Conjunto Nacional
No quarteirão da Avenida Paulista, Rua Augusta, Alameda Santos e Rua Padre João Manuel.
Em 1952 a Avenida Paulista possuía caráter predominantemente residencial, o empresário judeu argentino José Tjurs compra a mansão que pertencia à família de Horácio Sabino.
Nasceu dos sonhos deste argentino a ideia de criar o Conjunto Nacional, o empresário, que morreu em 1977, teve o seu sonho realizado: transformar a Paulista na Quinta Avenida de São Paulo.
Sua intenção era reunir em um mesmo prédio hotel e centro comercial, mas como a prefeitura não permitiu a construção do hotel no local, foram executadas algumas modificações no projeto.
Em 1953, Tjurs contratou, os arquitetos Salvador Candia e Giancarlo Gasperini mas as obras iniciadas pela dupla, foram paralisadas, no mesmo ano.
O arquiteto David Libeskind, então com 26 anos, foi o autor do projeto do Conjunto Nacional escolhido por concurso.
A construção do Conjunto Nacional se iniciou em 1955 e trouxe uma grande novidade , uma maravilhosa cúpula geodésica de alumínio, que foi construída pelo engenheiro Hans Eger.
Inaugurado em 1956, com uma área de 111 083,24 metros quadrados, sendo 61.354.5142 na área comercial como o primeiro shopping center da América Latina,
Em 1957 o Restaurante Fasano foi inaugurado e espalhou suas mesas pela calçada da Paulista, fazendo o local fervilhar de gente dia e noite.
Em 1958, o Fasano abriu um luxuoso restaurante no mezanino,com “jantares dançantes”, e o jardim de inverno, eleito o mais elegante salão de festas da cidade, com capacidade para duas mil pessoas e onde se apresentaram nomes como: Nat King Cole, Roy Hamilton e Marlene Dietrich.
O Fasano foi vendido para a Liquigás em 1963 por causa da situação política do país. Em 1968, o restaurante e o jardim de inverno foram fechados e o local passou por reformas para ser adaptado e funcionar como escritório.
A Confeitaria Fasano permaneceu aberta até 1973.
A inauguração do Conjunto Nacional, contou com a presença do então presidente da República, Juscelino Kubitschek.
No inicio dos anos 60 foram instaladas duas escadas rolantes considerada a terceira do pais.
Na parte mais alta do edifício foi instalado desde sua inauguração um relógio da luminoso da Willys, substituído pelo da Ford em 1970 e em 1975 pelo do Banco Itaú, em 1992, o relógio passou por uma grande reforma e recebeu um complexo eletrônico de última geração, controlado por computador e, além das horas, passou a marcar também a temperatura da cidade, o anuncio foi retirado em 2012 questões lidadas a "Lei Cidade Limpa" mas o relógio foi preservado.
Na madrugada do dia 4 de setembro de 1978, um grande incêndio irrompeu no Conjunto Nacional. As chamas foram contidas em cerca de 8 horas com a participação de 250 homens do Corpo de Bombeiros e 750 em operações de apoio, foi preciso interditar a Avenida Paulista e bloquear parcialmente vias próximas, como Alameda Santos, Rua Augusta, Avenida Brigadeiro Luís Antônio e Rua Vergueiro.
O prédio mais atingido foi o Horsa 2, no bloco comercial. O Consulado Geral dos Estados Unidos, um dos estabelecimentos afetados pelas chamas, precisou fechar ao público no dia 5 de setembro.
Como o incidente ocorreu de madrugada, havia apenas moradores da parte residencial no momento do incêndio, o único problema aconteceu com uma das moradoras, do 20º andar, que estava grávida de nove meses e precisou ser levada às pressas para o hospital.
Em 1984, o grupo imobiliário Savoy comprou o que restava dos bens da Horsa no Conjunto Nacional e passou a administrar o condomínio, que em abril de 2005, foi tombado pelo Condephaat,
Em maio de 2007, instalada no conjunto desde 1963 a "Livraria Cultura", passou a ocupar o espaço em que funcionava o Cine Astor com 4,3 mil metros quadrados de área distribuídos por três pisos, se tornando a maior livraria da Almerica Latina.
Em março de 2008, o arquiteto David Libeskind, aos 79 anos, é tema de um livro que leva seu nome – "David Libeskind - Ensaio sobre as Residências".
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