VIVEIRO MANEQUINHO LOPES
Av. Quarto Centenário, 1288 - Ibirapuera,
Existiam dois viveiros
para produção de mudas: um pequeno, no Jardim Público (Luz)
e um viveiro maior, na região da Água Branca.
Em 1916, durante
o governo de Washington Luis, a prefeitura comprou um grande
terreno, situado na Vila Clementino, local onde seria futuramente
implantado o Parque Ibirapuera.
Em 1927 o prefeito Pires do Rio apontou a necessidade de
incrementar o número de áreas verdes na cidade, “úteis à higiene
da população urbana”,assim, o viveiro da
Água Branca foi transferido para o terreno da Vila Clementino,
em 1928.
A implantação do viveiro no Ibirapuera proporcionou
a formação de muitas árvores para embelezar a cidade, além de
arbustos, azaleias, vasos de flores para canteiros e estufa (a antiga
estufa quente do viveiro do Jardim Público da Luz foi transferida
para o novo viveiro).
Nessa hora em que o terreno estava sendo invadindo e a prefeitura correndo o risco de perde-lo que o senhor Manoel Lopes de Oliveira Filho, apelidado Manequinho Lopes, teve a ideia de plantar eucaliptos australianos para eliminar a umidade excessiva do local, e também iniciou o plantio de outras especies, com ideia de transferi-las para outros parques e jardins da cidade como pau-ferro,
ipê, pau-brasil, pau-jacaré, tipuana, flamboyant, sibipiruna.
Mas os responsáveis pelo projeto do Parque não queriam a permanência do viveiro no local, mas o Prefeito Fábio Prado não acatou a vontade deles, e Manequinho pode seguir com suas atividades em uma área de 48.000m², equipado com 10 estufas (casas de vegetação), 97
estufins (canteiros suspensos), 3 telados (estruturas
cobertas com tela de sombreamento) e 39 quadras
entre quadras de matrizes e de estoque de mudas
envasadas, prontas para o fornecimento aos órgãos
públicos municipais.
Em reportagem do jornal O Estado de São Paulo, de
1936, o Viveiro Manequinho Lopes era considerado o maior e
mais variado da América do Sule e a dedicação do Manequinho era tanta que distribuía gratuitamente mudas para particulares como ainda ajuda na execução de jardins particulares em prédios e residencias, alem de trabalhar também aos domingos.
Em 1938, Manequinho adoece e vem a falecer e pelo ato nº. 1372, de 14 de março de 1938, a prefeitura deu o
nome de Viveiro Manequinho Lopes para o viveiro municipal.
Arthur Etzel, filho de Antonio Etzel (administrador do Jardim
Público-Luz), foi nomeado novo chefe do Viveiro e trabalhou no
Ibirapuera em diferentes funções por mais de 50 anos.
O Viveiro foi restaurado em 1993 e Burle
Marx fez um novo projeto para o viveiro valorizando o verde,
inclusive as belas árvores, o viveiro, revitalizado, foi entregue à
população no dia 24 de março de 1994.
Em 2017 e aprovada nova revitalização para os viveiros Manequinho Lopes, no Parque Ibirapuera, Zona Sul, e Arthur Etzel, no Parque do Carmo, na Zona Leste, em parceria com a marca de sabonetes Francis. A empresa também cuidará da manutenção do viveiro Manequinho Lopes por três anos, sem custos para o município.
Tombado com todo o Parque Ibirapuera conforme RES. SC 01/92, de 18/12/92 do Condephaat
Fontes: parqueibirapuera.org cidadedesaopaulo capital.sp.govFotos: Moema l'architettura
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