quinta-feira, 19 de janeiro de 2017

Liberdade


Bairro paulistano, localizado parte no distrito da Liberdade e parte no distrito da .
Reduto da comunidade japonesa na cidade, a qual, congrega a maior colônia japonesa do mundo.

Ate 1912 Liberdade era um bairro de negros, que abrigou uma organização de ex escravos e descendentes como a Frente Negra Brasileira e mais tarde o Paulistano da Glória que foi um sindicato de domésticas que virou escola de samba e era liderado pelo sambista Geraldo Filme.
Os imigrantes japoneses começaram a residir na rua Conde de Sarzedas, ladeira íngreme, que na parte baixa havia um riacho e uma área de várzea, o principal  motivos de procurarem essa rua é que quase todos os imóveis tinham porões, e os aluguéis dos quartos no subsolo eram incrivelmente baratos e por ser um bairro central, de lá poderiam se locomover facilmente para os locais de trabalho.
Nessa as atividades comerciais estavam se desenvolvendo e surgia uma hospedaria, um empório, uma pequena fabrica de "tofu" (queijo de soja), outra  fabricava "manju" (doce japonês) e também agencias de empregos, formando assim a “rua dos japoneses”.
Em 1915 foi fundada a Taisho Shogakko (Escola Primária Taisho), que ajudou na educação dos filhos de japoneses, já  aproximando 300 pessoas.
Em 1932 eram cerca de 2 mil os japoneses na cidade de São Paulo, que vinham diretamente do Japão e também do interior, após encerrarem o contrato de trabalho na lavoura. 
Todos vinham em busca de uma oportunidade na cidade. Cerca de 600 japoneses moravam na rua Conde de Sarzedas. Outros moravam nas ruas Irmã Simpliciana, Tabatinguera, Conde do PinhalConselheiro Furtado, dos Estudantes e Tomás de Lima (hoje Mituto Mizumoto), onde em 1914 foi fundado o Hotel Ueji, pioneiro dos hotéis japoneses em São Paulo. 
Os japoneses trabalhavam em mais de 60 atividades, mas quase todos os estabelecimentos funcionavam para atender a coletividade nipo-brasileira.
Em 1946 foi fundado o jornal São Paulo Shimbun, o primeiro no pós-guerra entre os nikkeis(descendentes) e no ano seguinte O Jornal Paulista e também a Livraria Sol ate hoje em atividade.
Em março de 1947 Uma orquestra formada pelo professor Masahiko Maruyama faz o primeiro concerto do pós-guerra, no auditório do Centro do Professorado Paulista, na Avenida Liberdade.
Em 1953, e inaugurado na rua Galvão Bueno um prédio de 5 andares, com salãorestaurantehotel e uma grande sala de projeção no andar térreo, para 1.500 espectadores, batizado de Cine Niterói. Eram exibidos semanalmente filmes diferentes produzidos no Japão, 
A Galvão Bueno passa a ser o centro do bairro japonês, crescendo ao redor do Cine Niterói,  parte dos comerciantes expulsos da rua Conde de Sarzedas se mudam para lá.
Era ali que os japoneses podiam encontrar um cantinho do Japão na sua época áurea, funcionavam na região os cines Niterói, Nippon (hoje Associação Aichi Kenjin kai), Joia (na praça Carlos Gomes – hoje casa de shows) e Tokyo (rua São Joaquim – hoje igreja).
Em abril de 1964 foi inaugurado o prédio da Associação Cultural Japonesa de São Paulo (Bunkyô) na esquina das ruas São Joaquim e Galvão Bueno.
A partir de 1968 com as grandes mudanças viárias na região e a construção do Metro, muitas das famílias tradicionais se mudaram embora mantendo seus negócios na região e o bairro passou a ser procurado por chineses e coreanos deixando de ser um reduto japonês para ser um Bairro Oriental.
Por iniciativa da Associação da Liberdade, o bairro recebeu decoração no estilo oriental, com a instalação de lanternas suzurantõ
Em 1973, a Liberdade foi vencedora do concurso de decoração de ruas das festas natalinas.
A Liberdade se tornou um bairro turístico da cidade de São Paulo e mantem a tradição de muitas festas: Ano Novo Chinês. em janeiro, Hanamatsuri em abril, Campeonato de sumô em junho, Tanabata Matsuri em julho, Toyo Matsuri e Moti Tsuki, em dezembro.
fonte vikipedia
fotos: jehps.files .ytimg 3.bp..discovernikkei de 1937





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