sexta-feira, 3 de fevereiro de 2017

Escola Profissional Feminina

ETEC Carlos de Campos

Rua Monsenhor Andrade, 798 - Brás
Em 28 de Setembro de 1911 foi publicado o Decreto nº 2118-B, criando as duas primeiras escolas profissionais da Capital: a Escola Profissional Feminina e a Escola Profissional Masculina, ambas no Brás, bairro que vivia um período de intensa atividade fabril e comercial, com grande concentração de operários e imigrantes.
Iniciou suas atividades em 11/12/1911 para contribuir para a qualificação de mão de obra, especialmente do setor fabril.
As alunas recebiam aulas de Português, Aritmética, Geografia e Desenho Geométrico, e outras disciplinas, e aulas práticas nas oficinas, a mais procurada era a de Confecção, que fornecia aulas de costura, Rendas, Bordados, Flores e Chapéus.
As alunas deveriam ter mais de 12 anos e possuíssem o diploma do grupo escolar ou conhecimentos equivalentes, em sua maioria eram filhas de trabalhadores e de imigrantes principalmente italianos.
Até 1930 não existiam professores formados especialmente para ministrar aulas nas escolas profissionais e as aulas eram ministradas por senhoras da alta sociedade paulistana, que dominavam certas artes e ofícios para os quais a escola oferecia habilitação.
Em 1931, foi criado o primeiro Curso Normal na Escola Profissional Feminina, para formar professoras para o magistério profissional feminino, sendo escolhidas as alunas que tinham melhor desempenho no curso profissional.
A Escola Profissional Feminina instalada, num antigo sobrado na rua Monsenhor de Andrade, adquirido em 1911  já demolido, onde anteriormente funcionava o Colégio Azevedo Soares, mas na década de 1920 apos muitas criticas o governo resolve construir novo prédio para a escola, de acordo com os “preceitos de higiene, harmonia e beleza”, em 1930, foi entregue a primeira etapa da construção, sendo que a segunda nunca foi concluída, onde funciona ate hoje.
A escola ofereceu em diferentes momentos, os seguintes cursos: Vocacional; Educação Doméstica; Aperfeiçoamento para Mestras; Formação de Mestras em Educação Doméstica; Dietética para Donas de Casa e Auxiliares em Alimentação; Dietética; Dietética Profissional; Confecções; Bordados; Roupas Brancas; Desenho e Pinturas; Economia Doméstica; Prendas Manuais.
A partir dos anos setenta, organizou novos cursos, mais voltados para as exigências da cidade, transformada em grande centro de produção industrial: Desenho de Comunicação; Decoração; Enfermagem; Nutrição e Dietética, passou a atender alunos de ambos os sexos.A Escola teve diversos nomes: Escola Profissional Feminina (1911), Escola Normal Feminina de Artes e Ofícios (1931), Instituto Profissional Feminino (1933), Escola Industrial “Carlos de Campos” (1945), Escola Técnica “Carlos de Campos” (1952), Colégio de Economia Doméstica e Artes Aplicadas Estadual “Carlos de Campos” (1962), Centro Estadual Interescolar “Carlos de Campos” (1979), Escola Técnica de Segundo Grau “Carlos de Campos” e, finalmente, Escola Técnica Estadual (ETE) “Carlos de Campos” (1994), quando foi incorporada à rede de ensino do Centro Paula Souza.
Em Abril de 2007 através de um decreto do  Governador do Estado de São Paulo, Sr. José Serra, as Unidades de Ensino Técnico e Tecnológico do Centro Paula Souza passam a denominar-se ETECs e FATECs.
O prédio foi tombado pelo Patrimônio Histórico e está em estudos pelo Centro Paula Souza e Condephaat uma restauração do prédio, que ganharia as mesmas cores originais da época da inauguração.
Ate hoje muitas professoras e ate a atual diretora são Ex alunas.
fonte: eteccarlosdecampos jorbras
fotos eteccarlosdecampos jorbras 





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