domingo, 22 de janeiro de 2017

Desinfectório Central

Rua Tenente Pena, nº 100, no bairro do Bom Retiro.
Construído em 1893 pelo governo estadual de São Paulo com o objetivo de realizar processos de desinfecção e de controle das epidemias existentes no século XIX.
Atualmente, abriga o Museu de Saúde Pública Emílio Ribas, e possui grande acervo sobre a saúde pública de São Paulo, catalogados pelo Conselho Nacional de Arquivos.
O Brasil sofria com muitas epidemias, partir de 1887, com a  grande quantidade de imigrantes estrangeiros que chegavam a São Paulo.
Em 1887 foram cerca de 40.000  e em 1895, já era de 140.000, a urbanização melhorava mais com a chegada de imigrantes, o saneamento e a saúde pública não acompanhavam o mesmo ritmo, aumentando as epidemias.
Em 1887, o doutor Marcos de Oliveira Arruda, Inspetor de Higiene, determinou que os serviços de saúde precisavam ser regulamentados, incluindo os processos de desinfecção, na época, o saneamento e saúde eram temas muito ligados, porque várias doenças eram causadas pelas precárias condições de vida as quais a população de São Paulo – e do Brasil como um todo – eram submetidas, assim, em 1891 o governo do estado de São Paulo estrutura um serviço sanitário, criando políticas públicas de saúde, por meio do Serviço Sanitário do Estado.
Na década de 1890, as mortes por doenças transmissíveis representava um terço de todas as registradas no estado.
O  Desinfectório Central funcionou na Travessa das Flores, 4, ate  em fevereiro de 1893, quando ficou pronta a construção da Rua Tenente Pena em terreno adquirido pelo governo estadual em 1882 de Manfredo Meyer e sua esposa Elvira Isabel de Sousa Queiroz Meyer. A Secretaria de Agricultura foi a responsável pelas obras, coordenadas por Paul Rouch e J.E. Damergue.
João Ferreira Ferraz era o encarregado da Superintendência de Obras Públicas da Comissão de Saneamento.
Foi inaugurada no dia 01 de novembro de 1893  com direção e organização do Dr. Diogo Teixeira de Faria, que permaneceu no cargo até 1926.
No entanto, por conta da situação das epidemias da época, os serviços estavam desde 1891, sob a supervisão do Dr. J. J. Torres Cotrim, da polícia sanitária da época.
As principais funções do Desinfectório e da equipe era realizar desinfecções na cidade, recolher cadáveres vítimas de doenças infecto-contagiosas e, principalmente, o combate à epidemias, muito comuns na época por causa das precárias condições de saneamento básico.
O edifício do Desinfectório Central, reformado no ano de 2006, abriga o Museu de Saúde Pública Emílio Ribas, foi tombado no dia 27 de agosto de 1985.
fonte e fotos: vikipedia.


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