terça-feira, 14 de fevereiro de 2017

Presídio Tiradentes

 Avenida Tiradentes, 451. Luz. inaugurado em 1852, foi criado como Casa de Correção, conhecida como Cadeia da Luz e posteriormente passou a ser a Casa de Detenção de São Paulo.
Na época imperial, a Província de São Paulo não registrava altas taxas de criminalidade, sendo raros os casos de furto e roubos, locais alternativos que eram utilizados para abrigar infratores, mas com o crescimento da cidade, devido a produção do café, a Casa de Correção de São Paulo (futuro Presídio Tiradentes) surge como resposta ao aumento dos crimes.
A construção iniciou-se em 1825, porém foi inaugurada apenas de 06 de maio de 1852, sendo o seu primeiro diretor, o brigadeiro Francisco Antônio de Oliveira.
Inicialmente, teve dois propósitos: depósito de escravos, que eram colocados no calabouço; e casa de correção, que abrigava os demais, fosse pela prática de crimes ou classe social, como vadios.
As condições eram insalubres, celas pequenas, condições precárias de higiene e de alimentação. Após observar a situação, o senador da República Paulo Egídio criou uma comissão para averiguar as necessidades, verificou-se que o Tiradentes estaria completamente condenado, desta maneira, o senador elaborou e implantou uma proposta para uma Nova Penitenciária do Estado, que seria o Instituto de Regeneração – Carandiru, inaugurado em 1920, reconhecido como modelo das Américas e até mesmo cartão postal da cidade, mesmo assim o presídio Tiradentes continuou funcionando.
Durante o Estado Novo o Presídio Tiradentes assumiu o caráter também de presídio político, e abrigou entre outros Monteiro Lobato foi preso no local, entre 1936 a 1937, sua cela, número 1 do Pavilhão 1,ficou conhecida como Cela Monteiro Lobato.
Com o Golpe de Estado no Brasil em 1964, qualquer manifestação contra o governo poderia significar ferir a Lei de Segurança Nacional, e ai o Presídio Tiradentes ficou conhecido como purgatório, pois era para esta penitenciária que os detentos iam cumprir a pena ou aguardar o julgamento após sair do DOI-Codi ou do DOPS
Uma grande parte dos presos não tinha nenhum registro que comprovasse sua condição de detento. Isso abria a possibilidade de execução sem pena aos culpados, pois não podia-se provar a passagem do infrator pelo local, nesta época, a tortura psicológica e física dentro do presídio chegou a altos níveis, os presos tinham cuidados médicos negados e desenvolviam graves problemas de saúde devido às torturas sofridas anteriormente.
com área  de  9.670 m², sendo o Pavilhão I o mais novo, com apenas 7 celas para presos políticos, o Pavilhão II era o mais antigo, com duas partes: presos políticos no térreo e presos comuns no primeiro andar. Além disso, havia dois tipos de celas, que abrigavam 70 ou 6 detentos.
As mulheres ocupavam outro pavilhão, afastado da área masculina, em uma torre na parte traseira do Tiradentes, conhecida como Torre das Donzelas, que abrigou a  ex-presidente Dilma Rousseff.
O Portal de Pedra, posteriormente tombado como patrimônio histórico e monumento público, ficava localizado na entrada do presídio, foi construído apenas em 1930 e permanece no local até hoje, além dele, desde 1976, também encontra-se no terreno uma agência do Banco do Brasil, antigo Banco Nossa Caixa, e o Teatro Franco Zampari, da TV Cultura.
Desativado em 1972, pouco antes que as obras do Metrô abalassem sua estrutura e ele fosse demolido.
fonte: vikipedia
fotos: vikipedia  .torredasdonzelas projetomemoria





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