Capela de São Miguel Arcanjo

O templo religioso mais antigo do estado de São Paulo, localizada na Praça Padre Aleixo Monteiro Mafra (Praça do Forró), no distrito de São Miguel Paulista.

Conhecida  como Capela dos Índios, foi construída pelos índios guaianás( guaianazes) catequizados pelos jesuítas.

Tombada pelo Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (atual IPHAN), em 1938, em 1974 a Capela foi tombada pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico pelo processo nº00368/73, por último, foi tombado pelo Conpresp - Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo - em 1991, conforme a resolução nº05/1991. 

Patrimônio considerado como o marco remanescente e prova de testemunho da antiguidade da ocupação da região do século XVI, o tombamento tem por finalidade proteger a área urbana e o perímetro da Capela.

Construída em 1580, a Capela de São Miguel tinha como principais materiais o bambu e o sapé, a capela foi reconstruída no dia 16 de julho de 1662, data inscrita na vergá da porta principal, sua construção, no entanto, é atribuída de forma incerta, ao Padre João Álvares ora ao bandeirante Fernão Munhoz, podendo-se atribuir a ambos a ação reconstrutora, o primeiro viveu e possuía terras região de Boigi Mirim, (hoje Mogi das Cruzes), e, mais tarde, também foi responsável pela construção da Capela de Nossa Senhora da Ajuda, em Itaquaquecetuba, e a segunda autoria é atribuída ao bandeirante de origem espanhola, pois consta no testamento datado em 1675.

A Capela recebeu reformas e adaptações que vão desde sua ampliação, ainda no período colonial, em 1691 por determinação do conselheiro Diogo Barbosa Rego, no século XVIII, sob tutela dos franciscanos, o pé direito da capela passou de 4 para 6 metros de altura, entre 1938 a 1940, coordenado pelo IPHAN, sob a tutela do engenheiro Luís Saia a Capela foi restaurada, há registros do dia 16 de outubro de 1937, inclusive, da existência de um relatório feito pelo escritor Mário de Andrade encaminhado a Rodrigo Mello, responsável pelo órgão, em sua visita ao Estado de São Paulo.

Contudo, a maior restauração feita no terreno foi em 2006 quando a Diocese de São Miguel Paulista e a Associação Cultural Beato José de Anchieta realizaram um novo restauro que revitalizou a arquitetura histórica, recuperou vários elementos artísticos e ornamentos que até então estavam escondidos ou deteriorados pelo tempo, além dos objetos encontrados no extenso e importante sítio arqueológico, foram encontrados diversos objetos antigos e ossadas.

Construída com paredes de taipa de pilão com acréscimos como adobe, comum no século XVIII, o alpendre, ocupa toda a largura da fechada, e prolonga-se com a parede do lado direto da igreja, o edifício apresenta uma nave única, nela a capela-mor de teto de telha com madeiramento aparente e apresenta sua construção técnica em taipa de pilão, em seu interior, existem peças em jacarandá torneada, como no caso da mesa de comunhão.

fonte: vikipedia

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