terça-feira, 11 de abril de 2017

Sítio Itaim
A casa original da sede do sítio "Itaí" (que significa 'pedra pequena' em tupi) foi construída no final do século 18. 
Por usar a técnica de taipa de pilão, a casa é considerada "bandeirista", arquitetura rústica, livre da influência do barroco português e considerada um marco da exploração do território paulista.
O primeiro registro da casa é de sua venda por Ana Joaquina Duarte Ferraz em 1858.
Comprada pelo general Couto de Magalhães, herói da Guerra do Paraguai e último presidente da Província de São Paulo antes da Proclamação da República  em 1896.
Seu filho José Couto de Magalhães trouce algumas benfeitorias, como colocação de assoalhos e forração, mas foi a falência e a casa foi a leilão.
Foi arrematada em leilão, onde os familiares tinham preferência pelo pai de Leopoldo Couto Magalhães, apelidado "Bibi", que fez o loteamento da extensa chácara chamada Itaim, sendo a venda completada em 1914. 
Nascia assim o Bairro do "ITAIM BIBI".
Seu filho Arnaldo Couto de Magalhães disponibilizou a casa para aluguel na década de 1940, e começou a funcionar ali o sanatório Bela Vista, conhecido por receber e tratar doentes mentais de famílias abastadas.
Em 1944, o Instituto Ache, comprou a propriedade e a revendeu em 1977, a empresa Comercial Bela Vista.
Por iniciativa de Aloísio Soares, antigo camiseiro da rua Iguatemi e presidente da Associação Amigos do Bairro do Itaim Bibi, o Condephaat foi acionado em 1978 para vistoriar a sede do sítio Itaim e foi tombado em 21 de maio de 1982.
"Em 20 de julho de 1980, um grupo liderado por Naji Nahas adquiriu o terreno para especulação" em 25/09/1980, diante da ameaça de ver o antigo sanatório Bela Vista ser destruído para dar lugar a um supermercado, a Associação Amigos do bairro do Itaim Bibi, pede a preservação da edificação sede do sítio Itaim, assim como de árvores centenárias do entorno da casa.
Naji Nahas foi comunicado do processo de tombamento em 5/11/80, mas no dia 8 começa a destruição sem autorização da casa centenária, 14/11/80, a Folha noticiou que as obras de demolição continuavam de madrugada, às escondidas, com a destruição de uma parede de taipa de pilão.
Em 2002, o Ministério Público do Estado (MPE) exigiu "o início imediato da reconstrução da casa." Nada aconteceu.
Em junho de 2008 teve início a obra de restauração que ocorreu com acompanhamento periódico dos técnicos do CONDEPHAAT, DPH e IPHAN/SP.  algumas soluções técnicas foram definidas no canteiro de obras, destacando-se a contribuição do arquiteto Walter Fragoni (CONDEPHAAT), que sugeriu adotar solo estabilizado com cimento (solo-cimento).
fontes: cultura.sp folha.uol revistarestauro
fotos: revistarestauro Carlos Fatorelli





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