quarta-feira, 7 de junho de 2017

Casarão da Vila Fortunata

Avenida Paulista, 1919, esquina da rua Jundiahy, hoje Rocha Azevedo.

Construída em 1903, pelo arquiteto Augusto Fried, para Alexandre Honoré Marie Thiollier, proprietário da primeira livraria de São Paulo, a Casa Garroux, para ser  utilizada como casa de campo, pois a família morava no Centro, na rua XV de Novembro, onde hoje encontra-se o Restaurante Bovinos.
Alexandre com sérios problemas de saúde, mudou-se para a Europa para tratamento e alugou sua casa para a família Burle Marx, onde em 4 de agosto de1909, nasceria o renomado paisagista Roberto Burle Marx.
Em 1912, o pai de Roberto Burle Marx que possuía um curtume em São Paulo, faliu e mudou-se com a família para o Rio de Janeiro.
Alexandre Honoré Marie Thiollier faleceu em Paris em 1913, e segundo seu desejo, foi trazido para ser sepultado no Cemitério da Consolação
Em 1913, seu filho René Thiollier passou a residir no casarão, no qual promovia jantares e saraus, e seus convidados eram renomados artistas e intelectuais como Mário de AndradeOswald de AndradeAnita MalfattiPaulo PradoGraça Aranha, Guilherme de AlmeidaMonteiro Lobato, e sua grande amiga, Tarsila do Amaral, que ilustrou o livro,  A Louca do do Juquery, de René Thiollier,  editado por Vieira Pontes & Cia, Livraria Teixeira. 
Foi  René Thiollier, Graça Aranha e Paulo Prado que viriam a organizar a Semana de Arte Moderna (embora muitos pensem que foi organizada por Mario de Andrade) e foi em sua casa que foram planejados todos os detalhes da Semana de 1922, foi quem alugou o Teatro Municipal para o evento que seria um marco na historia do Brasil.
Em 1972, o casarão foi demolido, terreno pertenceu, ainda, ao Banerj (Banco do Estado do Rio de Janeiro) - abrigando um estacionamento - e, em 1992, foi tombado pelo Conpresp, devido à representativa área verde e também pelo Condephaat.
A área verde somente foi mantida porque o filho de René Thiollier, Alexandre Honoré Marie Thiollier, advogado, incluiu na escritura de venda e compra do imóvel uma cláusula contratual proibindo o desmatamento do bosque ali existente. 
 Alexandre, já na velhice, cedeu para seus filhos Alexandre Honoré Marie Thiollier Filho e Marcelo Thiollier os direitos sobre tal cláusula restritiva a fim de que ambos tivessem os instrumentos jurídicos para evitar o desmatamento da área, que pela iniciativa privada, quer pelo poder público. Fatos descritos nos Anais da Academia Paulista de Letras, e por Marcelo Thiollier, neto de René Thiollier.
A Prefeitura de São Paulo, em 2008 sob os protestos da comunidade literária e artística de São Paulo construiu no local o "Parque Prefeito Mario Covas", mas existe projeto para que o nome da praça seja alterado para "Praça René Thiollier.
fontes: wikipedia cultura.sp
fotos: .slideshare SkyscraperCity googlemaps




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