Campos Elísios
Foi o primeiro bairro planejado da cidade, onde se fixaram vários dos antigos e abastados fazendeiros do café.O bairro dos Campos Elísios foi idealizado pelos empresários, o suíço Frederico Glete e o alemão Victor Nothmann, que adquiriram antiga chácara e a lotearam em 1878.
A localização era privilegiada: no Distrito de Santa Cecília, região central, próximo da estação de trem inaugurada no mesmo ano, a atual Estação Júlio Prestes, e não muito longe do centro da cidade e também do principal hospital da cidade a Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo.
No início do século XX, os Campos Elísios eram um bairro elegante, abrigando as mansões e palacetes dos barões do café e a residência oficial do Presidente do Estado de São Paulo (atual governador do Estado): o Palácio dos Campos Elísios, localizado na antiga Alameda dos Bambus atual, Avenida Rio Branco, uma de suas vias mais importantes.
O Liceu Coração de Jesus, renomada instituição pedagógica também se instalou na área em 1885.
A debandada da elite remanescente para os "novos bairros" como Higienópolis e região da Avenida Paulista e para os bairros construídos pela Cia City, Jardins, Pacaembu, Alto da Lapa e Alto de Pinheiros se deu por conta da crescente ocupação das áreas da várzea do Rio Tietê (Barra Funda e Bom Retiro) pela população operária, que passou a usar os Campos Elíseos como rota para alcançar o Centro e frequentar os equipamentos públicos como o Jardim da Luz e praças.
A partir dos anos 30, os Campos Elísios com as dificuldades dos cafeicultores, e seus herdeiros que repartiam as heranças, e que optaram por mudarem para novos bairros, muitos casarões e mansões foram demolidos, cedendo espaço a prédios de apartamentos.
Outros continuaram de pé, sendo alugados e sublocados, transformando-se em pensões, cortiços e moradias coletivas precárias.
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