Teatro Brasileiro de Comédia (TBC)
Rua Major Diogo, 311 e 315 – Bela Vista
Reformado e inaugurado em 1948, por iniciativa do industrial italiano Franco Zampari, engenheiro das Industrias Matarazzo, e também dramaturgo, com o apoio financeiro de parte da elite paulistana.
A ideia inicial e que seria uma sala para grupos amadores como, por exemplo, o Grupo de Teatro Experimental e o Grupo Universitário de Teatro.
A ideia inicial e que seria uma sala para grupos amadores como, por exemplo, o Grupo de Teatro Experimental e o Grupo Universitário de Teatro.
Zampari e amigos alugam um velho casarão, na rua Major Diogo, e o reformam, para abrigar uma infraestrutura de carpintaria e iluminação, inaugurado após quatro meses, em 11 de outubro de 1948, o TBC detinha uma estrutura "de luxo" para a época, com "duas salas de ensaio, uma sala de leitura, oficina de carpintaria e marcenaria, almoxarifados para cenografia e figurinos, além de modernos equipamentos de luz e som".
A apresentação de abertura teve duas encenações, La Voix Humaine, de Jean Cocteau, monólogo declamado em francês pela atriz Henriette Morineau, e A Mulher do Próximo, de Abílio Pereira de Almeida, e teve a participação daquela que seria talvez o maior nome do teatro brasileiro Cacilda Becker.
Ate 1964 foi sede de uma companha que tinha o mesmo nome do teatro, sendo seu auge a década de 1950, quando peças de renomados autores internacionais dirigidas por renomados diretores como Ziembinski e Adolfo Celi, justamente isso foi a causa de sua decadência, pois foi duramente criticado por não dar espaço a autores nacionais, e acabou provocando o surgimento de uma oposição teatral que resultou, nos anos 60, na formação do grupo que inaugurou o Teatro de Arena.
Apos a apresentação de “Vereda da Salvação”, de Jorge de Andrade, em 1964, o teatro foi ocupado sucessivamente por diversas companhias.
Nomes famosos surgiram no TBC como é o caso de Cacilda Becker, Fernanda Montenegro, Cleyde Yáconis, Nathalia Timberg, Paulo Autran, Sergio Cardoso,,Tonia Carreiro, Walmor Chagas, Nydia Licia, e Fernando Torres (ator), entre outros.
Tombado pelo Condephaat em 21/10/1982 e pelo Conpresp em 1991, reforçada em 2002, quando a rua Major Diogo, foi incluída no processo que reconheceu como patrimônio histórico e cultural todo o bairro da Bela Vista.
No livro do Tombo do Condephaat esta registrado:
"Este pequeno prédio era originalmente um edifício comercial ocupado, segundo dizem, por laboratório. Apesar de ser uma típica construção da Bela Vista, da década de 20 ou 30, não apresenta, isoladamente, interesse arquitetônico que justifique seu tombamento. Porém, foi inscrito no Livro do Tombo do Estado, por ter abrigado desde 1948 - no espaço ocupado por uma antiga garagem - o Teatro Brasileiro de Comédia. Este sim, um importante marco na história da arte dramática no nosso país".No final de 2008, pouco tempo depois do fechamento do TBC ao público, a Fundação Nacional de Artes tomou a decisão de desapropriar o imóvel, com fins de reformá-lo e reabri-lo ao público.
A Funarte enfrentou um processo judicial movido pela empresária Magnólia do Lago, proprietária do imóvel entre 1982 e 2008, que alegava ter direitos sobre as marcas "Teatro Brasileiro de Comédia" e "TBC", cobrando quase R$ 7 milhões de indenização do órgão, que alegava possuir tais direitos.
A Funarte enfrentou um processo judicial movido pela empresária Magnólia do Lago, proprietária do imóvel entre 1982 e 2008, que alegava ter direitos sobre as marcas "Teatro Brasileiro de Comédia" e "TBC", cobrando quase R$ 7 milhões de indenização do órgão, que alegava possuir tais direitos.
fontes: condephaat.sp wikipedia
fotos: condephaat TVCultura Cristiano Goldschmidt Acervo O GLOBO
Paulo Autran e Tonia Carreiro |
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