sábado, 8 de julho de 2017

Revolução Constitucionalista de 1932

Derrota militar, vitória política
9 de julho de 1932 marcou a história de São Paulo:

Em 1932, Getúlio Vargas era ditador do Brasil há dois anos, pois nas eleições 1930, Getúlio não consegue ser eleito presidente, prendendo para o paulista Júlio Prestes.
Porém, inconformado com o fracasso das eleições, procurou o apoio dos estados de Minas Gerais, Rio Grande de Sul e Paraíba para impedir que o candidato eleito tomasse posse, graças ao apoio militar, Getúlio assume o comando do país através de golpe de estado derrubando o então presidente da república, Washington Luís e impediu a posse do seu sucessor eleito nas eleições de março de 1930.
Em atitude arbitrária depôs a maioria dos presidentes estaduais (atuais governadores); fechou o Congresso Nacional, as Assembleias Legislativas Estaduais e as Câmaras Municipais; e, por fim, cassou a Constituição de 1891, até então vigente, sob a promessa de convocação de novas eleições e a formação de uma Assembleia Nacional Constituinte para a promulgação de uma nova Constituição.
Mas essa promessa não foi comprida alem de governar de forma discricionária por meio de decretos, sem respaldo de uma Constituição e de um Poder Legislativo. 
O levante começou de fato em 9 de julho de 1932 e foi precipitado após a morte de quatro estudantes por tropas getulistas em 23 de maio de 1932 durante um protesto contra o Governo Federal. Após a morte desses jovens, foi organizado um movimento clandestino denominado MMDC (iniciais dos nomes dos quatro estudantes mortos: Martins, Miragaia, Dráusio e Camargo) e ainda o estudante Orlando de Oliveira Alvarenga, que também foi baleado naquele dia no mesmo local, mas veio a falecer meses depois, que se começou a conspirar contra o governo provisório de Getúlio Vargas.
Usando o argumento separatista na propaganda do governo provisório ao longo do conflito para instigar a opinião pública do restante do país contra os paulistas, obter voluntários na ofensiva contra as tropas constitucionalistas e ganhar aliados políticos nos demais Estados contra o movimento de São Paulo.
Quando o Estado de São Paulo precipitou a revolta contra o governo provisório de Vargas seus lideres tinham a expectativa da automática adesão de outros Estados Brasileiros, no entanto, a solidariedade daqueles Estados não se traduziu em apoio efetivo e, com a espera por parte dos paulistas pelos apoios supostamente prometidos.
De todos os Estados brasileiros com a exceção  de parte do Mato Grosso (areá aproximada ao hoje Estado de Mato Grosso do Sul) sob o nome de Estado de Maracaju que se tornou o único Estado aliado dos paulistas. 
Após quase três meses de intensos combates nos quatro cantos do Estado o conflito foi encerrado em 2 de outubro de 1932 com a rendição do Exército Constitucionalista.
Atualmente, o dia 9 de julho, que marca o início da Revolução de 1932, é a data cívica mais importante do Estado de São Paulo e feriado Estadual. 
Nos os paulistas consideramos a Revolução Constitucionalista como sendo o maior movimento cívico de sua história. 
A lei 12.430, de 20 de junho de 2011, inscreveu os nomes de Martins, Miragaia, Dráusio e Camargo heróis paulistas da Revolução Constitucionalista de 1932, no Livro dos Heróis da Pátria.
O que não compreendo é que uma nação, como o Brasil, após mais de um século de vida constitucional e liberalismo, retrogradasse para uma ditadura sem freios e sem limites como essa que nos degrada e enxovalha perante o mundo civilizado!
Presidente Júlio Prestes eleito em 1930 exilado em Portugal.
Santos Dumont,
A visão de aviões sobrevoando o Guarujá, onde se encontrava convalescendo de uma enfermidade e supondo que estariam atacando São Paulo, pode ter causado uma angústia profunda em Santos Dumont que, nesse dia, aproveitando-se da ausência de seu sobrinho, suicidou-se, aos 59 anos de idade. 
Fontes: wikipedia megacurioso ALMAnark ITAPEMA
Fotos: ALMAnark ITAPEMA




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