sábado, 21 de agosto de 2021

 Largo da Concórdia, Brás

Ruas de São Paulo e sua Historia ou Historia do Homenageado.


O Largo da Concordia, esta localizado na antiga Chácara do português "José Brás", fundador desse  bairro paulistano, começou a ser formado entre os anos de 1830 e 1840, paralelamente à urbanização do próprio bairro do Brás que, naquela época, era ocupado apenas por chácaras.

Em 1850, já estava pronto, sua primeira denominação: "Largo do Brás". 

A Câmara Municipal, determinou em 1862 que o largo deveria ser fechado, mais o Presidente da Província, Vicente Pires da Mota, interferiu e o logradouro continuou aberto ao público. 

No dia 28/11/1865, o vereador Malaquias Rogério de Salles Guerra, propôs que o seu nome fosse  alterado para "Largo da Concórdia".

Existe duas hipótese para a adoção desse nome:

1ª  Uma homenagem à Place de la Concorde, em Paris.

2ª  Uma homenagem à cidade de Concórdia, Argentina, margens do Rio Uruguai, Província de Entre Rios, cidade que teve papel destacado na Guerra do Paraguai, pois sediou  batalhões argentinos e brasileiros, no dia 13/06/1865, concentradas as tropas do General argentino Bartolomé Mitre que dias depois (24/06/1865), recebeu os soldados brasileiros comandados pelo General Osório, dali as tropas seguiram rumo ao Norte para o combate contra as forças paraguaias.

Para justificar esta hipótese, e bom lembrar-nos que  vereador Malaquias Rogério de Salles propôs, no mesmo dia, os nomes de  "Largo do Paissandú", "Rua do Riachuelo", (nomes de batalhas da Guerra do Paraguai) e "Rua Vitória" (uma referência à vitória brasileira na batalha do Riachuelo). 

O Largo da Concórdia seria, portanto, outro nome ligado à Guerra e utilizado pelo vereador Malaquias nos logradouros públicos como forma de perenizar os episódios na história paulistana.

Local de grande concentração de migrantes nordestinos e seus descendentes, com forte influência da cultura regional nordestina, que foram homenageados com o Monumento ao Migrante Nordestino é uma escultura com mais de 10 metros de comprimento e mais de 5 metros de altura, peso total de mais de 20 toneladas.

Entre 1953 e 2006 o Largo abrigou um monumento erigido em homenagem ao cantor Francisco Alves, que ali realizou seu último show em 26 de setembro de 1952, uma coluna de concreto com um violão estampado em baixo relevo e uma placa de bronze, foi oferecido pela Rádio Nacional de São Paulo, sendo inaugurado em outubro de 1953, vandalizado ao longo dos anos (teve sua placa furtada e serviu de base para cartazes) foi removido entre 2006 e 2007, atualmente se encontra em um depósito da prefeitura aguardando para ser reinstalado.

O Largo é um símbolo histórico do Brás, mais desde 1991, está tomado por barracas de camelôs, fazendo com que a arquitetura não se destacasse, por dia, passam aproximadamente trezentas mil pessoas.

O Theatro Colombo ícone do Largo da Concordia inaugurado em 20 de fevereiro de 1908 após a reforma do prédio do antigo Mercado do Brás, considerado o teatro de melhor acústica da cidade e tinha capacidade para 1968 lugares, neste teatro o compositor italiano Pietro Mascagni regeu pessoalmente sua ópera Amica, em 19 de julho de 1966 o teatro ardeu em chamas e foi completamente destruído. 

As causas do incêndio são suspeitas, foi publicado no jornal O Estado de S. Paulo que o teatro vinha sendo ameaçado de destruição por telefonemas anônimos. 
O primeiro incêndio se iniciou num colchão colocado no teatro vazio no domingo, 17 de julho, na ocasião o fogo foi controlado, mas na quarta-feira irrompeu novamente e destruiu o edifício em apenas trinta minutos.

O Largo da Concórdia foi reformado em 2007 num processo de revitalização para dar uma nova cara ao local que vinha sendo usado como camelódromo, em uma parceria formada entre Alobrás, Associação de Lojistas do Brás, os comerciantes do bairro e a subprefeitura da Mooca, para a reforma do Largo, com o dinheiro arrecadado, o Largo da Concórdia teve seus dez mil metros quadrados inteiramente reformados, com novo piso, canteiros com flores e árvores e banheiros públicos, as fachadas da área comercial foram restauradas e quarenta e oito pontos de luz foram colocados no local.

Lembro de uma Cantina Italiana, na calçada de quem sai da Rangel Pestana e vira a direita poucas casas depois da esquina, servia uma massa muito boa talvez a melhor que já degustei, não consegui foto de sua fachada apenas algumas de seu interior, digitando aqui estou lembrando o sabor de um Rigatone a bolonhesa, um Espaguete ao sugo, ou Coradas(batatas cortada ao meio) com carne assada.

Fica entre a Av. Rangel Pestana e as Ruas Miller e Barão de Ladário.

Fonte: dicionarioderuas wikipedia
Fotos: User:Dantadd 
Alamy  
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Teatro Colombo


Incêndio Teatro Colombo 







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