém, no dia 28/08/1899 (Lei nº 416), a denominação "Direita" foi restaurada.
Moradores ilustres, o Barão de Iguape (Antônio da Silva Prado), o primeiro a receber o titulo de prefeito de São Paulo, e filho de D. Veridiana Valéria da Silva Prado, o Barão do Tietê (José Manoel da Silva) deputado geral e presidente interino da Província de São Paulo três vezes, e ainda o senador Nicolau de Campos Vergueiro, integrou a Regência Trina provisória após a abdicação de D. Pedro I.
Nela foi construído o Edifício Guinle, considerado o 1º arranha-céu de São Paulo, com 7 andares, sendo o precursor da verticalização na cidade, construído entre os anos de 1913 a 1916, de autoria do arquiteto Hipólito Pujol Junior, sua construção apenas aprovada após laudo oficial, pois o prefeito Barão de Duprat duvidava que um edifício de tal porte tivesse estabilidade, só liberado após aval do engenheiro Antônio Francisco de Paula Souza, o diretor da Escola Politécnica.
A partir de 1950, torna-se uma rua destinada ao uso estrito de pedestre, nome oficializado pelo ATO nº 972, de 24/08/1916.
Legislação anterior: Lei nº 416, de 28 de agosto de 1899 e Resolução nº 82 de 12/03/1897.Fonte: dicionarioderuas. wikipedia
Fotos. Guilherme Gaensly .
1920 |
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