Parque da Aclimação

Entrada principal, Rua Muniz de Souza, 1119.(Possui outras 5)

O local foi sede do primeiro zoológico da cidade, criado em 1882, por Carlos José  Botelho Médico nascido em Piracicaba em 1855 e falecido em São Paulo, em 1947,  primeiro diretor clínico da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo e Secretário da Agricultura, Viação e Obras Públicas do Estado de São Paulo, onde foi o responsável pelo início da imigração japonesa no Brasil, e construiu a Escola Agrícola Prática "Luiz de Queiroz", em Piracicaba. Inspirado no Jardin d’acclimatation, em Paris, onde estudou, antes o local servia para a "aclimatação", temporária, do gado trazido da Holanda, Botelho comprou as terras do Sítio do Tapanhoin "além da Liberdade e da Glória", transformando-o em granja leiteira, parque de diversões e zoológico. Nascia assim o "Jardim da Aclimação". 

Comprado em 1939, pela prefeitura de São Paulo que praticamente o abandonou. O zoológico que ali existia foi retirado, o parque de diversões, depredado, o lago acabou sendo poluído pelo acumulo de lodo, e o mato tomou conta do que antes era um gramado, somente em em 1955 algumas melhorias começaram a ser feitas,  asfalto em algumas alamedas, postes de iluminação foram instalados e foi construída a concha acústica, até hoje utilizada  para shows. Em 1956, campo de futebol foi feito no local.

Poucos anos depois novamente abandonado alem da degradação o local passou a ser frequentado por bandidos e usuários de drogas, a situação era tão critica que o Jornal O Estado de São Paulo publicou em 1969 um apelo para que a população se afasta-se do parque.

Em 1972 nova reforma se inicia sendo colocado grades em toda sua volta e foram feitas outras benfeitorias.De usa área inicial de 182 mil metros quadrados, restavam apenas 112 mil metros, pois muitas áreas foram cedidas a particulares, durante as sucessivas gestões municipais, e também a  construção de uma escola ao lado do Parque.
Em 1986 a Associação de Defesa do Parque da Aclimação entrou com o pedido de tombamento no Condephaat que so foi aceito em 1992.

Alem da concha acústica, o parque tem: área de descanso, bicicletário com 15 vagas, bebedouros, 6 churrasqueiras, cerca de 40 lixeiras e 49 bancos, 9 mesas-bancos, 3 quiosques, 3 sanitários, um local para alimentar pássaros, um campo de bocha de 403 metros quadrados, um Estádio Municipal, 7 mesas para jogos, uma pista de cooper de 1500 metros e trilha de 136 metros.

Conta com uma Biblioteca com 31 mil exemplares de livros sendo que 500 títulos versam a respeito do meio ambiente.

O extenso eucaliptal do parque foi tombado pelo CONPRESP em 2007, no grande lago, as aves aquáticas, como o savacu, o biguá também conhecido como pato-d'água, e o guarda-rios; além de peixes como tilápias e as carpas coloridas e de espelho. Frequentemente também se veem aves migratórias no local, além de periquitos verdes que habitam o parque. O gambá-de-orelha-preta é a única espécie de mamífero que habita o parque.

O Estádio Municipal Jack Marin no interior do parque, foi fundado em 1947, e possui um campo de futebol, duas quadras poliesportivas, vestiários, departamento médico e administrativo, e refeitório. O local é sede da primeira escola de futebol municipal e da América Latina, além de atender a clubes de várzea à noite e aos fins de semana. 

Em 2007, o lago do Parque rompeu devido a intensidade das chuvas na cidade naquele ano e a maioria dos peixes se perderam, só cerca de 300 foram salvos e levados para o Ibirapuera.

Hoje, após o Parque ser praticamente dizimado e passar por uma lenta e precária recuperação, as manchetes dos jornais são outras: “Parque Abandonado”, “Vereador quer mudar nome do Parque”, “População reclama das condições do Parque”.

fonte: areasverdesdascidades vikipedia.foto: aclimacao thatisprivilege infograficos.estadao