Marco zero da cidade de São Paulo
Praça da Sé
No início do século XX não havia um meio de demarcar o início da numeração das vias públicas paulistanas (que tinham seus marcos iniciais espalhados por diferentes pontos da cidade), e a construção do monumento foi uma das muitas tentativas de fixar uma centralidade material na cidade, as diversas localizações que serviam como ponto de partida para as estradas surgidas na capital estavam situadas em regiões como Penha (SP-Rio), Sacomã (SP-Santos), Perdizes (SP-Goiás), Ponte Grande (SP-Minas) e Pinheiros (SP-Paraná).
Ideia de Américo R. Netto jornalista e membro da Associação Paulista de Boas Estradas em 1921 mais só foi aprovada pelo então prefeito da cidade, Antônio Carlos Assumpção, em 1932 – após outras duas versões terem sido instaladas na região.
Inaugurado em 18 de setembro de 1934, às 14 horas pelo prefeito Fábio da Silva Prado, o monumento adornado pelo escultor francês Jean Gabriel Villin tornou-se o primeiro do gênero na América do Sul.
Tombado em 2007 pelo CONPRESP (Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo)
Feito de um bloco de mármore extraído de uma jazida no município de Cachoeira Paulista, tem formato hexagonal, com a dimensão de 1x13m, 0,70m, 0,70m, há por cima uma placa de bronze em que se observa um mapa das estradas que partem de São Paulo. O bloco está apoiado sobre uma base com dois degraus de granito de tamanho 0,15m, 2,20m, 2,20m.
Cada face vertical do mini obelisco recoberto de mármore representa, por meio de gravuras, seis importantes lugares para os quais o monumento está voltado. São eles: Paraná (ao sul) representado pela imagem de uma Araucária; Santos (ao sudeste) com a figura de um navio à vapor, de onde saíam os carregamentos de café, a principal fonte de economia da época; Rio de Janeiro (nordeste) que faz alusão ao Pão de Açúcar; Minas Gerais (direção norte) representada por ferramentas de mineração; Mato Grosso (a sudoeste) caracterizado por vestimentas típicas dos bandeirantes e Goiás (noroeste) representado por uma bateia, instrumento utilizado pelos garimpeiros.
Na placa de bronze em sua superfície representa os principais pontos da cidade na época, como os rios Tietê e Pinheiros, a estação da Luz, a Faculdade de Medicina da USP, o Museu do Ypiranga (como era escrito na época) e as vias da urbe, por exemplo: a Rua Voluntários da Pátria na zona norte, a Rua da Consolação e a Avenida Paulista. A placa que existe hoje é, na realidade, uma réplica da primeira versão, que foi roubada por seu valor material e histórico. Não existem registros do modelo original, porém, após o tombamento do marco zero e restauração do patrimônio, o material foi substituído por uma cópia.
O marco zero, portanto, tornou-se o ponto de referência na ordenação numérica de quilometragem das vias que se iniciam na capital paulista, assim como medição de linhas ferroviárias, aéreas e numeração telefônica.
fonte: vikipedia
fotos: prefeitura saopauloconnection acervo.estadao
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