segunda-feira, 8 de maio de 2017

Plano Integrado de Transportes
São Paulo Light & Power

Projeto do urbanista canadense Norman Wilson, encomendado pela São Paulo Light & Power em  1924,  que propunha uma rede de trens de alta velocidade, integrada com uma rede de bondes e a construção deveria ter iniciado em 1927.
Esse sistema existe hoje em cidades europeias e funciona muito bem.
"A proposta incluía trilhos que passavam debaixo do Largo São Bento e linhas (subterrâneas ou de superfície) que iriam nas direções sudoeste (pela Nove de Julho até o Jardim América), leste (ao longo da avenida Celso Garcia) e sudeste (seguindo o Tamanduateí até o Ipiranga). 
Para a Light, era essencial que a cidade dispusesse de transporte rápido sobre trilhos antes de chegar à marca dos 800 mil habitantes". (https://www.nexojornal.com.br/especial/2016/01/24/São-Paulo-A-cidade-que-não-coube-nos-planos)


Light  publicou  nos jornais um comunicado assinado por seu superintendente, Edgard de Souza, explicando o projeto, o artigo e muito longo, publico abaixo parte do texto.
"O Viaducto do Chá figurará no plano de remodelação proposto pela Light, destinado como está a representar importante papel no serviço de transformação da rêde de viação. Será substituído por outro, em condições de dar passagem desafogada a dois trafegos differentes: o de automoveis e o de bondes, em linhas quadruplas em taboleiro inferior construido sob as suas arcadas. É desse ponto que partirá a linha que, penetrando em subterraneo na rua Xavier de Toledo, ligar-se-á [à] de alta velocidade em direcção sul”.

Mas, a Light encontrou pela frente Prestes Maia, que era contra a concessões a empresas estrangeiras, e estava também preparando um modelo de desenvolvimento para a metrópole, baseado na construção de grandes avenidas. 
E a cidade que ate ali era pensada em exemplos europeus, passou a ser influenciada pela cultura norte americana pelo cinema, com a glamorização do automóvel.
"As cidades planejadas para o transporte individual motorizado, em todo o mundo, entraram em colapso em poucas décadas, enquanto isso, as cidades baseadas no transporte coletivo de alta capacidade (como os trens), mesmo quando concentram grandes escalas populacionais (como Londres), sustentam-se muito melhor enquanto solução de mobilidade urbana, mesmo com sistemas muito anteriores ao advento do automóvel. Curiosamente, as principais cidades que se utilizam destes sistemas são as europeias, origem de nossa tradição urbana".(Ricardo Trevisan)
fontes e fotos: nexojornal. ricardotrevisan




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