Cemitério dos Protestantes
Rua Sergipe, 177, bairro da Consolação.
O poder da Igreja católica na cidade de São Paulo nos anos 20 do século XIX era extremamente forte, visto que o catolicismo era a religião oficial do país segundo a Constituição de 1824, e desde a fundação da cidade, os sepultamentos eram realizados em criptas sobre as Igrejas ou em seus arredores.
A população era, entretanto, crescente e havia muitos estrangeiros de tradição não-católica que precisavam ser enterrados, e não havia um local digno de sepultamento para imigrantes de outras religiões
Em 1841 Julios Frank, jurista e professor da faculdade de direito do largo São Francisco, faleceu.
E seu sepultamento foi negado pela curia pelo fato de ele ser luterano, os estudantes se mobilizaram e conseguiram que o seu sepultamento fosse realizado nos pátios internos da faculdade.
Já em 1828 D. Pedro I havia determinado que se construíssem cemitérios a céu aberto e que não houvesse segregação de protestantes, mas essa medida levou décadas para ser implementada.
Em 1844, Henrich Henrichsen faz um pedido à câmara da cidade de São Paulo e cemitério dos Protestantes foi então criado, e instalado na Rua São Caetano, com frente para o Campo da Luz, dividido em dois terrenos, um destinado a estrangeiros católicos e outro a estrangeiros não católicos, foi conhecido como, "Cemitério dos Estrangeiros", "Cemitério dos alemães", "Cemitério dos Protestantes" ou "Cemitério da Luz".
Ao mesmo tempo foi criada a Acempro(Associação Cemitério dos Protestantes), cuja função era cuidar dos interesses administrativos do cemitério, responsáveis por esse acontecimento são especialmente René Vanorden e Gustavo Knochblauch.
Em 1855 o terreno foi desapropriado para a construção da Avenida Tiradentes e o cemitério transferido para a Rua Sergipe.
O Dr. Carlos Frederico Rath, foi designado para projetar um cemitério no bairro da Consolação que depois de pronto foi unido aos Cemitério Católico da Ordem Terceira do Carmo e o Cemitério dos Protestantes, com administração distintas.
Carlos Rath foi sepultado em 1876 no próprio cemitério por ele idealizado e faz parte de uma grande lista de ilustres estrangeiros que foram sepultados no Cemitério dos Protestantes, como:
Ashben Green Simoton e José Manuel da Conceição. Ashben foi um missionário americano que criou a Igreja Presbiteriana do Brasil e José foi um ex-sacerdote católico que se converteu ao protestantismo e ingressou na igreja criada por Ashben Simonton.
E ainda Anita Malfati, Broder August Sönksen (da chocolates Sönksen), Charles Miller, Eduardo Carlos Pereira de Magalhães (fundador da Igreja Presbiteriana Independente), Guilherme Wieman e outros.
E considerado um dos mais bem cuidado da cidade.
Fonte: wikipedia
Fonte: wikipedia
Fotos: homenagemfunebre Portal Teologia & Missões
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