domingo, 19 de março de 2017

Casa do Sítio da Ressaca

Arquitetura bandeirista
Rua Nadra Raffoul Mokodsi, 3, Jabaquara

O primeiro proprietário do Sítio da Ressaca, à época chamado de Sítio Piranga foi o Sargento-Mór Lopes de Medeiros que vendeu para o Capitão Manual de Avilla que em 1700 a revendeu para o capitão Agostinho de Macedo.
Teria sido construída em 1719, sugestão feita a partir do número “1719” gravado no batente da porta principal e nas telhas da casa constam também o ano em que foram fabricadas (1713, 1714 e 1716). Há registros de que Maria Vasconcellos, neta do Governador da Capitania de São Vicente Capitão-Mór Antônio Aguiar Barriga, teria mandado construir uma casa naquela região, mas não há indícios de que se esta seria a mesma casa que permanece até hoje no Jabaquara.
O nome "Ressaca" aparece em 1780, registrado por Teresa Paula de Jesus Fernandes, proprietária do imóvel, que pedia a medição e demarcação do Sítio da Ressaca, com 500 braças de testada e meia légua para o sertão nas primeiras 200 braças, e de uma légua para o mesmo sertão nas restantes.
A demarcação, assim chegaria às terras de Padre Domingos Gomes de Albernáz, para que a medição fosse feita, Teresa Paula de Jesus Fernandes reuniu títulos antigos, na qual se constava que o Sargento-Mór Lopes de Medeiros foi, assim, o proprietário original do sítio da Ressaca antes de 1700, Teresa Paula doou parte das terras para o preto forro Francisco Raposo, e vendeu outra parte ao Padre Félix José de Oliveira, e outra à Beata Úrsula.
Em 1827, pertencia ao Padre Vicente Pires da Motta, que o vendeu, para Jorge Heath depois para Guilherme Hopkins e posteriormente Henrique Henriqueson.
Em 1853, a casa foi adquirida por Francisco Antônio Mariano com sua morte a viuva Dona Justina Mariano Peruche, vendeu o sítio a um de seus filhos, Felício Antônio Mariano Fagundes, que uniu o Sítio da Ressaca, o Sítio Simão e o Sítio Olho D’água sob a mesma denominação, “Ressaca”.
De 1860 a 1900, o sítio pertenceu a Felício A. Mariano Fagundes, e com a morte deste, seus herdeiros repartiram a propriedade, e a parte que continha a casa foi vendida em 1908 para Antonio Cantarella, responsável pela urbanização do bairro do Jabaquara, e foi um sítio familiar até 1969 quando houve nova divisão da área, com uma parte sendo loteada no que é hoje o Jardim Metropolitano, e outra acabou desapropriada pelo Metrô de São Paulo, para construção do pátio de manobras.
A partir do loteamento, a paisagem local foi desfigurada.
O levantamento dos documentos do que reconstituíam a historia do Sítio da Ressaca para que o IPHAN reconhecesse o seu valor histórico, foi feita por "Mario de Andrade" e por seu assistente "Luis Saia", que assumiu a direção do IPHAN paulista de 1939 ( quando Mario se afastou) até 1975, e se tornou uma figura emblemática do órgão.
Diante dos avanços do Metrô na região do Jabaquara, Luis Saia entrou com processo no (CONDEPHAAT) para que a sede do Sítio da Ressaca fosse devidamente tombada e, consequentemente, protegida das desapropriações e obras na região, o tombamento foi decretado em 1972.
fonte: wikipedia
fotos: Victor Hugo Felix 1.bp.blogspot





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