A primeira ferrovia do estado de São Paulo, ligava o planalto paulista ao litoral.
Em 1839, um grupo de brasileiros, submeteu à apreciação do engenheiro Robert Stephenson um projeto para à construção de uma estrada de ferro através da Serra do Mar, um entrave ao progresso do Estado de São Paulo, que isolava o Porto de Santos de toda a zona produtora do planalto.
Robert Stephenson , filho de George Stephenson, inventor da primeira locomotiva a vapor e construtor da estrada de ferro entre Manchester e Liverpool, a primeira estrada de ferro do mundo. O projeto brasileiro foi considerado prematuro e abandonado.
Em 1859, o Barão de Mauá, com um grupo de pessoas, convence o governo imperial da importância da construção de uma estrada de ferro ligando São Paulo ao Porto de Santos, e ordena os estudos e os exames do trecho compreendido entre Jundiaí e o alto da Serra do Mar.
Os 800 metros de descida da Serra do Mar era considerado impraticável; só poderia ser realizada através de excepcional experiência. para isso, Mauá trás um dos maiores especialistas no assunto: o engenheiro ferroviário britânico James Brunlees.
Brunlees examina a Serra, achou que a estrada de ferro podia escalá-la, por um custo dentro dos limites estabelecidos, e aceitou o contrato, e foi atrás de Daniel Makinson Fox, engenheiro que havia adquirido experiência na construção de estradas de ferro através das montanhas do norte do País de Gales e das encostas dos Pirenéus.
Fox percorreu a Serra do Mar de cima a baixo, mas a descoberta de uma passagem através da muralha da serra, na qual os trens podiam trafegar, só foi encontrada quando o engenheiro desembarcava em Santos, pois a mesma só era possível se avistar de longe. Nessa ocasião Fox percebeu uma fissura que se estendia até o cume, sendo a mesma interrompida por uma grota aparentemente intransponível, a Grota Funda, e deste ponto foi possível vislumbrar a rota definitiva para a estrada ao longo do vale do Rio Mogi.( CYRINO, Fabio. Café, Ferro e Argila: A história da implantação e consolidação da San Paulo (Brazilian) Railway Company Ltd. através da análise de sua arquitetura.São Paulo: Landmark, 2004; pg. 82).
Em 1859, o Barão de Mauá, com um grupo de pessoas, convence o governo imperial da importância da construção de uma estrada de ferro ligando São Paulo ao Porto de Santos, e ordena os estudos e os exames do trecho compreendido entre Jundiaí e o alto da Serra do Mar.
Os 800 metros de descida da Serra do Mar era considerado impraticável; só poderia ser realizada através de excepcional experiência. para isso, Mauá trás um dos maiores especialistas no assunto: o engenheiro ferroviário britânico James Brunlees.
Brunlees examina a Serra, achou que a estrada de ferro podia escalá-la, por um custo dentro dos limites estabelecidos, e aceitou o contrato, e foi atrás de Daniel Makinson Fox, engenheiro que havia adquirido experiência na construção de estradas de ferro através das montanhas do norte do País de Gales e das encostas dos Pirenéus.
Fox percorreu a Serra do Mar de cima a baixo, mas a descoberta de uma passagem através da muralha da serra, na qual os trens podiam trafegar, só foi encontrada quando o engenheiro desembarcava em Santos, pois a mesma só era possível se avistar de longe. Nessa ocasião Fox percebeu uma fissura que se estendia até o cume, sendo a mesma interrompida por uma grota aparentemente intransponível, a Grota Funda, e deste ponto foi possível vislumbrar a rota definitiva para a estrada ao longo do vale do Rio Mogi.( CYRINO, Fabio. Café, Ferro e Argila: A história da implantação e consolidação da San Paulo (Brazilian) Railway Company Ltd. através da análise de sua arquitetura.São Paulo: Landmark, 2004; pg. 82).
Fox propôs então que a rota para a escalada da Serra deveria ser dividida em 4 declives, com o comprimento de 1.781, 1.947, 2.096 e 3.139 metros, tendo cada um a inclinação de 8%. No final de cada declive, seria construída uma extensão de linha de 75 metros de comprimento, chamada de "patamar", com uma inclinação de 1,3%, em cada um desses patamares, deveriam ser montadas uma casa de força e uma máquina a vapor, para promover a tração dos cabos.
A proposta foi aprovada por Brunless e uma nova empresa foi criada: a The São Paulo Railway Company Ltd.
No dia 15 de março de 1860, começou a construção do trecho de Santos a Piaçaguera, ao pé da Serra , com 20 km. Para isso, foi necessário construir diversas pontes paralelas, para unir Santos ao continente, e a travessia dos Rio Moji e Cubatão.
No alto da serra foi criada uma estação que serviu de acampamento de operários que foi chamada de Paranapiacaba, para possibilitar a troca de sistema pelos trens.
A estrada construída sem o auxílio de explosivos, pois o terreno era muito instável, a escavação das rochas foi feita somente com cunhas e pregos sendo que alguns cortes chegaram a 20 metros de profundidade.
Para proteger o leito dos trilhos das chuvas torrenciais foram construídos paredões de alvenaria de 3 a 20 metros de altura, o que consumiu 230.000 metros cúbicos de alvenaria.
A despeito de todas as dificuldades, a construção terminou 10 meses antes do tempo previsto no contrato, que era de oito anos.
A São Paulo Railway foi aberta ao tráfego a 16 de fevereiro de 1867.
O grande volume de café transportado para o Porto de Santos fez com que em 1895 se iniciasse a construção de uma nova estrada de ferro, paralela à antiga, chamada de Serra Nova, usando sistema funicular, dividido em 5 seções, para cada composição que subia outra com peso equivalente descia o que aliviava o esforço das maquinas subterrâneas, uma maquina conhecida como "locobreque"que acompanhava os vagões e se prendia a caba impulsor através de uma tenaz ate a seção seguinte onde se realizava a mudança do cabo, e foi inaugurada em 1901.
Em 13 de setembro de 1946 acabou o contrato de 80 anos da São Paulo Railway; e ela foi encampada pelo governo brasileiro e em 27 de setembro de 1947 foi transformada na Estrada de Ferro Santos-Jundiaí, a EFSJ foi uma das formadoras da RFFSA, juntamente com a Estrada de Ferro Central do Brasil no Estado de São Paulo.
Nos anos 60, a volume de carga para o Porto de Santos aumentou e o sistema de locobreques tornou-se obsoleto, e em 1974, foi inaugurado o Sistema Cremalheira-Aderência, no traçado da antiga Serra Velha, utilizando locomotivas elétricas, em 1984 o sistema de locobreques da Serra Nova é desativado, e em 1987 é abandonado.
Em 1996, a administração da linha passa para a MRS, que a mantém até hoje.
fonte: vkipedia
fotos: .novomilenio s-media oocities
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