A construção atual do Mosteiro não é a mesma de séculos anteriores, trata-se da quarta construção. à demolição do antigo edifício, muito decadente em fins do Século XIX, seguiu-se a construção do Gimnásio de São Bento – hoje Colégio de São Bento – em 1903, mas foi em entre 1910 e 1912 que o cenário mudou, São Paulo passava por grande processo de urbanização, sua população aumentava, ganhando relevância no cenário nacional.
O Mosteiro seguiu este ritmo e em 1910 deu início à construção da nova Igreja e Mosteiro, no estilo da escola artística de Beuron, projeto de Richard Berndl, Professor da Universidade de Munique e um dos melhores arquitetos da Alemanha, e a decoração interna em estilo Beuronense foi feita pelo beneditino belga Dom Adelberto Gressnigt, e as
imagens da nave realizadas entre 1919 e 1922 pelo escultor e pintor belga Adrian Henri Vital van Emelen do Liceu de Artes e Ofícios.
A Basílica só foi consagrada em 1922. Nesta época foram instalados os sinos e o relógio, tido como o mais preciso de São Paulo.
Fundado em 14 de julho de 1598, por Simão Luís, nascido em São Vicente, o qual mais tarde se tornou conhecido como Frei Mauro Teixeira. segundo documentação da época, foram concedidas duas Sesmarias pelo Capitão-Mor Jorge Correia,que seria a base da fundação beneditina, o terreno cedido a São Bento era o mais bem localizado, depois daquele do Colégio dos Jesuítas, ficando exatamente no alto da elevação, entre o vale do Anhangabaú e do Tamanduateí.
Frei Mauro Teixeira era discípulo do Padre José de Anchieta, e construiu, no mesmo local onde existira a Taba do Cacique Tibiriçá uma igreja em homenagem a São Bento um pequeno santuário, que conservou, durante algum tempo, sob seus cuidados.
Em 15 de abril de 1600, os oficiais da Câmara ratificaram, o que já havia sido feito por seus colegas, a Frei Mauro Teixeira: “Carta de chãos de sesmaria, para o sítio do convento”, por “constar ser como o dito padre diz e alega, por serviço de Deus Nosso Senhor e de seu servo, o bem aventurado São Bento”, “os quais chãos serão para o convento, mosteiro, ou casa do dito santo, fôrros livres e isentos de todo tributo e pensão, de hoje até o fim do mundo”.
Em janeiro de 1650, foi lançada a pedra fundamental para sua construção por "Fernão Dias Pais", as imagens de São Bento e Santa Escolástica que vemos hoje na atual basílica, da autoria de Frei Agostinho de Jesus, datam desta época, os restos mortais de Fernão Dias Paes e de sua esposa se encontram na cripta do mosteiro.
Em 1903, constroem o Colégio de São Bento, em 1908, funda a Faculdade de Filosofia, que seria a primeira do Brasil.
E m 1914, estava completo o conjunto beneditino que conhecemos hoje: a Basílica de Nossa Senhora da Assunção, o Mosteiro e o Colégio de São Bento, marco histórico, cultural e turístico de grande importância para a cidade de São Paulo.
São dependentes do Mosteiro de São Bento de São Paulo, o Mosteiro de São Bento de Sorocaba, fundado em 1667 e o Mosteiro de São Bento de Jundiaí de 1668, Santana do Parnaíba (1643) e Santos (1650).
Em dezembro de 1640, com a aclamação popular de "Amador Bueno" – um importante personagem da vila paulistana – como "Rei em São Paulo", este recorre aos monges beneditinos, a fim de acalmar a população, interessante episódio histórico que assinala o primeiro grito de independência em terras do Brasil, evitando aqueles que queriam fazê-lo rei apressadamente, rumou em direção ao templo onde refugiou-se, os paulistas seguem ao seu encalço gritando: “Viva Amador Bueno, nosso Rei!”, ao que ele replicou muitas vezes: “Viva o Senhor D. João IV nosso Rei e Senhor, pelo qual darei a vida!”, para que Amador Bueno não perdesse sua vida por não aceitar tal aclamação, o Abade e a Comunidade Monástica acalmaram os ânimos do povo, Amador Bueno estava então a salvo.
fonte: mosteiro wikiwand
fotos: wikiwand garoahistorica culturageralsaibamais
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