domingo, 16 de abril de 2017

Edifício Esther

Praça da República, 64 a 80

O industrial Paulo de Almeida Nogueira criou um "Concurso Fechado", para que vários arquitetos pudessem inscrever seus projetos arquitetônicos baseados na ideia primordial do proprietário, o projeto selecionado em 1934 foi o dos arquitetos Álvaro Vital Brazil  (filho do cientista Vital Brazil) e Adhemar Marinho e acredita-se que tenham sido os escolhidos a partir do fator econômico: o escritório vencedor apresentou o orçamento geral referente ao preço final da obra estimado em cinco mil e quinhentos contos de réis.
Projetado pelos arquitetos Álvaro Vital Brazil (1909 - 1997) e Adhemar Marinho (1909) em 1936 e construído por Mário Novedlin em estrutura de concreto armado e alvenaria de tijolos inaugurado em 1938.
Primeiro prédio moderno da cidade, um marco da Arquitetura Modernista no Brasil e é considerado um dos mais importantes edifícios de São Paulo, primeiro no de uso misto misturando unidades residenciais e comerciais.
Com 11 andares e 10 mil metros quadrados de área construída, abriga 103 escritórios, apartamentos simples e duplex e um restaurante em seu terraço.
Foi construído para ser a sede do escritório da Usina de Açúcar Esther, sediada em Cosmópolis, no interior de São Paulo. 
O industrial Paulo de Almeida Nogueira, dono da empresa, queria um prédio que fosse capaz de acomodar diferentes departamentos da administração da companhia além de unidades residenciais a família Nogueira pretendia explicitar sua importância na economia estadual.
Nele se instalaram a primeira sede do Instituto dos Arquitetos do Brasil, e o Clube dos Artistas e Amigos da Arte, e nele moraram Di Cavalcanti e o jornalista e cronista social Marcelino de Carvalho, o arquiteto modernista Rino Levi que também teve lá seu escritório, O chef e apresentador francês Olivier Anquier viveu em um apartamento na cobertura (11° andar), agora transformado em restaurante, o Esther Rooftop, em sociedade com seu irmão Pierre, e mantem a padaria O Mundo Pão do Olivier, situada no térreo do prédio.
Nos anos 50, a efervescente boate Oásis, localizada no subsolo, aglutinava intelectuais, o jornalista Assis Chateaubriand era um dos frequentadores assíduos, e foi em reuniões no subsolo do Esther que idealizaram Museu de Arte Moderna de São Paulo.
Em 1965, a usina açucareira, para evitar gastos, mudou seu endereço de volta para o interior do estado de São Paulo, a família Nogueira deixou de fazer a manutenção do edifício e todas as unidades foram vendidas, e chegou a ser ocupado como cortiço e grades foram instaladas para evitar a entrada de moradores de rua.
Tombado pelo CONDEPHAAT, em 25/08/90.
fontes: cultura.sp wikipedia
fotos: skyscrapercity ebah Marketingimob Vincent Bevins 


Foto de 1940 


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