Residências da Família Ramos de Azevedo
Rua Pirapitingui, 111, 141 e 159
Em 1891 após cinco anos em São Paulo, Ramos de Azevedo iniciou a construção de sua casa, a ideia era projetar uma casa que fosse também um cartão de visitas contribuiu muito na definição de suas características formais e construtivas.
No nascente bairro da Liberdade, era composta de dois andares, sótão e porão, as casas localizadas nos números 141 e 159, foram construídas para as suas filhas. Os palacetes foram a residência de Ramos de Azevedo e sua família por várias décadas, desde o ano de sua construção (1891), até o ano da morte de Ramos de Azevedo, em 1928, o arquiteto e a família promoviam jantares para a alta sociedade paulistana e era onde Ramos fazia seus contatos e marcava seu nome como um dos maiores expoentes no campo da arquitetura na cidade.
Este conjunto, de arquitetura residencial neoclássica, de influência francesa do século XIX, apresenta aspectos semelhantes em alguns detalhes como, por exemplo, o uso do mesmo tipo de gradil que separa as casas da rua, fachadas revestidas de alvenaria de tijolos aparentes e jardins frontais.
Os dois projetos se diferenciam em relação à volumetria e às coberturas as geminadas foram cobertas com telhas francesas e a do autor do projeto, com ardósia.
Até 1979 o casarão foi ocupado por uma neta do arquiteto e em 1983 ele foi doado à Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo.
Em 1988, Luiz Alves Junior, proprietário da Global Editora, adquiriu os casarões e iniciou reformas para revitalizar o espaço e reverter o processo de degradação que não permitia o uso do prédio, em 1995, parte das obras foram finalizadas e o palacete de 922 m² tornou-se sede da editora.
Nesse intermeio já estava correndo junto à prefeitura o processo de tombamento do edifício e em 1985 ele foi tombado pelo Condephaat, mantendo-se inabitado e esquecido até 1989.
Localizada à esquerda da rua Vergueiro, tem 922 m² e, antes de ser adquirido por Ramos de Azevedo, fazia parte de uma antiga chácara.
O conjunto de residências é formado, ainda, pelos edifícios da antiga cocheira, pela garagem e a residência do caseiro, por um pavilhão no centro do jardim, por um estábulo e por quatro estufas para planta feitas de ferro e vidro, além da casa em si.
A Editora Global, que é proprietária do imóvel desde 1988 e que reformou o casarão de forma a revitaliza-lo, praticamente tudo está extremamente bem conservado, desde o pavimento da entrada, que hoje é a recepção da editora, até os corredores, as escadas de mármore com corrimão em madeira maciça, os quartos, sótãos e quintal, mantendo as características arquitetônicas preservadas. Há um espaço, porém, onde funciona o escritório da editora, e possível fazer visita monitorada.
fonte: wikipedia cultura.sp
fotos: infopatrimônio
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