Casa do Caxingui
Praça Ênio Barbato I, s/n
A data da construção da Casa do Sertanista é desconhecida,embora em algumas telhas tenha marcado o ano de 1843, o escritor e arquiteto Luiz Sala em seu livro "Morada Paulista", publicado em 1972 pela Editora Perspectiva , na pagina 66 diz que ela corresponderia a uma residência rural de fazendeiros mais ricos da região e anterior a essa data.
Seus primeiros proprietários são desconhecidos, mas existem rumores que tenha pertencido ao Padre Belchior de Pontes, mas somente a partir de 1917 e que existem documentos que dizem pertencer a Alberto Christie, que vendeu a Alberto Penteado com 22 alqueires de terras, e que seu filho Carlos Alberto de A. Prado a vendeu em 1937 para a Cia. City de Melhoramentos, que separou uma pequena área e doou para a prefeitura em 1958, que iniciou a restauração só concluída em 1970 quando foi ali instalado o "Museu do Sertanista", voltado essencialmente para a cultura indígena.
A casa abrigou diversos museus durante os anos seguintes, em 1983 o imóvel foi reconhecido como patrimônio histórico da cidade, e tombado pelo Condephaat em 15/12/1983, dada a sua importância arquitetônica, cultural e histórica, considerado como de interesse público, integrando o Museu da Cidade de São Paulo.
A construção do original da residência foi feita de taipa paulista apresenta uma característica única, em que a parede é construída a partir da própria terra uma mistura de argila, excremento de gado e seixos.
Para evitar a umidade natural do solo, as pinturas das paredes eram feitas de "tabatinga", composto argiloso formado a partir de uma mistura singular de materiais encontrados no fundo de lagoas misturados com a água salgada do mar, formando uma barreira branca como a cal.
A casa remonta a época das elites do café e sua toda a sua herança colonial, assim como outros patrimônios localizados na região, que é o Sítio da Ressaca, Sítio Santa Luzia, Sítio Itaim, a Casa do Bandeirante e o Sítio do Capão.
Dessa forma, a Casa do Caxingui ou Sertanista serve como mais um objeto de estudo arquitetônico para que os estudiosos tenham acesso à construções da época dos bandeirantes em São Paulo, restaurar a memória destes imóveis foi uma forma de reacender a memória cultural da cidade, buscando recuperar a vida cotidiana e dos bairros da cidade para que a população obtenha um panorama geral da época e compreenda as raízes da cidade.
fontes: cultura.sp. wikipedia
fotos: cultura.sp. Heloísa Barrense
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