domingo, 28 de abril de 2019



Paulo Vanzolini

Por JOSÉ DOMINGOS BRITO
Transcrito de luizberto.com

Paulo Emílio Vanzolini nasceu em São Paulo, em 25/4/1924. Cientista (zoólogo) e compositor (sambista) dos mais renomados nas duas áreas. Uma combinação peculiar, inusitada e, talvez, única no mundo, se considerarmos o talento e suas contribuições em tão distintas atividades. Seu nome consta em 15 denominações científicas de répteis e anfíbios. Compôs clássicos da música popular brasileira, como Ronda, Volta por cima, Juízo final, Praça Clóvis, Na boca da noite entre outras. Nunca gostou de ir à escola e já confessou que em toda sua vida de estudante “para ser mais sincero, nos quatro anos de primário, cinco de ginásio, dois de pré-médico, seis de medicina e três de Harvard, nunca assisti às aulas com gosto”. Já pensou, se gostasse!
Mesmo assim, impulsionado pelos subornos com presentes dados pelo pai, o engenheiro e professor da Escola Politécnica da USP, Carlos Alberto Vanzolini, concluiu o curso primário no Colégio Rio Branco e o ginásio em escola pública. Se entrasse aí com uma boa colocação, ganharia uma bicicleta. Ganhou e, aos 10 anos, no primeiro passeio, foi até o Instituto Butantan. Ficou apaixonado pelos bichos e alí decidiu o que queria ser quando crescesse. Aos 14 anos, conseguiu um estágio no Instituto Biológico e deu início a profissão de zoólogo. Não queria ser médico, mas o amigo de seu pai, André Dreyfus, criador da genética no Brasil, disse-lhe: “Olhe, se você quiser fazer zoologia de vertebrados, vá para a Faculdade de Medicina onde vai estudar anatomia, histologia, embriologia e fisiologia num curso básico de primeiro nível. O resto você rola com a barriga”.
Em 1942 ingressou na Faculdade de Medicina da USP. Na mesma época sua vida tomou um caminho que não indicava, de modo algum, o futuro cientista. Passou a frequentar as rodas boêmias com os amigos universitários e compor os primeiros sambas. Dois anos após, deixou a casa dos pais, mudou-se para um apartamento no Prédio Martinelli e foi trabalhar com o primo, Henrique Lobo, na Rádio América, num programa comandado por Cacilda Becker. Pouco depois foi convocado para o Exército, interrompeu os estudos, retomou o curso de medicina após dois anos, foi lecionar no Colégio Bandeirantes e começou a trabalhar no Museu de Zoologia. Como se vê, o artista surgiu primeiro que o cientista, que tomou um impulso logo em seguida. Em 1947 foi diplomado médico e, no ano seguinte, casou-se com Ilse, secretária da Reitoria da USP. Mais um ano e o casal embarca para os EUA, onde concluiu o doutorado em Zoologia pela Universidade de Harvard.
Uma vez pronto o cientista, é hora de dar vazão ao artista. Começando pela poesia e por insistência do amigo Geraldo Vidigal, publicou o livro Lira de Paulo Vanzolini, em 1951, pelo Clube de Poesia, reduto boêmio e literário de São Paulo. No mesmo ano compôs o samba-canção Ronda, considerado sua obra-prima musical, que veio a ser gravada, por acaso, em 1953, por Inezita Barroso. Ele e a esposa eram amigos da cantora e acompanharam-na até a o estúdio da RCA Vitor, para realizar sua primeira gravação: “Marvada pinga”. Como ela não tinha escolhido outra música para o lado B do disco de 78 rpm, optou por Ronda naquele instante. O estrondoso sucesso do lado A deixou a samba-canção na penumbra e só veio a ficar conhecido, de fato, e fazer sucesso anos depois na voz da cantora Márcia. Em 1953 foi trabalhar na TV Record, produzindo programas musicais, como o de Araci de Almeida. Fez amizade com muitos cantores e compositores, entre eles Adoniran Barbosa, bom de papo e copo. Os dois planejaram uma parceria musical que nunca aconteceu. Quase sempre compunha sozinho, mas chegou a formar parceria com Toquinho em meados dos anos 1960, pouco antes dele se juntar a Vinicius de Moraes. Frequentador assíduo da casa dos Buarque de Holanda, quando esta família residia no bairro de Pinheiros, foi um dos primeiros a conhecer o compositor Chico Buarque ainda jovem, quando compôs Pedro Pedreiro. Ouviu o samba, observou a letra e exclamou, dirigindo-se à Sérgio, seu pai: “Esse menino é um gênio!”.
Em 1963 foi nomeado diretor do Museu de Zoologia e lançou outro grande sucesso: Volta por cima, gravado por Noite Ilustrada. A música já era conhecida nas boates paulistanas como “o samba do Vanzolini”. Ficou tão conhecida e caiu no gosto do público de tal modo, que a expressão “dar a volta por cima” passou a ser utilizada por todos como “superar uma situação difícil”. Em fins de 1967, Luís Carlos Paraná, compositor e dono da boate “Jogral”, e Marcus Pereira, publicitário e depois dono de uma gravadora, resolveram produzir seu primeiro LP com suas músicas inéditas, conhecidas apenas pelos amigos: “Paulo Vanzolini: onze sambas e uma capoeira”, interpretadas por diversos cantores, entre os quais Chico Buarque. “Jogral” era um celeiro de sambistas em São Paulo, tendo lançado grandes nomes, como Jorge Ben e Martinho da Vila. Como se não bastasse, foi também cantor. Em 1981, o Estúdio Eldorado lançou o LP “Paulo Vanzolini por ele mesmo”
Até aqui tudo bem, mas cadê o cientista? Bem, não é à toa que seu nome denomina 15 espécies de bichos. Ralou bastante para merecer tais homenagens. Além disso, ajudou na criação da FAPESP-Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo, em 1962, na condição de membro do Conselho Superior. Enquanto diretor do Museu de Zoologia, aumentou a coleção de répteis de 1,2 mil para 230 mil exemplares. Em termos científicos p.p. dito, adaptou a “Teoria dos Refúgios” a partir de um trabalho em conjunto com o prof. Aziz Ab’Saber e com o norte-americano Ernest Williams. “Refúgio” foi o nome dado ao fenômeno detectado nas suas expedições pela Amazônia, quando o clima chega ao extremo de liquidar com uma formação vegetal, reduzindo-a a pequenas porções. Assim formam-se espaços vazios no meio da mata fechada. Quando se aposentou em 1993, continuou trabalhando no Museu de Zoologia até pouco antes de falecer. Recusou-se a deixar o trabalho: “É a única coisa de que gosto, a única coisa que sei fazer”. Só parou em 28/4/2013, quando veio a falecer.
As “Escolas de Samba” foram as primeiras a homenageá-lo ainda em vida. A “Mocidade Independente de Padre Miguel” desfilou em 1985 com o tema “Ziriguidum 2001, um carnaval nas estrelas” sobre um imaginário corso de sambistas no espaço sideral, e Vanzolini estava lá. Foi enredo da “Mocidade Alegre”, em 1988, onde foi exaltada sua dupla personalidade de cientista e poeta do samba. Em 2005, foi a vez da “Vai-Vai”, com o enredo “Eu também sou imortal” discorrendo sobre sua atuação no samba e na boêmia de São Paulo. Em 2013, quando soube de seu falecimento, a “Mocidade Alegre”, anunciou seu enredo para o carnaval de 2014, com um tema referente aos 90 anos do boêmio paulista. Foi premiado pela Fundação Guggenheim, em Nova Iorque (2008); condecorado com a Grã-Cruz da Ordem Nacional do Mérito Científico e promovido a Grande Oficial da Ordem do Ipiranga (2010). Em março de 2013, recebeu o Prêmio APCA-Associação Paulista de Críticos de Arte, pelo conjunto da obra. Sua vida foi retratada no cinema em três documentários, dirigidos por Ricardo Dias. Dois sobre o zoólogo e um sobre o sambista: Um homem de moral, lançado em 2009 no 13º Cine Pernambuco.
No seu legado encontram-se, também, uma valiosa contribuição à ciência no livro An annoted bibliography of the land and fresh-water reptiles of South America (1758-1975), em dois volumes, lançado em 1975-77 pelo Museu de Zoologia. Outro legado substancial foi a doação de sua biblioteca com mais de 25 mil livros ao Museu, em 2008. Uma de suas últimas aparições no palco, se deu no Rio de Janeiro em 2003, quando foi lançada sua antologia de 52 sambas numa caixa com quatro CD’s: “Acerto de contas”. As músicas tiveram como intérpretes quase todos seus amigos mais próximos: Paulinho da Viola, Chico Buarque, Elton Medeiros, Carlinhos Vergueiro etc. Na ocasião, seu amigo Ricardo Cravo Albin, elaborou uma série de quatro programas radiofônicos, transmitidos pela Rádio MEC para todo o Brasil, além de uma longa entrevista. Numa de suas últimas entrevistas, foi-lhe perguntado que conselho daria aos novos cientistas. Sua resposta foi concisa: “O primeiro conselho é que não sigam os conselhos de ninguém e que se apliquem e façam bem feito e com amor o seu serviço”.



quinta-feira, 25 de abril de 2019

Edifício Esther

Praça da República

Em 1933, quando a cidade ultrapassou a marca de um milhão de habitantes, um considerável número de edifícios verticais passaram a ser construídos, em decorrência da expansão demográfica urbana e verticalização em massa entre os anos 30 e 40, o elevado preço dos aluguéis e valorização da terra na região do centro expandido marcaram transformações no quadro residencial e urbano.

Projetado pelos arquitetos Álvaro Vital Brazil (1909 - 1997), então com apenas vinte e seis anos e Adhemar Marinho (1909-), em 1936 e inaugurado em 1938, foi construído para ser a nova sede do escritório da Usina de Açúcar Esther, originalmente sediada em Cosmópolis, no interior de São Paulo. 

O industrial Paulo de Almeida Nogueira, dono da empresa, queria um prédio que fosse capaz de acomodar diferentes departamentos da administração da companhia além de unidades residenciais.
Com a edificação desta construção moderna na capital do estado de São Paulo, a família Nogueira pretendia destacar sua importância na economia estadual.
Um marco da arquitetura no Brasil e é considerado um dos mais conhecidos e importantes edifícios de São Paulo. 

Primeiro de uso misto, combinando unidades residenciais e comerciais na mesma torre com onze andares e dez mil metros quadrados de área construída, abrigando cento e três escritórios, apartamentos simples e duplex e um restaurante em seu terraço.

O Edifício Esther, e composto de salas comerciais de diferentes tamanhos, capazes de abrigar diferentes profissionais de carreiras distintas e salas que pudessem também acomodar o escritório da Usina de Açúcar Esther, contabilidade e salas de superintendência, diretoria, presidência e sala de reuniões, e  também apartamentos que ocupavam os demais andares do edifício, com no máximo dez pavimentos.

Mário de Andrade, no ano de 1943 em um artigo para O Estado de São Paulo, retrata o edifício como um dos grandes exemplos da nova arquitetura em desenvolvimento no Brasil em confrontação ao neocolonial.

Sua construção fez surgir duas novas vias: as ruas Gabus Mendes e Basílio da Gama, contribuindo, também, para as edificações que o sucederam nas ruas Sete de Abril, Marconi e Avenida Ipiranga.
Logo passou a ser frequentado pela alta sociedade paulistana. As unidades comerciais foram tomadas por advogados, contadores e engenheiros, enquanto as residenciais recebiam boêmios, artistas e intelectuais.
A construção abrigou a primeira sede do Instituto de Arquitetos do Brasil, o Clube dos Artistas e Amigos da Arte, e considerável parcela de pintores, escultores, arquitetos e literatos.
Nele moraram Di Cavalcanti e o lendário jornalista e cronista social Marcelino de Carvalho, o arquiteto modernista Rino Levi também teve lá seu escritório. 
Nos anos 50, a efervescente boate Oásis, localizada no subsolo, aglutinava intelectuais. O jornalista Assis Chateaubriand era um dos frequentadores assíduos e foi em reuniões no subsolo do Esther que idealizaram o Museu de Arte Moderna de São Paulo.
Atualmente o Edifício abriga escritórios de contabilidade e de arquitetura liderado por Alvaro Puntoni um profissional premiado no Sebrae São Paulo, e conta com um restaurante, além de uma mesquita muçulmana também localizada no prédio.
O industrial Paulo de Almeida Nogueira concebeu um "concurso fechado",vários arquitetos inscreveram seus projetos arquitetônicos baseados na Ideia primordial do proprietário.
Em 1934 o projeto dos arquitetos Álvaro Vital Brazil e Adhemar Marinho, foi o escolhido, acredita-se que tenham sido os escolhidos a partir do fator econômico: o escritório vencedor apresentou o orçamento geral referente ao preço final da obra estimado em cinco mil e quinhentos contos de réis.
O projeto um grande paralelepípedo com janelas horizontais, cilindros agregados às faces menores e uma marquise que contorna toda a edificação, as faixas de vidrolite preto existentes no predio não existiam no anteprojeto.
Em 1965, a Usina açucareira, para evitar gastos, mudou seu endereço de volta para o interior do estado de São Paulo. A família Nogueira deixou de fazer a manutenção do edifício e todas as unidades foram vendidas.
Nos anos 1970 houve a descaracterização do edifício, que passou a ser ocupado como cortiço, em volta dele foram colocadas grades para impedir a invasão de moradores de rua.
Quase foi demolido nos anos 80, mas devido à sua importância histórica e arquitetônica, o Edifício Esther foi, em 1988, tombado pelo CONDEPHAAT
Em agosto de 2016 chef de cozinha francês Olivier Anquier que havia residido na cobertura  se interessou pelo espaço e se uniu com seu irmão Pierre e o chef Benoit Maturin, também francês, para restaurar o ambiente, construindo um restaurante, o Esther Rooftop,  Há outro restaurante no 2° andar, com capacidade para 150 pessoas. 
Sua localização é significativa, integrado à histórica Praça da República, vizinho do edifício do Instituto de Educação Caetano de Campos (hoje sede da Secretaria Estadual de Educação) e construções projetadas por Rino Levi e Oscar Niemeyer.
Fonte wikipedia archdaily.com
Fotos: Vincent Bevins ArchDaily





O arquiteto Álvaro Vital Brazil (1909 - 1997) Foto cedida por, Daniel Migotto Certeza




sexta-feira, 5 de abril de 2019

Parque da Juventude

Dom Paulo Evaristo Arns

Avenidas Cruzeiro do Sul, 2630; General Ataliba Leonel, 500 e Zaki Narchi, 1309.

Complexo cultural, recreativo e esportivo localizado na Zona Norte de São Paulo.
Com uma área total de 240.000 m², com um "pedacinho" de Mata Atlântica com 16.000 m² na área central, foi inaugurado em setembro de 2003.
Construído no local onde estava implantado o antigo Complexo Penitenciário do Carandiru, conhecido como "Casa de Detenção" local historicamente marcado por degradação urbana e violência, é composto de três grandes espaços 
(correspondendo as três fases de implantação).
O 1º: Área Esportiva, é de caráter recreativo-esportivo, com quadras poliesportivas, espaços para prática de skate e patins, pistas de cooper, entre outros.
2º: Área Central, recreativo-contemplativo, com trilhas, caminhos ajardinados, passarelas, entre outros elementos que remetem mais à ideia tradicional de "parque". 
3º: Área Institucional, e cultural, onde estão localizadas as Etecs (Escolas Técnicas), com cursos regulares de enfermagem, informática, música, canto, entre outros, e a Biblioteca de São Paulo, de responsabilidade da Secretaria da Cultura.
Governo do Estado para livrar o local do estigma de violência, num ato simbólico, considerou que a construção de um parque cultural, mais durante a apresentação da proposta do projeto, houve diversas críticas de especialistas em planejamento urbano e em políticas públicas referente ao papel que o parque terá no processo de especulação imobiliária da região.
Governo do Estado promoveu um concurso público para escolha do projeto arquitetônico para o Centro Cultural e o parque, que foi vencido escritório do arquiteto Gian Carlo Gasperini, com o a proposta paisagística do escritório da arquiteta-paisagista Rosa Grena Kliass, e a construção ficou a cargo da empresa de engenharia e incorporação Kallas.
fonte: areasverdesdascidades wikipedia
fotos: Peter Louiz ArchDaily TripAdvisor







sexta-feira, 29 de março de 2019

Non Ducor Duco

A História Do Brasão Da Cidade De São Paulo.


O prefeito da nossa cidade, Washington Luísno ano de 1916 organizou um concurso para a criação do brasão municipal.
E criou uma comissão de influentes intelectuais da época: Dr. Carlos de Campos (Senador estadual e depois Governador do Estado), Monsenhor Dr. Benedito de Souza (Arcebispo), Dr. Eduardo Aguiar de Andrada (Engenheiro), Mario Vilares Barbosa (Pintor) e Nestor Rangel Pestana (Jornalista). após a primeira fase nenhum trabalho foi escolhido, o pintor Mario Vilares Barbosa, foi substituído pelo pintor Benedicto Calixto de Jesus.
Apos a reabertura do concurso diversos trabalhos foram apresentados sendo o escolhido o inscrito sob o numero 7 de autoria do  do poeta Guilherme de Almeida e de José Wasth Rodrigues, que depois de sofrer algumas alterações e foi oficializado em 8 de março de 1917.

No ano de 1933, uma modificação foi proposta pelos autores do nosso belo brasão: a inclusão de uma espada empunhada pelo braço armado. 
Segundo Wasth Rodrigues a espada simbolizava "São Paulo Apóstolo", "D. Pedro I" e o valor militar paulista.

Durante o governo que ficou conhecido como Estado Novo, o uso de brasoes poe estados e municípios, foi proibido pelo governo federal, tendo sido restabelecido em 1947,  pela Lei Municipal 3 671, de 9 de dezembro de 1947.O descrição do brasão foi alterada pela primeira vez pela lei municipal 8 129, de 2 de outubro de 1974, que acrescentou à descrição oito torres em relação às quatro originais, assim como duas janelas.
Em 1986 foi redesenhado e re-estilizado para correção de uma falha em termos de leis internacionais de heráldica e instituído em 6 de março de 1987
O erro estava na utilização da cor vermelha (goles) nas portas das torres, em detrimento do correto, que seria a cor preta. Não se utiliza de forma alguma cor vermelha como a que estava representada no  desenho. É uma simples "licença artística", adotada, sugerindo portas abertas, sinal de espírito acolhedor do cidadão do município. Nem mesmo essa orientação é correta, pois a representação de portas abertas em heráldica é a cor branca, e não a vermelha.
Na peça coroa-mural somente é utilizado o preto, símbolo de portas "fechadas". Nenhuma outra cor é correta, valendo tal orientação para qualquer outro município brasileiro.
As correções tiveram participação O erro está na utilização da cor vermelha (goles) nas portas das torres, em detrimento do correto, que seria a cor preta (sable). Não se utiliza de forma alguma cor vermelha como a que está representada no atual desenho. É uma simples "licença artística", adotada, sugerindo portas abertas, sinal de espírito acolhedor do cidadão do município. Nem mesmo essa orientação é correta, pois a representação de portas abertas em heráldica é a cor branca, e não a vermelha.
Na peça coroa-mural somente é utilizado o preto, símbolo de portas "fechadas". Nenhuma outra cor é correta, valendo tal orientação para qualquer outro município brasileiro.
As correções tiveram participação da Sociedade Brasileira de Heráldica.
Descrição: 
Escudo português, de goles, com um braço destro armado, movente do flanco sinistro, empunhando um pendão de quatro pontas farpadas, carregado de uma cruz de goles, aberta, da Ordem de Cristo, içada em haste lanceada em acha d'armas, tudo de prata. O Escudo é encimado de coroa mural de ouro, de oito torres, suas portas abertas de goles.
Suporte: 
Dois ramos de cafeeiro, folhados e frutados ao natural.
Lema: 
Latim: "NON DUCOR DUCO" ("Não sou conduzido, conduzo"), no listel de goles.
Embora corrigida em 1986, para se adequar as leis internacionais e a orientação da Sociedade Brasileira de Heráldica, a Prefeitura Municipal de São Paulo continua a usar a versão de 1974.
Fontes: saopauloinfoco wikipedia
Fotos: saopauloinfoco Srfortes Rafazmr


quarta-feira, 27 de março de 2019

Parque Cemucam

Centro Municipal de Campismo


Uparque pertencente à Prefeitura de São Paulo, mas situado fora da área do município. 
Localizado no município de Cotia mas de propriedade da Cidade de São Paulo e administrado pela Secretaria Municipal do Verde e Meio Ambiente da capital.
É um parque da cidade, uma opção para passeios, churrascos ou piqueniques, caminhadas, lazer contemplativo e descanso.
O Cemucam foi criado em 1968 com a finalidade de divulgar o campismo e atender aos escoteiros, em sua área de 904.7 mil m², são encontrados aproximadamente 120 espécies de fauna, incluindo oito de borboletas, cinco de répteis, 92 de aves e 11 de mamíferos. 
Habitats de espécies endêmicas deste bioma, bem como as ameaçadas de extinção - gavião-pega-macaco, araponga e cuíca "catita" (pequeno marsupial). Pica-paus, pombos silvestres, papagaios e periquitos, beija-flores, sabiás, papa-moscas (tiranídeos, pássaros da família do bem-te-vi), sanhaçus, saíras e saís. 
Reúne espécies com grande apelo ao observador de aves como cuiú-cuiú, tucano-de-bico-verde, joão-bobo, joão-barbudo, jacuaçu e, claro, as aves ameaçadas supracitadas. 
Ratos silvestres, caxinguelês, tapitis e cuícas são exemplos de mamíferos registrados. 
Há borboletas como a borboleta imperador turquesa com listras de tons topázio azul e safira sobre um fundo preto.
vegetação remanescentes de Mata Atlântica, eucaliptal, bosques heterogêneos, gramados e o Viveiro Harry Blossfeld, em uma área de 665.000 m² que produz espécies arbóreas e palmeiras para uso em São Paulo. 
Encontram-se espécies como açoita-cavalo-do-cerrado, angico, caá-açu, capixingui, cedro-rosa, embiruçu, fedegoso, guapuruvu, ingá-ferradura e jacarandá-paulista. Foram registradas 256 espécies, das quais a favinha-branca, a guabiroba-do-mato e o pau-brasil estão ameaçados.
O parque conta com estacionamento, quiosques com churrasqueiras, mesas, bancos, sanitários, bebedouros, campo de futebol, quadra poliesportiva, circuito de mountain bike, paraciclos, pista de Cooper, pista de caminhada, trilhas, playgrounds, gramado para piquenique e bosque.
O ex prefeito de São Paulo propôs doar o parque a cidade de Cotia no dia de 16 abril de 2013, mas no dia 1º de outubro de 2013, na Câmara Municipal de São Paulo, foi realizada uma audiência pública para discussão do projeto de doação da área e os Vereadores presentes à audiência se manifestaram contrários à doação, assim como representantes de movimentos sociais, como Movimento em Defesa da Granja Viana), Transition Towns Granja Viana e a Rede Nossa São Paulo - segundo os quais o município de Cotia não teria condições de manter o parque.
fonte: Wikipedia 
prefeitura.sp
fotos: Victor de Andrade Lopes Google.







domingo, 24 de março de 2019

Igreja Nossa Senhora da Boa Morte

ou Igreja da Boa Morte da Virgem Maria
Rua do Carmo, 202 Se.


Em 25 de fevereiro de 1802 a Irmandade da Nossa Senhora da Boa Morte que foi fundada em 16 de janeiro de 1728 do berço jesuíta de São Paulo, o Páteo do Colégio (Seu nome original era Irmandade dos Homens Pardos de Nossa Senhora da Boa Morte que tinha a característica de aceitar membros de todas as etnias, o que era estranho para a época), solicitou ao D. Mateus de Abreu Pereira, então bispo de São Paulo, permissão para a construção de uma igreja própria no largo de São Gonçalo, hoje, Praça João Mendes.

No mesmo dia dia o Bispo concedeu autorização mas não no local solicitado e com as condições que deveriam ser observadas: o lugar deveria ser alto, livre de umidade e longe de casas residenciais.

No més de julho ou agosto do mesmo ano, conseguiram adquirir do Senhor Joaquim de Souza Ferreira, por 112$000 (cento e doze mil réis) o terreno na Rua do Carmo, 202, nas vizinhanças da Praça da Sé.

E ali foi erguida a igreja com recursos próprios da irmandade e após oito anos de obras, o templo foi inaugurado em 25 de julho de 1810, quando foram transladadas as imagens do Convento do Carmo para a nova Igreja.

Localizada no outeiro da Tabatinguera, dominava toda a entrada daqueles que vinham do Ipiranga em direção à cidade, tornando-se conhecida como a "igreja das boas notícias",

Passou por reformas de 18 de setembro de 1871 a 22 de novembro de 1873, quando foi remodelada sua torre, um novo período de reformas que durou mais de três anos, iniciado em 2006, a igreja foi reaberta 12 de julho de 2009, e junto a esse  projeto foi realizado um restauro das imagens que estão na igreja, entre uma delas, o "Cristo prisioneiro".

Em 30/04/1970 Pedro Cardoso Pita, chamado de provedor da Irmandade solicita ao  CONDEPHAAT o tombamento do prédio, apos essa atitude Pita foi expulso da irmandade e ninguém foi eleito para substitui-lo, e o arcebispo nomeou um “interventor”, Monsenhor Manoel Salvador de Carvalho Neves, depois de disputa judicial o posse da igreja ficou com a Cúria Metropolitana.

O tombamento foi finalmente formalizado em 26 de março de 1974, incluindo Igreja, salão de festas interno e a casa paroquial.

A Igreja da Nossa Senhora da Boa Morte é de estilo barroco-colonial, com paredes de taipa de pilão e telhado de madeira, bem simples, não ostenta tanto quanto suas vizinhas de construção da época. Diversos itens foram trazidos de Portugal, como santos e imagens de Nossa Senhora.

O Projeto de restauração, de autoria do arquiteto restaurador Olympio Augusto Ribeiro, foi desenvolvido entre 2003 e 2006, e visou resgatar a unidade estilística e arquitetônica do conjunto, sanando graves problemas de infiltração e estruturais, além da revisão de todo o sistema elétrico e hidráulico, capacitando-a para os usos atuais, inclusive dentro do conceito de auto-sustentabilidade. A igreja havia sofrido sérias mutilações, principalmente em seu altar-mor e seus revestimentos decorativos. Os levantamentos executados 'in loco', os estudos e as pesquisas históricas permitiram resgatar as características arquitetônicas e artísticas essenciais, consolidadas até a primeira década do Século XX, apresentando-se após o restauro com deve ter sido em meados da década de 1910. As obras custaram 6,5 milhões de reais e duraram três anos, sendo a Igreja reinaugurada em julho de 2009 e assumida pela Aliança da Misericórdia, associação focada na população carente.
Fonte: wikipedia, arquisp.org.
Fotos: Amanda Saviano infopatrimonio. ieccmemorias São Paulo Antiga São Paulo Passado SlidePlayer




sábado, 2 de março de 2019

Rua Sete de Abril

Começa na Rua da Consolação, exatamente no local onde a Rua Xavier de Toledo muda seu nome para Rua da Consolação.

O Governador da Capitania de São Paulo, Capitão General Bernardo José de Lorena, entre os anos de 1786 e 1798, responsável pelo calçamento de diversas ruas na areá central da cidade, durante a reconstrução de uma pequena ponte sobre o ribeirão Anhangabaú, na região do Piques, (atual Ladeira da Memória), que ficou conhecida como a Ponte do Lorena, resolve abrir uma rua em continuação a ponte e deu o nome de Rua Nova da Ponte do Lorena.Mas população a chamava de Rua da Palha, por causa das casas de sapé que existiam por lá, feitas com telhados de palha, pratica comum em áreas rurais.No dia 4 de maio de 1831 o vereador Cândido Gonçalves Gomide sugere a mudança do nome da Rua do Rosário (atual XV de Novembro) para 7 de abril para, homenagear o dia em que o imperador D. Pedro I abdicou o trono brasileiro naquele dia do mesmo ano, a mudança não foi aceita mais alguns anos depois em 8 de maio de 1873, o vereador Alves Pereira propõem a mudança de Rua da Palha para Rua 7 de Abril, porque ela seguia para o largo de mesmo nome (atual Praça da República), desta vez aprovada.
          fonte: spcuriosos.fotos: scielo. Pinterest Mapio