domingo, 24 de março de 2019

Igreja Nossa Senhora da Boa Morte

ou Igreja da Boa Morte da Virgem Maria
Rua do Carmo, 202 Se.


Em 25 de fevereiro de 1802 a Irmandade da Nossa Senhora da Boa Morte que foi fundada em 16 de janeiro de 1728 do berço jesuíta de São Paulo, o Páteo do Colégio (Seu nome original era Irmandade dos Homens Pardos de Nossa Senhora da Boa Morte que tinha a característica de aceitar membros de todas as etnias, o que era estranho para a época), solicitou ao D. Mateus de Abreu Pereira, então bispo de São Paulo, permissão para a construção de uma igreja própria no largo de São Gonçalo, hoje, Praça João Mendes.

No mesmo dia dia o Bispo concedeu autorização mas não no local solicitado e com as condições que deveriam ser observadas: o lugar deveria ser alto, livre de umidade e longe de casas residenciais.

No més de julho ou agosto do mesmo ano, conseguiram adquirir do Senhor Joaquim de Souza Ferreira, por 112$000 (cento e doze mil réis) o terreno na Rua do Carmo, 202, nas vizinhanças da Praça da Sé.

E ali foi erguida a igreja com recursos próprios da irmandade e após oito anos de obras, o templo foi inaugurado em 25 de julho de 1810, quando foram transladadas as imagens do Convento do Carmo para a nova Igreja.

Localizada no outeiro da Tabatinguera, dominava toda a entrada daqueles que vinham do Ipiranga em direção à cidade, tornando-se conhecida como a "igreja das boas notícias",

Passou por reformas de 18 de setembro de 1871 a 22 de novembro de 1873, quando foi remodelada sua torre, um novo período de reformas que durou mais de três anos, iniciado em 2006, a igreja foi reaberta 12 de julho de 2009, e junto a esse  projeto foi realizado um restauro das imagens que estão na igreja, entre uma delas, o "Cristo prisioneiro".

Em 30/04/1970 Pedro Cardoso Pita, chamado de provedor da Irmandade solicita ao  CONDEPHAAT o tombamento do prédio, apos essa atitude Pita foi expulso da irmandade e ninguém foi eleito para substitui-lo, e o arcebispo nomeou um “interventor”, Monsenhor Manoel Salvador de Carvalho Neves, depois de disputa judicial o posse da igreja ficou com a Cúria Metropolitana.

O tombamento foi finalmente formalizado em 26 de março de 1974, incluindo Igreja, salão de festas interno e a casa paroquial.

A Igreja da Nossa Senhora da Boa Morte é de estilo barroco-colonial, com paredes de taipa de pilão e telhado de madeira, bem simples, não ostenta tanto quanto suas vizinhas de construção da época. Diversos itens foram trazidos de Portugal, como santos e imagens de Nossa Senhora.

O Projeto de restauração, de autoria do arquiteto restaurador Olympio Augusto Ribeiro, foi desenvolvido entre 2003 e 2006, e visou resgatar a unidade estilística e arquitetônica do conjunto, sanando graves problemas de infiltração e estruturais, além da revisão de todo o sistema elétrico e hidráulico, capacitando-a para os usos atuais, inclusive dentro do conceito de auto-sustentabilidade. A igreja havia sofrido sérias mutilações, principalmente em seu altar-mor e seus revestimentos decorativos. Os levantamentos executados 'in loco', os estudos e as pesquisas históricas permitiram resgatar as características arquitetônicas e artísticas essenciais, consolidadas até a primeira década do Século XX, apresentando-se após o restauro com deve ter sido em meados da década de 1910. As obras custaram 6,5 milhões de reais e duraram três anos, sendo a Igreja reinaugurada em julho de 2009 e assumida pela Aliança da Misericórdia, associação focada na população carente.
Fonte: wikipedia, arquisp.org.
Fotos: Amanda Saviano infopatrimonio. ieccmemorias São Paulo Antiga São Paulo Passado SlidePlayer




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