segunda-feira, 12 de junho de 2017

Rio Tiete

Paris tem o Sena, Viena tem o Danúbio, Londres tem o Tâmisa e Praga tem o Moldava, rios que são partes das cidades, usados para o laser, para passeios turísticos e como via de transporte 
Suas águas não são potáveis mas ainda e água, suas margens proporcionam belos passeios a pé. 
Em São Paulo, no início do século passado, fotos do Tietê mostram passeios de barco, regatas esportivas e ilhas com equipamentos de lazer.
Hoje o cenário do rio que e o principal da cidade, e triste de se ver, e um esgoto a céu aberto o mau cheiro e insuportável, muito pouco se tem feito para mudar essa realidade.
Nos anos finais do século XIX, a criação de gado e suínos, sobretudo nas regiões de Mogi das Cruzes, São Miguel e Guarulhos, os resíduos provenientes da criação eram jogados diretamente nas águas do Tietê, juntando-se a resíduos da mineração de argila e areia que ocorria indiscriminadamente pela várzea e ainda  resíduos de inúmeros fornos  de telhas e tijolos, no início do século XX, quando este começou a receber sistematicamente os resíduos sólidos e líquidos da cidade de São Paulo, o Tietê tornou-se o destino final do esgoto, que era jogado, sem tratamento, em suas águas.
E recebe  ainda os dejetos trazidos pelos rios Tamanduateí, Anhangabaú, Aricanduva, Cabuçu, e seus afluentes. 
Ainda no começo do seculo XX nas suas margens se lavavam roupa, existiam os banhos públicos, se improvisavam campos de folguedos para as crianças, e  os estudantes realizavam ruidosas serenatas à luz do luar.
Essas atividades deixaram de ocorrer devido à instalação de fábricas entre o bairro da Penha e a cidade de Mogi das Cruzes, que alem de poluírem o rio aumentaram em muito a população ribeirinha com o loteamento de antigas chácaras e fazendas da região.
Já na passagem para o século 20, aparecem as primeiras propostas de modificar o sinuoso trajeto do rio Tietê entre o que hoje é o município de Osasco e o bairro da Penha, tornando-o mais reto, para evitar as enchentes que já atingiam suas várzeas especialmente no Bom Retiro e Pari, e também essas várzeas serviam de depósitos de lixo.
Também nesse período foram instalados os primeiros serviços de saneamento da capital nos bairros de Higienópolis e Campos Elísios que desaguavam seus rejeitos no Tiete.
Em 1923, foi criada a Comissão Melhoramentos do Rio Tietê, chefiada por Francisco Rodrigues Saturnino Brito, seus estudos estabeleceram que a retificação encurtaria o rio em cerca de 20 quilômetros, dos 46 quilômetros para cerca de 25, sobrariam cerca de 25 milhões de metros quadrados de superfície, que além de avenidas marginais, e a formação de dois lagos, para a contenção de eventuais excedentes de águas, previa uma ilha na altura da Ponte Grande e a destinação de 30% do território das várzeas a parques, segundo seu relatório, ainda restaria 17 milhões de metros quadrados para construções.
Mas com a eleição de Pires do Rio Saturnino foi substituído por João Florence de Ulhôa Cintra o projeto primeiro sofreu varias alterações e depois foi abandonado, em 1937 Ulhoa Cintra apresenta novo projeto, e finalmente em 1942 a retificação e iniciada, mas os lagos e a ilha foram descartadas assim como os parques.
O jornal O Estado de São Paulo de 1941 que celebrava a obra como “notável” e merecedora de toda a “boa vontade” da população, mas a retificação só ficaria pronta na década de 1960 e as marginais entregue em trechos entre 1950 e 1970.
fontes: nexojornal revista.ufal uol.
fotos: karlacunha jws uol. pinimg. glbimg corinthians wordpress tele-fe


início do século 20 Pastor Odilon Farias, realiza um batismo em pleno Rio Tietê, nas proximidades da Lapa e Pompeia.

Aproximo ao Corinthians


altura-do-Aricanduva


Próximo a Penha.





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